Capítulo 21

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~ Bruce Wayne ~

Cheguei ao Brasil, realmente ninguém sabia que eu era o mais novo papai do pedaço, aquilo estava soando tão assustadoramente bem. Bom, eu ia voltar quando a Shay me contou, mas aconteceu um maldito imprevisto na empresa de Paris e eu precisei ficar para resolver, o que pensei que seria rápido durou quase 30 dias, eu estava quase tendo um filho de ansiedade e puta merda eu ia mesmo ter um filho. Cheguei em casa e encontrei minha irmã no sofá passando impacientemente os canais a TV. 

- Cheguei. - Falo e ela me olha

- Finalmente, pegue a chave do seu carro e corre para Angra. 

- Tá doida? Eu vou ver a Diana. 

- Bruce, a Diana foi para nossa casa em Angra, disse que precisava de um tempo sozinha, mas ela está com 9 meses, ela vai explodir a qualquer momento, eu ia para lá, pedi até o Alfred para encher o tanque do meu carro, estava esperando, mas como você chegou, vai atrás da sua mulher e do seu filho, antes que ela entre em trabalho de parto sozinha no meio do nada! 

Desesperei, o que Diana tinha na cabeça de ir para Angra no final da gestação, sabendo que essa criança poderia nascer a qualquer momento. Nem entrei em casa, peguei umas das malas que eu sabia que tinha roupas adequadas para Angra e joguei dentro do carro, me despedi de Shay que já gritava comigo de nervoso. 

- Eu vou trazer ela e o meu filho de volta. 

- Filha! É uma menina, Bruce. Trás a nossa princesinha e a Diana para casa. 

Ela me dá um beijo no rosto e dou partida no carro, eu estava atordoado, eu ia ter um bebê, uma menina, um misto de alegria e desespero tomou conta de mim, o céu começou a fechar e formar chuva e aqui no Rio quando chove é quase um diluvio, fica impossível passar nas estradas para Teresópolis e Angra. Corri o máximo que eu podia e conseguia, cheguei na casa de Diana, tinha uma pequena mala de bebê no quarto dela, peguei e saí correndo dali, cheguei o mais rápido que pude em Angra e o carro dela estava ali estacionado. Louca, vem para cá e não trás nada da nossa filha. Entro na casa, coloco as malas todas na sala, e vou procurar por ela.

- Diana! - Grito e vejo ela sair do meu quarto com os olhos vermelhos e inchados

- Bruce? - a voz dela falha me partindo o coração. Corro e abraço ela, mesmo com aquele barrigão me atrapalhando, ela estava maravilhosa grávida. 

- Me perdoa, meu amor.. me perdoa por ter sido um covarde, por fugir do que eu sinto por você, me perdoa! - Agora não era só ela que chorava, eu estava aos prantos, quando sinto algo se mexer e Diana rir fraco. 

- Acho que ela estranhou sua voz, é a primeira vez que ela ouve. - me ajoelho de frente a barriga dela, levanto a blusa deixando aquele belo volume a mostra e deixo um beijo ali. 

- Perdoa o papai, filha. Eu ia vim assim que descobri que você estava a caminho, mas o papai teve um problema para resolver que demorou mais do que eu esperava. 

Diana chorava muito, me levanto e abraço ela novamente, entro com ela no quarto, deito na cama e puxo ela para deitar com a cabeça em meu peito, ficamos um tempo em silêncio, esperei ela se acalmar e parar de chorar. 

- Eu pensei que você não ia voltar. - ela fala baixo

- Porque pensou isso? 

- Você foi embora sem se despedir de mim, sem me dar uma única explicação, a Shay te contou e você disse que ia voltar no outro dia e não voltou.. pensei que tivesse inventando o problema na empresa, eu estou de licença, não to por dentro do que acontece por la desde o mês passado. 

- Eu não menti para vocês, tive mesmo um problema lá, mas assim que resolveu eu voltei e Shay me fala que você veio para cá sozinha, explodindo ao ponto de espirrar e nossa filha nascer. - ela rir 

- Shayera é exagerada, não estava me deixando nem dirigir, pior, nem pegar um copo com agua. 

- Como vocês estão? Porque não me contou quando descobriu que estava grávida? 

- Fiquei com medo de sua reação, da gente brigar, a minha médica disse que eu não podia me estressar porque eu corria risco de aborto, então esperei ela ficar grandinha, e fora de risco. 

-Entendi. Tem muito tempo que você entrou no nono mês? 

- Tem uns dias já.. ontem senti umas dores, fui no hospital, mas disseram que não era nada, que era só a bebê começando a mudar de posição e que eu sentiria quando ela se encaixasse - ela fala e fica muda de repente

- Tá tudo bem? 

- Acho que ela se encaixou. 

Ficamos abraçados ali, depois de encher o saco dela pedindo perdão, ela disse que me perdoava e que estava feliz por eu estar ali com ela, convenci ela a voltarmos pro Rio no dia seguinte, anoiteceu e do nada caiu um temporal, parecia que o mundo estava acabando, e mais do nada ainda, Diana acorda no meio da madrugada ofegante, me assusto, levanto de uma vez e acendo a luz, ela parecia estar com falta de ar, e as vezes gritava de dor, abri a janela para ver como estava a chuva e era impossível sair de casa, comecei a me preocupar, a chuva só piorava, liguei para emergência e me falaram que não poderiam vir porque as estradas estavam interditadas, Diana dá um grito, olho desesperado para ela, sem saber o que fazer, me ajoelho na sua frente e ela me abraça chorando. 

- Tá doendo..

- Eu sei, meu amor, eu sei.. infelizmente não temos como sair daqui, as estradas estão interditadas por conta da chuva. - ela me olha completamente em pânico, e eu sem entender, será que era a dor que estava intensa? Eu não tinha ideia do que fazer. 

- Bruce..

- Oi amor.. - ela engole em seco

- Nossa filha vai nascer. Minha bolsa estourou. 

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