2. O acidente

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[Aether POV]

Eu não prestei atenção em nada, ingeri o meu pão e só esperava a hora de ir embora.

— Aether?

Era alguém me chamando, estava com muito sono, queria dormir ali mesmo, mas respondi.

— Oi? — quando levantei a cabeça, percebi que era a minha irmã.

— Vamos para casa se trocar e comer a sobra do curry. A festa foi adiantada para as cinco horas da tarde.

AAAAAAA, quem foi a pessoa que inventou de adiantar a festa, que raiva!!

Chegamos em casa e comemos o resto do curry, que por sinal estava praticamente gelado porque Lumine não teve paciência de esquentar no forno já que ela explodiu o microondas com chocolate.

Depois de comer fomos nós trocar. Nunca fui obrigado a me trocar tão rápido em toda a minha vida.

Não estava nem um pouco interessado em chamar atenção, coloquei uma calça de moletom preta e confortável junto de uma camisa lisa e branca. Lumine olhou para mim e me obrigou a usar um spray brilhante em meu cabelo pois reclamou que a minha roupa estava pouca chamativa. Pelo menos atingi meu objetivo.

Saímos correndo para pedir um táxi, e chegamos em menos de vinte minutos. Impressionante, já tinha bastante gente.

Ok, Lumine esperava que eu interagisse com as pessoas, mas deixei isso de lado, me sentei ao um banco do lado de fora do local e fiquei lá, quase a festa toda, até que um garoto mais baixo com cabelo azuis e esverdeados estava vindo também em direção ao banco.

— Olá.

Esse foi o olá mais seco que já ouvi em toda a minha vida, mas não queria perturbá-lo então deixei quieto.

Estava somente eu e esse garoto sentados do lado de fora da festa a meia noite. Não acredito que fiquei tanto tempo sem fazer nada.

— AETHER! Vamos voltar, preciso dormir — diz Lumine acenando com os braços bastante levantados perto da porta deixando óbvio que estava levemente bêbada.

— Tchau — não recebi reposta do garoto ao lado, mas não me importei muito.

Lumine pediu um táxi para nós, entramos nele e falamos nosso endereço. Apartir daí Lumine iria me interrogar.

— E aí? Fez amigos?

— É... Não — já consegui pra ver a cara desanimada da minha irmã.

— Ah!! Promete tentar fazer amigos na faculdade?

— Prometo Lumine!

— Te amo maninho! — ela diz isso com um lindo sorriso no rosto

— Te amo também — estava levantando cuidadosamente do banco para dar um abraço nela.

Até que...

O que foi isso??
Não consigo enxergar nada.
A luz é branca.
Mas ao mesmo tempo é semelhante a escuridão.
Os barulhos são abafados.
Diferentes tipo de ruídos de todos os lados.

De repente acordo em uma maca no hospital recebendo a notícia que havida sofrido um acidente de carro junto de minha irmã.

E apenas eu, havia sobrevivido.

Nos altos do mundo | XiaotherOnde histórias criam vida. Descubra agora