Capítulo 51: Mansão Potter

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Hermione puxou-o para um abraço antes que Harry pudesse começar a organizar as pessoas e explicar o plano que os levaria à Mansão Potter.

— Tome cuidado, Harry — ela murmurou, enterrando a cabeça no peito dele. — Por favor, cuide-se. Não se arrisque.

Harry, um pouco tonto com a velocidade com que as coisas se moviam, só conseguiu colocar uma mão na nuca dela, acariciando os cabelos de Hermione e se curvando para dar um beijo no topo de sua cabeça.

Parecia estranho.

Mas não foi por causa da distância que tinham tido ultimamente, não foi por causa do que estava para acontecer. Mas, porque esta foi a primeira vez que Hermione o abraçou sozinha desde que Grimmauld Place aconteceu, e Harry não tinha percebido o quanto sentia falta dela.

— E você também, Hermione. Por favor.

Hermione assentiu, dando um passo para trás, e Harry se moveu para encarar todas as pessoas que iriam para a luta. Após a recuperação das memórias e das conclusões um tanto precipitadas que Astoria havia tirado, Harry enviou um pequeno grupo para espionar o mundo mágico, que voltou informando que os Comensais da Morte não estavam em lugar nenhum e que as pessoas estavam deixando suas casas, sem entender. A marca no braço de Draco não havia se queimado, pelo que ele podia perceber, o que era preocupante.

No futuro, Harry não entenderia por que ele não havia se lembrado de Theo.

Por que não havia perguntado se o braço dele tinha queimado.

Talvez...

Talvez.

Voldemort estava semanas à frente deles na Mansão Potter; talvez ele já estivesse lá dentro ou soubesse onde procurar o objeto. A Ordem não tinha ideia de nada. Nada, exceto que Andrômeda os ajudaria a elucidar a localização de Nagini com o objeto pertencente à família Black. Harry não queria pensar muito no assunto, estava mais ocupado se dirigindo às centenas de soldados que o observavam no pátio, prontos para dar a última batalha.

Ou o que ele esperava que fosse a última batalha.

— Como muitos já sabem, agora estamos indo para a Mansão Potter, naquela que esperamos que seja a última luta que daremos nestes nove longos anos — Harry começou a dizer com o som de sua voz amplificado. — As proteções do pátio não devem nos receber gentilmente nem nos expulsar, mas, caso isso aconteça, há um ritual que servirá para rompê-las. Todos levarão consigo vassouras encolhidas, ouvirão instruções e estarão sob feitiços de desilusão. O Grande Comensal da Morte provavelmente estará lá com mais pessoas, portanto, tentaremos nos concentrar em lutar em campo aberto. Só entraremos na mansão quando for apropriado, e nem todos entrarão. Entendido?

Quando Harry recebeu um monte de "sim", ele fez com que as pessoas se separassem para se despedirem de seus parentes. Talvez muitos não voltassem depois disso; A tensão estava no ar. Harry se aproximou de Ron, que acabara de colocar a prótese trouxa que havia adquirido, embora fosse óbvio que ainda precisava aprender a controlá-la. Ainda não conseguia lutar, não tinha prática suficiente.

— Eu preciso que você continue protegendo Andrômeda — disse Harry quando Ron estava a uma distância segura. Ele parecia nervoso. — Não tenho tempo para explicar agora, você só precisa impedi-la de tentar escapar enquanto estivermos fora. Astoria explicará. Já pedi para ela ficar também.

Ron assentiu, brincando com as mãos.

— Tudo bem — ele respondeu com certa relutância. — Tem certeza de que esta é a melhor opção?

Não.

— Os Comensais da Morte estão se mobilizando por um motivo. Não vejo que tenhamos muitas opções. Temos que chegar ao objeto antes de Tom.

Desolación | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora