Eu escrevi essa fic na época que tinha me separado. Então vocês vão notar muita melancolia, não levem muito ao pé da letra. Os meninos vão ficar bem. Prometo.
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Jimin sabia que precisaria levantar mais cedo ou mais tarde daquela cama, o sol já estava quase no seu auge do dia e o calor que emanava da janela aberta não era suficiente para lhe manter aquecido. Sentia que nada mais o manteria, nem mesmo o aquecedor potente de seu quarto seria capaz de derreter aquele gelo que fazia sua alma tremer. Estava doendo e ele sabia que não podia continuar daquela forma, precisava achar a cura para aquela dor. Tinha de se levantar e caminhar de novo, mas suas pernas e seu emocional doíam muito e não adiantava nada dizer para si mesmo uma palavra de incentivo. O simples esforço de se manter de pé já era demais pra si.
Sabia que os poucos que tinham ciência de seu estado lhe compreendiam. Foram anos amando aquele que parecia ser sua alma gêmea. Ainda sentia que ele era e sempre seria, mas agora conhecia as asas de Taehyung e sabia que ele as tinha aberto e voado em direção a quem ele realmente amava. Por isso chegava a ser palpável a sua dor e arrependimento. Incomodava a ideia de que foi cego demais.
Não viu a tempo que aquele castelo de cartas havia desabado. As lágrimas corriam livres por seu rosto e ele estava a ponto de quebrar.
Sua mãe tinha saído a pouco tempo e se despediu por meio de mensagem. Ele sabia que ela não gostava de acordá-lo e só fazia isso quando necessário, ainda mais agora que sabia que ele levava um certo tempo para superar Taehyung. Ela acreditava fortemente que seu filho superaria o Kim como se fosse apenas um passe de mágica ou como quem aperta um botão e pronto! Tudo resolvido.
Todavia não era bem assim. Jimin o amava, o queria e o desejava da mesma forma de sempre.
O tempo não cura tudo, sabe-se disso. Em farmácias se vendem remédios e não relógios.
— Preciso levantar. — Disse a si mesmo enquanto consultava as horas. Faltava quase nada para o meio dia e por isso se apressou. Yoongi devia estar lhe esperando para ajudá-lo com a mudança. Ele podia ficar ali o quanto quisesse, mas o Min insistia em ir para um lugar só seu.
Era algo novo e livre do que restou de lembranças de Hoseok. Não que ele quisesse apagar o Jung de sua vida, mas não manter tudo dele distante ajudava a evitar a dor.
Tomou um banho quente e rápido, vestiu algo quentinho e confortável e buscou por um dos seus muitos bonés.
— Pensei que não levantaria mais hoje. — Foi a primeira coisa que ouviu do Min assim que chegou na sala.
— Eu estava criando coragem pra ver essa sua cara feia e essa sua galinha esquisita. — Não sabia de onde havia saído esse humor mega ácido, mas não estava com vontade de corrigir o mesmo.
— Acho que alguém precisa transar. — Seokjin surgiu não se sabe de onde assustando levemente o Park que não esperava pela companhia do dito cujo. — Aproveita que o agroboy que achamos na balada é afim de lhe dar muito mais do que uma galinha, coisa bem melhor, um pinto… — Riu da piada que só fez graça para ele mesmo. — E dar uma chance pra ele. Eu vi o jeito que ele olhou pra você. — Yoongi logo se levantou e colocou sua galinha dentro de um objeto feito para transportar gatos e se encaminhou até a porta sendo seguido pelo Kim que não parava de falar o que tinha achado de bonito no dito cujo agroboy. — Aquilo deve ter um documento do bom. Senhor… Vou até me abanar um pouco.
— Onde você quer morar hyung? — Desviou do assunto. Seokjin era impossível.
Era uma questão no qual ele vinha pensando e ao mesmo tempo mudando de ideia a todo instante. Sabia que não era bom em ficar sozinho e que às vezes, por mais que achasse formas de se distrair, sempre acabava se sentindo abandonado à noite. Foram bons anos ao lado de Hoseok e tê-lo ao seu lado dia e noite lhe causou uma espécie de dependência emocional na qual ele não estava acostumado a ter. Querendo ou não, por mais que o outro trabalhasse muito ou fosse um tanto negligente de atenção quando encontrava uma série que prendia sua atenção totalmente, ainda assim, era o homem que cuidava de si e que lhe fazia sentir-se vivo. Tinham seus hábitos formados, sua rotina e seus caminhos. Eram conhecedores um do outro e até mesmo do mínimo sabiam sobre si. E por isso doía pensar que tudo se espatifou tão rápido. Ele não queria ter deixado seu mundo cair assim, escapar por entre os dedos e encontrar o abismo chamado Taehyung. Ele era o pivô de tudo e o Min sabia muito bem disso.
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Singularity
FanfictionHoseok e Taehyung namoraram por anos até que terminaram de uma forma trágica e sem sentido. O tempo passou e cada um já tinha alguém em sua vida quando o Kim sobre um acidente e acaba perdendo boa parte de suas memórias. Ele não se lembrava de nada...