Capítulo 51 - Budismo

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Kara Zor-El  |  Point of View





Cheguei ao trabalho de Samantha e ela se surpreendeu.

— Kara? – Ela caminhou e quando chegou perto me abraçou. — Não acredito. Terminou sua recuperação?

— Sim. Estou melhor. – Retribui o abraço. — E você? Como está?

— Bem. Muito bem, só senti sua falta. Todos sentiram, principalmente Alex.

— Estou indo ver ela agora. Me empresta sua chave? Quero fazer uma surpresa. – Ela sorriu e me soltou.

— Claro. Nossa... ela vai ficar louca.

Eu sorri e estava novamente nervosa. Reencontros são emocionais e intensos, como se o grande espaço que a saudade deixa no peito fosse rapidamente preenchido e não absorvemos na mesma velocidade. Como quando bebemos água e nossa sede está muito grande, nosso corpo pede por mais, mas nos afogamos, não acomodamos tudo aquilo.

Com a chave em mãos, dirigi até a casa de Alex, ela trabalhava no escritório de casa ultimamente, pois o serviço de dona de casa a deixava muito mais satisfeita do que com os projetos novos de trabalho... que chegam aos montes, todos os dias e a qualquer hora.

Abri a porta e rumei ao escritório. Lá estava ela, com a testa franzida e o lápis na boca... igual a época de escola, mas agora não tem a babinha escorrendo pela Maggie. Sorri com o pensamento, entrei no escritório e bati na porta já dentro dele. Ela se assustou, pois estava concentrada e arregalou mais os olhos quando me encarou.

— Karão! – Ela levantou e correu para mim. — Minha nossa! Graças a Deus! Ou a qualquer coisa que você acredite. – Ela disse e me encheu de beijos no rosto e me deu um selinho.

— Nossa, Alex! Eu tinha prometido que nunca beijaria homens na boca... eca! – Ela bateu no meu braço.

— Idiota! Isso é a falta que sente de mim?

— Eu senti sua falta, marrenta. Vem cá e me abraça direito! – Eu disse e ela me prendeu em um abraço que durou muito tempo, mas foi o tempo mais que necessário...

— KAH! – Eu pulei do sofá e derrubei o controle da mão. — Desculpe, mas faz horas que eu falo e você não estava respondendo. – Ela disse e segurou minha mão. — Ah... não me diz que atrapalhei sua meditação.

— Não... eu só estava lembrando o meu reencontro com Alex.

— Ela sentiu bastante saudades também.

— Alex é muito especial para mim. Eu não fico remoendo, mas ela acreditou em mim... sempre. Acho que ela é uma pessoa muito boa, pois me aturava na pior fase. Sinto-me tão culpada por ter abandonado ela. – Eu disse e Lena me abraçou.

— Amor... ela está bem agora, graças a você. Você a ajudou, se não fosse você, não quero nem pensar no que poderia ter acontecido.

— Sim... melhor não pensar nisso mesmo. – Eu me virei para ela e a abracei direito. Depois de um tempo me recostei e continuamos assistindo o filme, mas era tarde e eu não entendi nada dele e com Lena tentando me explicar, quem se perdeu foi ela.

O que não fez diferença, pois só aceito assistir a esses filmes para ficar abraçadinha com ela.



Semanas depois...




— AH! O frangolino está solto e vai fazer cócegas na garotinha mais gordinha e fofa dessa casa! – Eu gritei, pulando no sofá da sala de cinema, onde Lena e Louise estavam deitadas.

TRAMA - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora