𓆙 𝟑𝟎 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒏𝒉𝒐 𝟏𝟗𝟗𝟓
Cedrico Diggory está morto.
Todo o corpo discente e docente de Hogwarts está em luto pelo garoto da Lufa-Lufa que, segundo Harry Potter, havia sido assassinado por Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado. Stella ainda lembra-se claramente do momento que notou o corpo pálido e imóvel do garoto após o final da última tarefa do Torneio Tribruxo, e sentiu seu coração parar de bater por um momento. No segundo seguinte ela sentiu uma mão fria agarrar a dela em meio à plateia nas arquibancadas, todos alheios demais para observar a troca, e imediatamente soube que Draco também havia notado a ausência de vida no rosto de Cedrico.
Ver a morte tão de perto provocou profundas mudanças em todos alunos de Hogwarts nos dias seguintes.
Nem Draco nem Stella estão animados para ir para casa. De seu lugar na Torre de Astronomia, eles observam enquanto seus colegas de classe se despedem de todos os alunos de Beauxbatons e de Durmstrangs, mas nenhum deles tenta descer até lá e dar seus próprios abraços e palavras.
Malfoy tem uma mão no parapeito e a outra em volta de Stella enquanto ela apoia a cabeça em seu ombro, os mantos Sonserinos flutuando levemente com o vento. Ele a sente aconchegar a cabeça mais perto dele e seu aperto fica mais forte.
"Você vai escrever para mim?" Draco pergunta baixinho enquanto observa o barco Durmstrang se afastar.
Stella morde o lábio. "Se você escrever primeiro. Eu não tenho uma coruja."
"Claro" Draco responde. "Suas cartas provavelmente serão o ponto alto das minhas férias de verão."
"Elas definitivamente serão o meu destaque também." Stella consegue sorrir com cansaço. Ela trabalhará muito durante o verão para conseguir arcar os custos das aulas de aparatação que ocorrerão em seu sexto ano, bem como as demais despesas eventuais, e não está exatamente animada para isso. "E eu sentirei sua falta, Draco."
"Sentirei sua falta também, Stella" Draco diz, suas palavras parecendo desconhecidas em sua língua. "Imagine dizer isso no ano passado."
Stella exala pelo nariz com uma pequena risada. "Acho que me lembro de ter dito que você seria a última pessoa de quem gostaria. Isso foi o quê? Oito meses atrás?"
Draco sorri arrogantemente com um pequeno encolher de ombros. "Ninguém pode te culpar por não resistir a mim."
"Idiota!" Stella dá um pequeno tapa no ombro do garoto, mas está sorrindo. "Foi você que disse que ficaria comigo só em meus sonhos."
"Bom, eu estou neles também, espero." Draco sorri provocativamente, inclinando-se para depositar um beijo no pescoço pálido da garota.
"Oh, você está" Stella sussurra roucamente, e morde o lábio inferior quando os olhos cinza-claro de Draco escurecem de luxúria compreendendo a implicação de sua insinuação.
"Porra, vou sentir sua falta" Draco resmunga frustrado, e Stella ri. Eles haviam ido mais vezes algumas vezes na Sala Precisa depois do seu aniversário, muito menos do que ambos gostariam, mas Professor Snape ficaria profundamente possesso se descobrisse para que a jovem garota estava utilizando o recinto.
...
"Mãe, estou em casa!" Stella grita ao abrir a porta do pequeno apartamento, como sempre faz ao chegar de Hogwarts.
"Estou no quarto, filha" Dalila grita de volta, e a loira joga suas malas no chão na entrada da sala e vai até o quarto de sua mãe, que tem as paredes beges comuns a todos os cômodos da casa. A mulher mais velha está sentada na beira de sua cama, com diversos documentos espalhados ao seu redor, fora da caixa de madeira que costumeiramente ficam guardados. "Estou organizando seus documentos para a emancipação."
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INIMIGOS • draco malfoy
RomanceStella Langster, conhecida como a nascida trouxa da Sonserina, se vê sendo odiada por praticamente todos de sua casa. E dói mais ainda quando um certo garoto de cabelos brancos como a neve expressa seu ódio de maneira tão intensa para Stella. Entret...