Onze continuação

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Samantha

-Agora temos duas opções, ou terminamos aqui ou vamos ser forte e encarar tudo isso.

-então é melhorar parar por aqui, minha mãe nunca aceitaria. - ela disse já chorando como louca.

-Molly, já te disse que não adianta você chorar, nunca vão entender o real motivo de estarmos juntas.- disse irritada.

-É Samantha vai ver que nem você saiba porque realmente esta comigo- respondo entre soluços.

-aaaaah Molly eu não quero brigar, já temos problemas demais se você não quer mais beleza me deixa aqui e eu me acerto com a minha mãe.

Molly para o carro com tudo. Não posso acreditar que ela vai fazer isso...

- calma Samantha, gritar e decidir as coisas por mim também não adianta, vamos dar mais uma volta e se acalmar.

- Tia não briguem, eu amo vocês. - e só ai lembramos da Letícia

- Desculpa meu amor não vamos brigar mais tá, a tia ama vocês - a Molly logo disse.

Demos mais duas voltas pela cidade em silêncio absoluto Molly parecia perdida no que seja lá o que ela estava pensando.

-Aah Samantha não adianta eu to pega, eu amo você e não ia conseguir viver um dia sem você, eu estou com você nessa, vamos voltar para a casa da sua mãe e resolver isso de uma vez. - disse baixo, por causa da menina.

Paramos da frente da casa da minha mãe demos as mãos respiramos e entramos.

-Mamãe - entrei correndo e fui abraçá-la.

Me afastei lentamente me soltando do seu abraço. - mãe, nós precisamos conversar e é muito sério.

- diga meu amor- minha mãe disse aflita já.

- não mamãe tem que ser com calma, é melhor primeiro pôr a Leticia na cama.

Minha mãe fez um sinal e meu pai foi com a Leticia para o quarto, não demorou muito ele voltou, sentamos todos a mesa de jantar, papai como se soubesse o que iriamos dizer trouxe duas garrafas de vinho e quatro taças, ele abriu a garrafa e nos serviu, tomei um longo gole, mais para tomar coragem do que qualquer outra coisa, e comecei.

- Mamãe, desde que eu conheci a Molly, eu sempre a amei, nós duas, somos mais do que amigas, nós namoramos. A única pessoa que sabia era a tia Pam e ela contou para o Tio Félix

Quando olhei, minha mãe tinha lagrimas nos olhos mas não consegui decifrar sua emoção, não sabia se ela estava decepcionada ou só estava tentando absorver a notícia, meu pai não tinha expressão alguma, e Molly estava branca igual uma múmia.

Eu já desconfia- minha mãe quebra o silencio. - eu só não queria que isso fosse verdade, queria acreditar que minha filha um dia teria um filho um marido uma família.

- mas mãe eu terei uma família, como todos ou outros.

- a claro você vai implantar um pau que goze pra engravidar essa patricinha ai? - minha mãe começou a perder o controle.

- mãe se acalma, não é ofendendo ninguém que você vai conseguir me entender.

- quem disse que eu quero entender, eu não quero nunca entender - ela disse gritando

- calma Carmen olha sua pressão -meu pai tentou acalma-la em vão.

- calma? Você vem me pedir calma? Como posso ficar calma sendo que minha filha vem na maior cara de pau me dizer que ama outra mulher? Aaaah me deem licença eu vou me deitar e amanhã continuamos esse conversa- e saiu sem esperar resposta.

- filha, se senta aqui - e por incrível que pareça me aninhei no colo do meu pai - meu pai tem 44 anos não é idoso, é bonito bem alto eu sou grande também, mas parece que o colo dele foi feito para mim, chorei, chorei muito como um bebê e ele apenas acariciou meu cabelo.

Molly mantinha-se calada, tinha medo de se manifestar e tomar uma de encontro.

De repente vejo minha mãe parada no batente da porta do corredor, que liga a sala nos quartos, quando ela percebe que eu a vi ela vem até a minha direção se abaixa e diz bem baixo

- meu amor, me perdoa por favor, eu fiquei nervosa, você sabe que muitos iram te julgar, mas eu só quero sua felicidade, eu te amo muito não quero te ver sofrer- quando ela termina de falar me jogo nos braços dela e choro mais e meu pai ajoelha-se conosco no chão e nos abraça forte.

Mamãe levanta e vai na direção da Molly cola suas testas e diz:

Me desculpa pelo jeito eu falei com você, eu fiquei nervosa - quando minha mãe para de falar e dá um beijo na testa da Molly solto todo o ar que nem sabia que estava preso.

- tudo bem dona Carmen, eu sabia que não seria fácil, e com a minha mãe será menos ainda.

Molly se levantou e disse que iria embora, mas minha mãe insistiu para ela ficar pois já estava tarde. Sequei as lagrimas que ainda molhavam meu rosto e fui me deitar com a Leticia e Molly.

Deitei fechei os olhos e pensei, amanhã será um novo dia, mais difícil que hoje, mas mesmo assim será um novo dia, e dormi abraçada agora na minha namorada.

A Dama e a "Vagabunda" - Conto concluídoOnde histórias criam vida. Descubra agora