Capítulo 14 - A Cultura

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Kara Zor-El  |  Point of View





Coloquei meu manto vermelho e sentei no tapete em meu quarto. Precisava meditar... colocar minhas ideias no lugar e nada melhor que contar com uma ajuda superior.

— Grande mestre...

— Problemas, olhos tristes?

— Sim... quando eu comecei aqui, o mestre me achou perdida e confusa, me ajudando a espairecer.

— Sim. Ele me contou sua historia. E eu li seu livro.

— Como comprovar a verdade para uma pessoa cega de raiva e com vários péssimos conselheiros?

— Essa comprovação é importante pra você?

— Muito. Eu queria que não ficasse nada de empecilho por conta do passado.

— Às vezes, precisamos abrir o coração de verdade. A maioria das vezes que nos desculpamos, apenas dizemos isso: “me desculpe, eu errei”. O certo é ser verdadeiramente honesta, “desculpe, realmente comi sua torta e não comprei outra para substituir”.

— Não creio que isso ajude.

— Ai que vem a parte mais difícil, quando você abrir o coração... a pessoa tem que abrir o coração pra você. Tudo em uma relação... profissional, de amizade e amorosa, não importa o tipo, tudo vai das duas pessoas se abrirem.

— O senhor está certo. Não adianta só eu ceder.

— Exato.

— Obrigado, mestre. Posso meditar agora.

— Podemos, olhos tristes.




Lena Luthor  |  Point of View




Eu estou com a culpa já martelando em minha cabeça. Eu não acho que isso seja maduro... eu... talvez se eu... tola! Não se engane, você ama aquela mulher... sempre amou... porque a Maggie foi me mostrar aquelas mensagens? Justo após o melhor final de semana da minha vida? Disquei o número dela... ela demorou pra atender.

— Olaaaaaá... como está as coisas? Estão? É, é como estão as coisas? – Ela disse e gargalhou.

— Você está bêbada?

— Eu tomei um drinque ou seis... acredita que a Alex me deu um chute?

— Porque desta vez? – Perguntei desinteressada. É assim toda a semana.

— Só porque eu falei do seu encontro e ela começou a defender “ela”. Ela me disse que sou recalcada. Vê se pode isso.

— Porque recalcada?

— Ela me perguntou um dia, se eu sentia atração pela Kara.

— E você disse o que?

— O óbvio, dãããã. Todas as garotas queriam dar pra ela, porque eu seria diferente? – Então um estalo veio a minha cabeça.

— Você a desejava quando ela ainda estava comigo? – Ela demorou um pouco.

— Preciso desligar, Lena. Minha cabeça dói. – Ela encerrou a chamada.

— Ela... ela não faria isso... ou faria? – Murmurei. Neguei com a cabeça e fui me arrumar.

— Dez horas. – Jesse gritou na porta e logo estávamos na sala de Kara. — A conselheira pediu desculpas, mas ela está meditando há horas. Ela deve estar tentando tomar uma decisão. Ela me pediu para entregar esses livros sobre Buda e perguntou se isso ajudaria na sua entrevista. Depois me pediu para levá-la para um tour no templo das mulheres iniciadas a pouco. Isso ajudaria?

TRAMA - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora