22. Seu

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[Aether POV]

Em poucos passos nos estávamos chegando a praça que Xiao havia me levado, ela não era muito grande, havia uma fonte, umas barraquinhas de sorvete e uns banco em volta.

Ele aponta para canto da praça perto de uma cerejeira branca como as folhas do papel. Em cima de um dos galhos dela, um pequeno pássaro vermelho estava pousado, eu logo corro para lá, nunca tinha visto um daqueles.

Apoiado na árvore, parei para observar a criaturinha, como ela era fofa... e aparentemente agressiva, porque partiu voando para cima de mim. Assustado, eu dei alguns passos para trás.

Em questão de segundos eu já tinha caído na terra, lá se foi minha torta de maçã, não sabia no que eu tinha tropeçado, só que eu tinha ralado a região perto da minha sobrancelha esquerda.

Demorou pra eu perceber que eu tinha tropeçado em Xiao que já tinha se sentado perto da base da árvore.

— AI MEU DEUS DESCULPA — Eu gritei enquanto ele me tirava do chão

— Calma. — Ele pediu todo tranquilo — Se machucou?

Então quando percebi que Xiao veio me ajudar, subi o olhar, e mirei em seus olhos, olhos amarelos como ouro, não consegui tirar o foco até que o baixinho por conta própria me puxou para cima segurando a minha mão me deixando vermelho nas bochechas.

— D-desculpa, estava distraído... — poderia pelo menos tentar uma desculpa boa, não?

O outro riu da minha cara e colocou sua mão em meu ombro me empurrando levemente para a grama para podermos dividir a outra torta que estava na mão de Xiao já que a minha havia caído no chão.

Então ele dividiu a torta com as suas mãos, deixando cair migalhas em suas pernas junto com as flores de cerejeira que ficaram presas em seu cabelo que simpatizavam com as cores de seus fios esverdeados.

Ele estava lindo, então me inclinei deixando nossos rostos um na frente do outro, mas meu olhar estava nas flores, assim tirando de cima de sua cabeça e colocando-as atrás de sua orelha.

Assim que Xiao percebeu o acontecido, sua pele branca, havia ficado vermelha iguais as folhas no outono.

Depois de alguns segundos, Xiao que se inclina e se aproxima de mim, tirando umas das flores de uma de suas orelhas e colocando a em uma das minhas, tendo assim um par de flores, como se fossem anéis de namoro, mas eu não havia percebido isso.

Então comemos a torta. Maça, uma fruta vermelha que sempre vai me lembrar de quando Xiao corou pela primeira vez na minha frente ou quando ele chorou pela primeira vez em minha frente.

Sempre quero estar com ele, em momentos felizes ou tristes.

[Xiao POV]

Maça, uma fruta vermelha como sangue, uma coisa que não me traz boas memorias, mas ele conseguiu trocar essa comparação em minha mente, fazendo com que o vermelho me destaca-se ele, como uma ponte para esquecer essas memorias atravessando um rio vermelho.

Eu não consegui não olhar para ele nem por um segundo. Até que sinto algumas gotas de água caindo sobre meus ombros.

Chuva

Eu não deveria ficar aqui... Eu não posso... Vou avisar para Aether que iremos volt-

— Xiao!!! Olhe como as flores de cerejeiras caem durante a chuva! — ele havia se levantado e estava pulando como uma criança tentando catar as flores — Vamos ficar!!

Eu posso piorar... Ah, deixa, Aether precisa disso, eu vou ficar bem, vou fazer isso por ele.

Então lhe dou um sorriso e me junto a Aether para catarmos as flores.

Estava chovendo flores.

Então assim, o puxei por sua fina cintura e coloco minha mão em sua nuca deixando o loiro assustado, mas vermelho.

Me aproximo de seu ouvido e digo a ele:

— Eu te amo — sussurrando pois no fundo sei que não havia tanta coragem dentro de mim.

Em seguida lhe dou um selinho, querendo ver a reação fofa do outro a essa cena.

Ao ver que a ponta de seu nariz, recebi a resposta procurada.

O beijei de novo, porem dessa vez prolongando o beijo assim mordendo o lábio inferior o fazendo tremer.

Ao longo que aumento o tempo do beijo, ele leva as suas mãos ao meu pescoço. Entendo que ele estaria pronto para que eu continuasse.

Então desci minha língua para o outro, assim fazendo o mesmo, deixando um momento gostoso para o nos, podendo assim acariciar um ao outro.

Durante o beijo retiro minha mão de sua cintura que estava sobre a camiseta a pondo direto em sua pele que estava fria conseguindo sentir seu corpo se arrepiar.

Então sinto uma pequena mão subir sobre minha pele nas minhas costas, senti que meu corpo estava fervendo.

Assim me afasto de seus lábio para respirar, mas nem dando poucos segundos, o loiro me puxa para beijá-lo novamente.

Então me assusto quando ele sobe em meu colo, mas o carrego e me aproximo da grama aos poucos deixando ele sentando no meu colo. Nesse momento eu coloco minhas mãos em suas costas e o loiro começa a brincar com os fios do meu cabelo.

Ficaria assim com ele para sempre.

Até que Aether sai do meu colo me puxando pela mão e pedindo para deitar ao seu lado na grama para olhar para o céu tampado de flores com finas gotas de águas caindo sobre nós

Com medo dele me ouvir sussurro para mim mesmo "Eu sou todo seu, Aether".

~

Desculpa gente é muito difícil escrever isso, juro que tentei, é mais fácil na pratica mano.

Nos altos do mundo | XiaotherOnde histórias criam vida. Descubra agora