twelve

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Tive pedidos para voltar até no meu mural. 🫨.



Pov Kenma:

Já fazia mais de uma hora desde que Kuroo havia saído, mais de 90 ligações feitas por mim, ambas chamavam até cair na caixa postal instantaneamente. Decidi que não ficaria parado correndo o risco de perder o amor pra minha vida por puro capricho. Retirei o moletom, coloquei uma blusa de lã com um sobretudo por cima e uma calça de moletom, com meu celular e chaves em mão, saí de casa.

Havia um lugar que Kuroo pudesse estar, um lugar em que ele me levou um dia após nosso primeiro beijo, alegando que eu já era "digno" de conhecer seu cantinho especial de pensar. Era o topo de uma colina que dava frente à um lago imenso, ficava alguns minutos do apartamento, indo a pé, como estou agora.
Não parei de ligar para ele um minuto se quer, porém ainda não era atendido.

Quando cheguei ao local, parando para recuperar o fôlego que eu nem lembro de ter perdido, o frio que invadia meus pulmões era gritante, como queria apenas estar em casa deitado no peito de Kuroo recebendo seu cafuné delicioso, me sentia completamente idiota.
Levantei meu rosto para olhar a volta do local mas não encontrei meu amor lá, aí me desesperei. Tinha total certeza de que ele estaria ali, mas não estava.

A únicas coisas que eu sentia era o vento frio diante do meu rosto e o coração começando acelerar. Saí dali o mais rápido possível, correndo o quanto podia, sentia o ar se esvaindo de meus pulmões: eu estava tendo uma crise de ansiedade.
Minha correria foi interrompida pelo meu celular que começou a vibrar em meu bolso.

— Kenma, onde você está?

— Kuroo, finalmente! Eu saí 'pra procurar você. — Respondi ofegante.

— Você 'tá maluco? Viu o frio que faz? Volta o mais rápido possível, vou esperar você na frente do apartamento. — Disse exasperado.

— Eu 'tava tão preocupado Kuroo, me perdoa por favor, não medi as palavras naquela discussão idiota. Claro que o que eu mais quero é criar nosso bebê da melhor forma do seu lado. — Meu tom choroso era notório.

— Tudo bem, Kenma. Eu também não fui nada agradável com você. Vamos conversar quando voltar, esse frio não faz nem um pouco bem 'pra vocês. Estou esperando você.

Chamada encerrada.

Nem mesmo notei quando a respiração pesada foi voltando ao normal e o coração desacelerando, somente ouvir a voz de Kuroo me trouxe de volta à calmaria.
Também nem reparei quando estava na esquina de casa, já conseguia avista-lo um pouquinho distante de onde eu estava, seus olhos se prenderam em mim e não desviaram um segundo sequer.

Reparei menos ainda no carro que se aproximava rapidamente de mim. As únicas coisas que presenciei naquele momento foram: o olhar desesperado de Kuroo e o baque do carro colidindo com o meu corpo me fazendo ser jogado para longe.

Tudo escureceu.

Eu não sentia nada.

Nem meu bebê.

Nem a mim mesmo.


CONTINUA
próximo cap amanhã.

One More Chance - KurokenOnde histórias criam vida. Descubra agora