Ruína

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N/a: Olá! Esse é meu capítulo favorito até agora, eu espero que vocês gostem. Não deixe de votar/comentar caso esteja acompanhando a fic. No demais, boa leitura e até breve!

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Genya e David nos esperavam no lago, eu fiz o melhor que pude para não chamar atenção enquanto entrava com Nikolai, tentei usar o truque da luz para isso, mas minha força era pouca e eu tinha certeza que não consegui manter a invisibilidade por todo o percurso. Precisei de ajuda para desmontar do cavalo e para ajudar Nikolai a pousar em chão firme. Ele mal conseguia se manter em pé e eu agradeci por Genya e David serem tão prestativos. Em poucos minutos, vi a Safin trabalhar com unguentos e seus poderes de alterar aparências. O fabricador também ajudou com tudo aquilo, até mesmo ofereceu seu kefta na esperança de atrair menos olhares quando entrássemos no palácio.

"Como o achou?" minha amiga perguntou verificando se eu estava bem como afirmava estar.

"Não sei" menti e cambaleei. Havia forçado muito de meus poderes nos últimos dias, precisava fazer uma pausa, deixar as coisas se acalmarem. Entretanto, Nikolai precisava melhorar e eu sabia que apenas eu poderia fazer aquela maldição regredir. "Tamar e Tolya estão vindo, Maly nos achou na estrada" disse e me sentei no chão, ao lado do Lantsov.

Genya e David trocaram um olhar preocupado e eu me aproveitei disso para segurar a mão de Nikolai, invocando a luz da mesma maneira quando estive em seu quarto. Suave, calma, suficiente apenas para transmitir algum calor. Isso iria ajudar a conter o merzost, nos daria tempo, mesmo que me enfraquecesse. Os olhos do príncipe me alcançaram e ele entrelaçou os dedos com os meus sem dizer uma palavra. A noite começou a cair e nós ainda esperávamos no lago por Tamar e Tolya.

"Genya" chamei, a ruiva se ajoelhou ao meu lado e afastou o cabelo da minha testa, verificando minha temperatura.

"Pelos Sanktos, você está pegando fogo, Alina" engoli em seco e tentei me soltar da mão de Nikolai em vão. Dessa vez era ele quem puxava a minha magia, se beneficiando da minha luz. Uma troca justa, pensei. "Não deixe o Apparat saber" disse, eu precisava garantir isso, ela assentiu e eu apoiei a cabeça em seu ombro, aspirando o perfume típico de seus cabelos enquanto, mais uma vez, desmaiava.


☾◯☼


Alguém me carregou pelos corredores, lembro de adquirir consciência e apagar logo em seguida, sempre nos corredores. Sempre a caminho de lugar nenhum. Me senti embalada, como uma criança que adormece e é levada pelo quarto por seus pais. Me senti bem, sem culpa, sem sonhos, sem nenhuma dor. Apenas uma escuridão acolhedora.


☾◯☼


"Você fala enquanto dorme, as vezes" ouvi Genya murmurar com divertimento, minha cabeça doeu.

"Ai" disse.

"Ai mesmo" ela respondeu e se sentou ao meu lado, estava em meu quarto, com roupas de dormir. Quis perguntar o quanto dos últimos dias havia sido um sonho, mas sabia que havia sido tudo real. "Sua febre está melhor."

"Nikolai?" perguntei, alcançando um copo de água sobre a cômoda. Bebi tudo em um único gole, percebendo o quanto eu estava com sede.

"Acordou antes que você" a ruiva murmurou como se estivesse assinando uma sentença sobre eu ser uma dorminhoca.

"Quanto tempo eu apaguei?"

"Dois dias" quase deixei o copo cair no chão. "Não tem problema, cuidamos de tudo, Nikolai até mesmo fez uma visita, deixou flores. Um verdadeiro príncipe se me permite dizer" Genya falou tirando uma rosa de um vaso para cheirá-la.

Poder e Ambição - Nikolina • Malina • DarklinaOnde histórias criam vida. Descubra agora