[ 𝟞𝟡 ] 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒆𝒈𝒖𝒆 𝒓𝒆𝒔𝒕𝒂𝒖𝒓𝒂𝒓 𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒇𝒐𝒊 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒓𝒖𝒊́𝒅𝒐?

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𓆙 𝟐𝟗 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒓𝒄̧𝒐 𝒅𝒆 𝟏𝟗𝟗𝟖

Quando Gilbert Mountbatten abre as portas da cela lentamente, tudo que Stella sente é ódio. Draco havia prometido que encontraria uma forma de tirá-la daqui, entretanto, ela sabe que ele não pode fazer nada. Lucius, Bellatrix e Gilbert estão constantemente o vigiando, mantendo-o trancado em seu próprio quarto, sabendo que tentaria algo. E fazer algo colocaria não só sua própria vida em risco, como também de toda sua família.

Além disso, Stella não tem esperanças de realmente fugir. Para onde ela iria? Gilbert demonstrou ser um caçador exímio. Ele sempre encontra seus alvos. Seria somente questão de tempo para ele encontrá-la novamente, e outra pessoa que Stella ama ser morta no processo.

"Ora, cadê toda aquela gritaria que fez semana passada?" seu pai zomba, assim que a encontra em pé apoiada contra a parede. Ele está todo vestido de preto, sua capa esvoaçante atrás de si, seu único olho fitando-a intensamente. "Vejo que a purificação está funcionando."

"Vai se fuder" Stella rosna, entre dentes, fazendo o rosto do homem endurecer. Desta vez, Stella está no fundo do porão, do lado oposto ao de Luna e Olivaras. Luna não queria separar-se, mas Stella não lhe deu escolha. Não queria arriscar que Gilbert a ferisse também.

"Estava reticente em deixar sua madrinha te ver, mas vejo que será necessário" Gilbert medita.

"O quê?" Stella gagueja, sentindo o sangue gelar. Gilbert parece satisfeito com a reação da garota.

"Não se preocupe, querida" O bruxo mais velho diz, paternalista. Entretanto, contrastando suas palavras de tranquilização, ele ergue a varinha e diz: "Crucio!"

Stella havia planejado não gritar desta vez. Não queria dar esse prazer a seu pai. Contudo, assim que a dor excruciante atinge seus ossos, um grito doloroso escapa de seus lábios, enquanto seus joelhos cedem e ela cai no chão. Quando termina, todos seus músculos estão tremendo.

"Você estará em boas mãos enquanto eu viajo" Gilbert garante, em despedida, dando as costas para a filha, ainda no chão.

A garota permanece tremendo na superfície fria, seu rosto gelado contra o chão, e tem a vaga noção que Luna está ao seu lado.

"Eu sinto muito, Stella" Luna sussurra, angustiada, passando os dedos no rosto da garota suavemente, afastando os fios dourados. Stella não dá nenhum sinal que a ouviu, enroscada como uma bola no chão.

...

Stella não tem noção do tempo. Não sabe se passaram-se minutos, horas ou até mesmo dias quando o barulho das grades é novamente captado por seus ouvidos. Mais uma vez ela está sozinha, após ter convencido Luna a se afastar, como sempre, a fim de que não corresse nenhum risco também.

"Stella, Stella..." A voz de Bellatrix Lestrange é ouvida quando ela se aproxima do lugar onde ela está. Quando sua figura pálida aparece, os cabelos em cachos rebeldes ao redor do rosto maquiavélico, seus olhos insanos estão brilhando. "Aguardei tanto para poder reencontrá-la."

A garota apenas a encara, de onde está sentada no chão, sem esboçar reação.

"Esse buraco é realmente escuro, não é?" Bellatrix medita, olhando ao redor. "O que acha de sairmos um pouco?"

Stella está desesperada para sair. Para ver a luz do sol. Mas, dado a quem lhe faz a oferta, ela quer negar. Entretanto, Bellatrix agarra os cabelos de Stella, puxando-a em direção às escadas violentamente, não dando-lhe uma escolha.

A loira tropeça nos degraus, seu corpo ainda vacilante após a cruciatus, e quando finalmente sai na sala da Mansão Malfoy, seus olhos imediatamente se fecham com toda claridade que os atinge. Sua cabeça lateja, obrigando-a a tentar esconder o rosto, mas Bellatrix apenas a empurra em direção ao chão no centro da sala bruscamente, e Stella cai quando seus joelhos falham em absorver o golpe.

INIMIGOS • draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora