INIMIGOS • draco malfoy

[ 𝟟𝟜 ] 𝑶 𝒆𝒔𝒑𝒊́𝒓𝒊𝒕𝒐 𝒔𝒆𝒎 𝒍𝒊𝒎𝒊𝒕𝒆𝒔 𝒆́ 𝒐 𝒎𝒂𝒊𝒐𝒓 𝒕𝒆𝒔𝒐𝒖𝒓𝒐 𝒅𝒐 𝒉𝒐𝒎𝒆𝒎

Andar pelos corredores de Hogwarts após tantos meses parece estranho. Stella permanece com a varinha firmemente presa em sua mão direita, enquanto caminha ao lado de Pansy, Theo e Blaise, assim como os outros membros da Ordem da Fênix que caminham em direção ao Salão Principal. Do lado de fora, ela pode ouvir suspiros e o som da voz de Severus Snape, que faz seu coração bater mais forte.

"Parece que, apesar de suas estratégias defensivas exaustivas, você ainda tem um probleminha de segurança, diretor." A voz de Harry ecoa. As portas magicamente se abrem e a Ordem entra. "E temo que seja bastante sério."

O Salão Principal parece completamente diferente de como era no ano anterior. Não há sinal de qualquer grama de cor na enorme sala. As quatro mesas e todas as cadeiras haviam desaparecido, assim como o teto de velas flutuantes. Snape está na outra extremidade, parecendo exausto.

"Como você se atreve a ficar onde ele estava? Conte a eles como aconteceu naquela noite! Diga a eles como você o olhou nos olhos, um homem que confiou em você, e o matou. Diga a eles!" Harry continua.

Stella sente seu coração parar uma batida quando Severus Snape encontra seu olhar por um milésimo de segundo, seus olhos negros cheios de uma emoção que ela não consegue identificar, antes dele voltar-se novamente para Harry Potter.

Há suspiros quando Snape arranca sua varinha de suas vestes. Estudantes em todos os lugares recuam, ofegantes, mas McGonagall é rápida em empurrar Harry para fora do caminho e estender sua própria varinha. Stella vê a forma como Snape hesita, como sua varinha abaixa, mas McGonagall não recua — e ele também não.

McGonagall é a primeira a atacar. E curiosamente, apesar de todos os feitiços lançados contra ele, Snape nunca joga um de volta — ele só usa magia defensiva para se manter seguro. Stella imediatamente percebe que ele não pretende atacar McGonagall, ou qualquer um deles.

E, assim que ela tem essa revelação, Severus Snape decola pela enorme janela atrás dele.

"Covarde!" McGonagall grita atrás dele enquanto o Salão Principal se enche de aplausos de estudantes em todas as casas. Stella permanece imóvel, seu cérebro ainda tentando entender o comportamento de Severus.

Os aplausos na sala cessam e arrepios percorrem a espinha de todos enquanto tudo esfria. Antes mesmo de ouvirem sua voz, é como se pudessem sentir sua presença indesejada na sala. Seu sussurro, que ecoa em todos os lugares, parece que está sendo falado no ouvido de cada indivíduo pessoalmente.

"Sei que estão se preparando para lutar" Voldemort sibila.

Stella ouve gritos entre os alunos, alguns se abraçam, aterrorizados, enquanto procuram ao redor de onde vinha aquele som.

"Seus esforços são inúteis. Não podem lutar comigo. Não quero matar vocês. Tenho grande respeito pelos professores de Hogwarts. Não quero derramar sangue mágico."

Faz-se, então, silêncio no salão. O tipo de silêncio que comprime os tímpanos, que parece vasto demais para ser contido entre paredes.

"Entreguem-me Harry Potter" diz a voz de Voldemort. "E ninguém sairá ferido. Entreguem-me Harry Potter, e não tocarei na escola. Entreguem-me Harry Potter e serão recompensados. Terão até meia-noite."

O silêncio torna a engoli-los. Todas as cabeças se viram, todos os olhares no salão parecem ter encontrado Harry, para mantê-lo congelado à luz de milhares de raios invisíveis. Então, uma pessoa se levanta à mesa da Sonserina e Stella reconhece Mary Anne Stuart, no momento em que ela estica para o alto um braço trêmulo e grita:

"Ele está ali! Potter está ali! Agarrem ele!"

"O que você disse, porra?" Stella imediatamente está avançando em direção a Mary Anne, colocando-se na frente de Harry Potter protetoramente. A ruiva arregala os olhos, seu rosto perdendo toda a cor quando vê Stella Mountbatten apontando sua varinha diretamente para ela. A expressão da loira tem uma fúria silenciosa que faz as entranhas de Mary Anne se contorcerem. "Quer apanhar novamente, sua vadia ruiva?"