Capítulo 48 - Focando

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Kara Zor-El  |  Point of View






Eu cheguei do templo e estava muito cansada. Fui direto para o banho e só vesti uma bermuda antes de me atirar na cama e apagar.

— Amor... – Ouvi a voz de Lena me chamar e abri meus olhos devagar. Ela colocou meu cabelo atrás da minha orelha. — Está bem? – Ela disse tocando minha testa.

— Estou.

— Eu cheguei e você estava dormindo, não quis atrapalhar, mas já são oito horas e você precisa levar a Lori. – Eu sentei na cama e ela sorriu.

— O que houve? – Eu perguntei a puxando para um abraço.

— Você está tão fofa com essa carinha. – Eu beijei a testa dela.

— Eu cansei ontem...

— Você deve estar com fome. Vai se vestir que eu fiz o café reforçado para você e Lori vai enfartar, pois não quer se atrasar para o treino.

— Eu nem vi você deitar.

— Eu fiquei checando sua respiração a noite toda... você não se mexeu. – A apertei mais contra meu peito.

— Só você para me cuidar desse jeito.

— Como não vou cuidar do meu amor? – Ela disse e foi me beijar, mas eu virei o rosto. — Deixa de bobagem, amor.

— Não, sem me escovar não. – Ela revirou os olhos.

— Mama! – Lori quase gritando chegou a porta, mas não a abriu.

— Ela já acordou, minha filha. Vai ajudar sua irmã a levantar.

— Tá. – Ela disse e eu me levantei.

— Que menina impaciente. – Lena disse e eu ri, colocando meu manto e o amarrando do lado. — Motivo da graça?

— Ela só se parece com alguém que eu conheço muito bem. – Lena revirou os olhos.

— Só tenho pressa... a vida é assim, Kah. Precisamos seguir o fluxo.

— Olha que teoria iluminada, amor. Gostei.

— Isso soa até debochado vindo de você.

— Mas não é. Eu realmente achei bonito, mas acho que tudo deve ser apreciado da forma mais lenta possível. Isso torna tudo mais prazeroso.

— MAMA! – Lori gritou na porta e corri para o banheiro, antes que ela abrisse a porta.


[•••]


Eu estava assinando uma pilha de liberações, quanto mais tempo o templo fica aberto, mais autorizações eu devo assinar para a fiscalização do ambiente que escolhi para construí-lo.

Lena entrou na sala dos arquivos do templo e eu sorri.

— Amor? – Eu disse e levantei, indo a abraçar.

— Atrapalho? Acho que devia ter avisado.

— Nunca atrapalha, só fiquei surpresa.

— Eu fui a nossa casa pegar um rascunho da minha matéria nova e isso chegou para você. – Ela me entregou uma carta.

— O mestre... – Eu disse e peguei a carta.

— Imaginei que tivesse pressa. – Ela disse com aquele sorriso que me conforta em qualquer situação e eu sorri.

— Sim... – Peguei a mão dela. — Venha ler comigo. – Sentei na poltrona e ela sentou na minha perna. Abri o envelope e me surpreendi.

“K.E...

TRAMA - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora