One More Chance - Kuroken

ten

POV KENMA:

Oi, meu nome é Kenma, eu tenho 17 anos e estou grávido.

Bom, no momento a única "confirmação" que eu tenho é um teste de farmácia, apenas um.
Passou-se dois dias desde que fiz o teste e hoje eu vou finalmente ao hospital para poder fazer o exame de sangue.

Ás exatas 06:00 ouço o som do meu despertador, dou um tapa na máquina que produzia um barulho ensurdecedor. Levanto-me arrastado, nunca senti tanto cansaço, não sei se já posso "culpar" o meu filho por isso porque fazem apenas 2 dias que eu descobri sua existência. Talvez eu deva culpar à mim mesmo pelo fato de ter ficado jogando até as 02:00.

Tomo um banho gelado 'pra poder acordar melhor, em seguida me visto e desço para o café com meus pais – que ainda não sabem da existência do neto –.

— Bom dia? — Minha mãe me encara só 'pra ter certeza que eu tava acordado.

— Só dia, mãe.

— Não irei nem perguntar porquê já sei. — Ela inicia ao se sentar à minha frente — Se você sabe que tem aula no outro dia, por que insiste em virar a noite jogando, hein Sr Kenma?

— Não virei, fui até às duas só. — Dei de ombros.

A campainha toca e quem atende é meu pai, como eu já sabia quem era, peguei minha mochila, levantei e deixei um beijo na bochecha de minha mãe.

— Cuidado e juízo vocês dois.

— Certo mãe, até daqui a pouco.

Fui até a sala, passei por meu pai e me despedi dele com um aceno. Assim que a porta se fechou, Kuroo virou pra mim com um semblante preocupado.

— 'Tá tudo bem?

— Poderia estar melhor se eu tivesse tido as 8 horas de sono necessárias.

— Ah Kenma eu não acredito nisso. — Ele pragueja massageando as têmporas.

— O quê foi?

— Kenma pelo amor de Deus, tem literalmente outra vida dentro de você. Você agora precisa cuidar de duas saúdes, e dormir pouco prejudica não só você, como também o bebê. — Ele gesticulava com as mãos, parecia nervoso.

— Tá bom Kuroo, não vai se repetir. — Encolhi os ombros e enterrei as mãos no moletom.

Ele para de repente e puxa meu braço, me fazendo virar 'pra ele.

— Desculpa gatinho, eu só quero que vocês estejam seguros. — Sua destra acariciava minha bochecha vagarosamente.

Fechei os olhos por um instante, apreciando o carinho que eu tanto adorava e sussurrei:

— Eu sei amor, prometo que não acontecerá novamente. — Coloquei minha mão na dele, abaixando-a e entrelaçando nossos dedos. — Agora vamos antes que cancelem nossa consulta.

(..)

Fazia uns 30 minutos que estávamos esperando o chamado da obstetra. Era uma médica muito conhecida, tanto por mim quanto pelos meus pais.

— Kozume Kenma? — Uma enfermeira beta aparece no corredor em que estávamos, com uma prancheta em mãos.

— Sou eu. — Levantei do meu acento e fui até a mesma, sendo seguido por Kuroo.

— a doutora Akemi irá atendê-lo agora, por aqui por favor. — Disse ela caminhando até uma sala no fim do corredor.

— Obrigada por trazê-los, Mahiru. — Disse a doutora que se encontrava sentada em sua mesa, dispensando assim a enfermeira com um aceno. — Como vão, meninos? — Perguntou ela com um sorriso doce.