Capítulo 17 - Sim ou Não

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Lena Luthor  |  Point of View





— Lena! – Kara me despertou.

— Sim...

— Nossa! Você começou a chorar e não me respondia. Que susto! O que houve? – A abracei forte...

— Desculpe, Kara. No dia em que você se despediu de mim, eu queria ter ido atrás de você, queria te dizer o quanto eu também te amava e que você tinha que ficar comigo... eu só não consegui.

— Esquece isso, Lena. Nós prometemos deixar o passado no passado.

— Vou esperar você... – Entreguei meu endereço pra ela. — Se quiser me mandar alguma carta. – Ela pegou e guardou no bolso.

— Eu vou. Pode deixar... e quando chegar... quero uma resposta sincera.

— Sobre? – A voz mecanizada soou e anunciou meu vôo.

— Seu vôo já vai sair. Eu amo você, Lena.

— Eu também amo você, Kara. Não demora! É sério!

— Não vou... prometo. – Ela disse e selamos os lábios.

Eu acenei pra ela antes de entrar no corredor e voltar pra minha cidade... ela me mandou um beijo.

Acho que eu teria que conversar com minha amiguinha.

Acordei e aceitei o jantar. Estava morrendo de fome... mas acho que a saudade de Kara, mesmo que tão pouco tempo de separação, me consumia mais.

No avião... eu fiquei um pouco decepcionada por Kara não ter rotulado nossa relação. Eu sei... é muito rápido, mas o que eu responderia se me perguntassem como estamos? Sempre achei tão superficial o estamos bem. Acho que ela não pode me pedir estando lá... que loucura! Zor-El monge.

Eu fui muito idiota! É ela! Sempre foi ela... eu não devia ter duvidado disso. Dela! Eu não devia ter duvidado dela!


[•••]


Minha mãe me buscou no aeroporto, lógico que eu já havia contado sobre tudo... ela estava mais feliz que eu.

— Mãe... porque você nunca me falou sobre a Kara? Que vocês se comunicavam.

— Lena... você era muito arredia sobre ela. Não queríamos discutir com você.

— Entendo... me deixe na casa da Maggie. Quero conversar com ela.

— Ok, mas não demore, seu pai está fazendo o jantar no seu apartamento.

— Não vou...

— Leve ela. O James vai.

— Acho que ela não vai. – Ela fez uma cara de duvido muito. Ela não rejeita comida de graça. Fiquei em silêncio.

No percurso até o quarto dela, fiquei mentalizando como começaria nossa conversa.

Abri a porta com a minha cópia da chave e ela estava atirada no sofá, lendo o jornal.

— Oi. – Ela virou e sorriu pra mim.

— Lena... como senti sua falta. – Ela disse e me abraçou, depois de correr até mim.

— Como ficou?

— Levei. E você?

— Foi muito bom esse tempo lá.

— Foi? E o nosso plano?

— Sabe, Mags... eu não tive coragem.

— Viu, Lena. Eu disse que tinha que ser comigo. Podemos voltar lá e tentar.

TRAMA - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora