[ 𝟝𝟡 ] 𝑻𝒓𝒂𝒄̧𝒂𝒅𝒐 𝒑𝒆𝒍𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒐

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𓆙 𝟔 𝒅𝒆 𝒎𝒂𝒊𝒐 𝒅𝒆 𝟏𝟗𝟗𝟕

Stella tem certeza de que todo o seu corpo havia congelado. Por um segundo ou dois, ela permanece imóvel. Então, começa a correr o mais rápido que seus pés podem levá-la, suas vestes da Sonserina esvoaçando atrás dela, seu cabelo dourado balançando em suas costas. Ela vira a esquina, não ouvindo nada além do barulho da água. O banheiro está inundado, e então ela ouve gemidos e pequenos soluços.

A garota dá a volta no primeiro cubículo lentamente, e então, para seu horror, encontra Draco Malfoy caído no meio da água, que está começando a ficar vermelha com seu sangue. Seu coração está em sua boca, mas seu cérebro trabalha rapidamente para mandá-la até ele. Ela grita quando cai no chão ao lado dele, seus olhos percorrendo todas as feridas que ele tem. Sangue escorre através de sua camisa branca, mais do que Stella já tinha visto antes em sua vida.

"Draco!" Stella suplica, quando seus olhos se encontram.

Ele está tão pálido, sua pele mais branca que seu cabelo. Seus olhos prateados parecem observá-la, fracos e turvos, seus gemidos e respirações rápidas, mas pequenas, começando a morrer. Stella solta um soluço, e seus olhos pousam em Harry Potter, parado como uma estátua, aparentemente em choque.

"Chame ajuda!" Stella grita para ele, desesperada. "Qual é a contra-maldição?"

Harry cambaleia um pouco para trás, seus olhos indo de Draco para Stella. Ele começa a se mover em direção a eles, caindo de joelhos ao lado dela e vendo Draco tremer novamente.

"Eu não-" Harry entra em pânico. "Eu não quis dizer-"

Ignorando seus apelos desesperados de inocência, Stella grita em frustração, tirando a varinha de suas vestes. Então a porta do banheiro se abre novamente e passos rápidos correm para dentro.

É o Professor Snape, e Stella quase chora de alívio. Ele parece absolutamente furioso enquanto corre para eles com sua varinha em punho, empurrando Potter para o lado e começando a traçar as feridas que Harry de alguma forma havia criado. Stella tenta abafar os soluços, a mão sobre a boca enquanto observa o sangue que flui dele parar, as manchas vermelhas em seu corpo desaparecendo.

Severus continua murmurando a contra-maldição e Stella pode ouvir fracamente Murta gemendo em algum lugar atrás deles. Stella sufoca um grito de alívio quando Snape termina o encantamento pela terceira vez e então começa a levantar Draco. A loira rapidamente se move para ajudar Snape do outro lado.

"Você precisa da ala hospitalar. Talvez fiquem muitas cicatrizes, mas, se tomar ditamno imediatamente, talvez possamos evitar até isso... venha..." Severus ampara Draco pelo banheiro, virando-se à porta para dizer com a voz gelada de fúria: "E você, Potter... você espere por mim aqui."

Stella começa a cambalear pelos corredores, com Snape fazendo a maior parte do trabalho em sustentar Draco, enquanto sente as lágrimas escorrerem por seu rosto. O percurso até a Ala Médica é como pura névoa, enquanto os pensamentos da loira permanecem em puro desespero, e Stella observa atônita quando Severus deita Draco em uma maca e Madame Pomfrey começa a curá-lo.

"Está tudo bem, Stella, se acalme" Snape pede, imediatamente surgindo ao lado de Stella novamente e repousando a mão protetoramente em suas costas. Seus olhos negros estão preocupados quando observa a pequena garota hiperventilar, à beira de uma ataque de pânico. "Respire."

Mas Stella não consegue. Todo o ar do mundo parece ter desaparecido, enquanto ela ainda fita a cortina branca que a impede de ver Draco. Ele quase morreu. Em seus braços.

Um soluço estrangulado escapa de seus lábios quando Snape rapidamente segura seu corpo antes que ela possa desmoronar no chão. O pânico a atinge em cheio, assim como ocorreu um dia na Mansão Malfoy, quando descobriu sobre sua família biológica.

INIMIGOS • draco malfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora