Singularity

Eu pensei que era fácil

DESCULPEM OS ERROS NÃO BETADA

Vamos de presente?

Atrasado demais, sou dessas. Mas é um presente.
Postando aqui uma fic da outra rede. Lembrando que vou sempre por os avisos nos capítulos.

*-*

Ele deu mais uma tragada no cigarro que estava quase se apagando, era o segundo só naquela manhã e por mais que soubesse o quanto fazia mal não conseguia mais deixar de fumar. Para si a sensação que tinha com aquele ato ia além do relaxamento que aquilo trazia. Sempre que fumava sua mente era direcionada a um outro plano e ele podia amargurar o que quisesse que ninguém ali podia lhe interromper. Podia parar de se enganar e pensar nele a vontade, mergulhar e emergir nas memórias que tinha com aquele a quem tanto amou e ama até hoje, mas que, por causa de seu orgulho, não admitiria a falta que sentia. O sentimento sufocante e a sensação de agonia que se enraizada dentro de si sempre que acordava de manhã e ele não estava ao seu lado viraram seus companheiros diários. E nem os abraços e carinhos do atual namorado poderiam suprir nada disso.

Por quanto tempo isso duraria? Ele não sabia ao certo e pedia silenciosamente para que tudo fosse como antes, mesmo sabendo que a culpa era toda sua. Foi ele quem deixou Hoseok, suas paranóias foram as responsáveis por jogar terra em cima daquele jardim e sufocar tudo. Seus medos na época eram tão grandes que não foram capaz de deixar nada ali respirar. Seu ex queria lhe ouvir, mas sua voz não tinha força para chegar até ele e o ato de depositar tudo nas mãos do Jung fez com que aquele barco afundasse rápido demais.

Ele se arrependia muito...

Ele amava demais, tanto,tanto que chegava a doer.

Queria poder voltar no passado e pedir desculpas pelos surtos frequentes, pelas crises de ciúmes e pelas ideias soltas que traziam tantas brigas sem sentido. Não havia ninguém na vida do Jung naquela época, mas agora existe e por mais que ele quisesse negar, Yoongi o fazia mais feliz.

Aquele foi o vício que ganhou quando o namoro de quatro anos se findou a mais ou menos um ano atrás, hoje ele estava com outro e sabia que o ex tinha aceitado o pedido de namoro do melhor amigo que, ironicamente, estava perto demais quando romperam definitivamente.

Quatro de Agosto, era o dia. Dali a uma semana fariam um ano...

Tempo demais.

Respirou fundo tentando não chorar. Toda manhã era a mesma coisa. Acordar, ir a consulta com sua psiquiatra e depois partir para o trabalho.

Estava tão estagnado naquela rotina que se esquecia do cara que dormia consigo toda noite, aquele com quem fazia sexo e que parecia tão dedicado a lhe dar seu melhor. O problema sempre seria ele e sempre soube disso. Não era novidade.

Quando a bituca se apagou ele a jogou no cinzeiro ao lado da mesa de centro, Jimin tinha comprado aquele mimo para si semana passada. Aliás, ele tinha adquirido uma pequena coleção de itens como aquele para espalhar pela casa.

A mãe do Park detestava o cheiro que ficava espalhado pela casa e por mais que adorasse Taehyung dizia que ele devia ao menos diminuir a quantidade de cigarros por dia e parar de fazer de conta que amava o filho dela.

Ele ria.

Jimin ria.

Era um grande faz de conta.

- Pretende sair hoje? - O mais velho encostou o queixo em seu ombro e sorriu daquele jeito que podia derreter qualquer um. Taehyung sabia que o Park lhe entendia e amava como ninguém e que parecia ler seus pensamentos e seus atos como se fosse a coisa mais fácil do mundo.