Deu Tudo Certo, Confia

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Se passam 5 dias após tudo ter acontecido, se não me engano Tanjiro se recuperou após uma semana após a luta contra o superior 6. Eu e Akaza decidimos que partiríamos na lua cheia, que seria amanhã.

O problema é, eu realmente não faço ideia de onde possa ser a vila dos ferreiros, que é pra onde Tanjiro vai agora, junto das luas superiores 4 e 5. Mas, obviamente eu tenho um plano para achá-la.

Quando ainda estava na faculdade, me lembro de ter lido algo em relação as águas termais (nem lembrava de que havia feito faculdade, tanta coisa aconteceu, além de todo o tempo em que vivo aqui, é difícil lembrar de coisas da minha terra natal), essas águas geralmente são encontradas em montanhas, mas o motivo disso e dela ser quente, é nada mais nada menos, pois estão localizadas em baixo de vulcões inativos, então o solo também acaba por ser mais quente, fazendo efeito sobre a água, além de ela começar a portar diversos minerais de nosso corpo, que perdemos no nosso dia á dia, como ferro, zinco e cálcio.

Bom, indo direto ao ponto, como nós viajamos por diversos lugares nesses 3 anos, a maioria deles está gravado em minha mente, pois sim, não sou burra de desperdiçar minha memória fotográfica, e enquanto forçava minha mente para lembrar por quais montanhas já passamos, me lembrei de um enorme morro, que mais ao topo parecia conter um nevoeiro denso, mas como eu e Akaza corríamos pelo gramado plano naquele momento, acabei não podendo gravar tão bem quanto quisera aquela paisagem, porém é o suficiente para arriscar que seria por lá a vila.

No momento, está de dia, deve ser quase o pôr do sol, mas como só está eu e Akaza pelas redondezas, resolvo dar uma volta por aí, já procurando por alguma possível rota para aquele gramado que uma vez corremos. Estou indo andando rapidamente pela grama, mas parece até que estou saltitando e correndo, porque sempre tenho que desviar de grossas raízes no chão para não tropeçar. Após dar um pequeno salto, noto uma forte presença, e instantâneamente me esckndo atrás da primeira árvore que vi, que tinha um tronco alto e espesso. Havia um pequeno lago meio oval mais á minha frente, a maior larte daquela água cristalina era coberta pela sombra das grandes copas das árvores, deixando apenas o centro com uma luz mais forte, apessr de que, alguns raios de luz atravessavam as folhas e formavam pequenos brilhos luminosos na água parada.

"Que estranho, jurava ter sentido algo, além de ter escutado de leve passos, mas não era uma pessoa comum, eram passos cautelosos demais para um qualquer, não sei, talvez seja só impressão minha, mas—"

Meus pensamentos param automaticamente ao ver uma cena. Mitsuri sendo levada nas costas, por uma pessoa toda coberta de preto, provavelmente um kakushi (ferreiros de confiança que se dividem para levar os caçadores á vila, mas se não me engano, são trocados com frequência).

Não podia deixar essa chance passar, tinha que seguir o kakushi, até porque, como Mitsuri está vendada e com tampões de ouvido, é ben improvável que não perceba minha presença, é muita sorte pra deixar passar assim.

Como eu não teria tempo de voltar á caverna, e muito menos de trazer Akaza comigo, resolvi pegar algumas folhas das árvores, logo enrolando-as em meus fios azulados, e ir deixando uma cair no chão após uma distãncia considerável. É uma pena não poder ter tempo de revisar as habilidades dos dois hashiras, e das luas também, iria fazer isso hoje á noite, para ter as infirmações mais frescas em minha mente, mas pelo visto não vou poder. Ahh... O arco mal começou e já tenho um imprevisto, desse jeito não irei mais planejar nada também.

Após uns 10 minutos seguindo o Kakushi, que corria numa velocidade até que considerável, fui olhando pra trás para ver se as folhas caíam em um lugar meio discreto, e parece ter dado certo. De repente, a pessoa de preto para, e logo aparece outra, que logo pega Mitsuri e a carrega pelos ombros, començando a andar na mesma direção que o outro kakushi ia.

Após umas 5 trocas de kakushis, percebo que as árvores vão ficando um tanto mais separadas, acho que estamos perto da vila dos ferreiros. Como eu esperava, se passam mais uns 5 minutos de caminhada, e Mitsuri chega na vila. Assim que vejo que seus tampões de ouvido irão ser retirados, me escondo rsoidamente atrás de uma árvore, pois os hashiras são muito sensíveis á sons não naturais, nesse casi os meus passos.

Apenas movo meu pescoço para o lado, junto de meu rosto, tentando fazer o mínimo de movimentação possível, podendo ver Mitsuri já sem a venda, já quase dentro da vila.

"Ahh ok, aqui as coisas já ficam mais complicadas, só espero que o Akaza tenha notado minha demora, e achado aquelas folhas que embrulhei com meus fios, não sei se consigo me virar sozinha nesse arco, tenho que ter cuidado..." - Penso ao dar uma pequena volta perto dos muros da vila, procurando uma árvore alta para escalar, deixando uma pequena folha com meus fios ao encontrar, e assim podendo ficar em cima da enorme parede que separava a vila da floresta.

Após conseguir pular os muros, começo a andar perto das paredes evitando ir ao centro da cidade, pois apesar daquele nevoeiro, ainda era possível perceber que eu era uma oni. Começo a andar na direção das fontes termais, não sabia onde era exatamente, mas pela lógica, era na parte mais alta. Passado uns 10 minutos, a subida vai ficando um pouco mais íngrime, como eu estava de pés descalços, pude notar que o solo estava um pouco morno, então soube que estava no caminho certo.

Finalmente as termas ficam em meu campo de visão, mas acabo ouvindo passos, então me escondo atrás de um morro pequeno e meio fino que havia ali perto das águas. Ouço uma voz fina cantarolando alegremente, que presumi ser da hashira do amor após isso, ouço os passos pararem, e depois de poucos segundos, escuto as águas se movimentarem um pouco, seguido de um suspiro doce e satisfeito... É, a Mitsuri havia entrado nas termas, mas que situação complicada.

Reencarnei Como Uma OniOnde histórias criam vida. Descubra agora