One-Shots Karlena

Melodia

Mais uma one fresquinha pra vcs.

Boa leitura!

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Mais uma aula havia chegado ao fim. Kara suspira guardando seus materiais enquanto a morena de olhos verdes se aproxima de sua professora de canto para se despedir.

Antes de chamar atenção da loira, Lena a observa de cima a baixo, reparando em sua saia lápis preta colada e sua camisa social branca com os dois primeiros botões abertos, permitindo-a ver a borda do sutiã preto de renda. A mulher, apesar de já estar na faixa dos quarenta anos, era muito bonita. Sua feição delicada e jovial chamava atenção por onde passava, e seus fios loiros iluminação os olhos de o via.

- Professora Danvers? - chamou Lena se aproximando da mesa da outra.

Kara levantou a cabeça, e vendo Lena ali, sorriu.

- Já disse que pode me chamar de Kara, Lena. - guardou seu estojo antes de fechar o zíper.

Lena sentiu suas bochechas coraram e abaixou o rosto tentando escondê-las, só não contava com sua professora se aproximar e com a mão em seu queixo, levantar seu rosto.

- É... Co-como e-eu fu-i? - pergunta a mais nova.

- Você foi ótima. Como sempre. - fez carinho na bochecha da Luthor se aproximando mais até colar seus corpos. - Na próxima aula... eu quero te ver cantando uma música que eu gosto muito.

- Te-nho certeza que é ótima, a senhora tem bom gosto.  - Lena lutava para não gaguejar, o que ficava cada vez mais difícil pelo rosto afundado em seu pescoço inspirando seu cheiro.

Kara, após passar um tempo sentindo a mulher vinte anos mais nova que ela, começou a distribuir beijos ali naquela parte, logo subindo e chegando no lóbulo da orelha de Lena, mordendo ali. Lena deixa escapar um gemido baixo.

- Lee... - Kara beija o canto da boca de Lena. - Eu quero te beijar.

Sem pensar muito e num momento de coragem, Lena olha diretamente nos olhos azuis.

- Então beija.

Kara chocou seus lábios movimentando-os rápido. Logo passou a língua nos lábios da Luthor que os abriu dando-a passagem. Suas línguas se exploravam, não havia batalha por dominação. As mulheres aproveitavam aquele momento imaginado por tantas noites.

Quando os lábios se separaram, Kara sorri e abraça Lena, que enfia o rosto no cabelo da outra.

- Me diz que isso não é um sonho. - Kara murmura após alguns minutos.

- Se for, eu não quero acordar.

Elas se afastam. Kara levanta a mão para retornar a passa-la pelo rosto delicado de Lena. As bochechas vermelhas, as sobrancelhas, os olhos, a boca, a mandíbula, tudo era perfeito. Lena era perfeita. E Kara a queria para ela.

- Na minha casa, hoje a noite. Vamos resolver isso. Se você quiser algo comigo, vá a minha casa as oito da noite, se não aparecer, entenderei que não podemos ter nada além da relação professora e aluna e nunca mais farei o que fiz hoje de novo. - Kara dá o ultimato entregando o endereço de sua casa na mão de Lena.

Lena assente tão pensativa que nem percebeu a loira saindo da sala.

Durante a tarde, Kara e Lena estavam nervosas, principalmente Kara. Querendo ou não, a loira já tinha 41 anos e Lena 21, eram vinte anos de diferença, e apesar de Kara saber que estava bem para sua idade, ela ainda tinha inseguranças.

Se encantou com Lena desde o primeiro dia que a viu, sentada naquele banco aconchegante em frente ao piano deixando seus sentimentos saírem através da melodia calma do instrumento. Lena tocava com tanta paixão, os olhos fechados demonstravam isso. E quando ela os abriu e Kara pôde finalmente ver a cor verde dos seus olhos, a professora soube que ali estava sua ruína. Quem tomou seus pensamentos por noites.

Aquele beijo Kara desejava há meses, cada vez que olhava os lábios pintados da morena apaixonava mais.

Já era oito e dez da noite, Kara estava sentada em seu sofá, com a televisão ligada na Netflix, escolhendo algum filme de terror para chorar enquanto a pipoca começava a estourar no microondas. Estava cabisbaixa, Lena não havia ido.

Oito e meia da noite, a campainha toca. Estranhando o entregador do hambúrguer que pediu chegar tão rápido, Kara se levantou e caminhou até o hall da casa.

Ao abrir a porta, seu sorriso automaticamente se abre e chega aos seus olhos. Lena estava em pé na varanda de sua casa, com uma garrafa de vinho em uma mão e um pacote de lanches na outra.

- Foi difícil encontrar um bom vinho, e... eu recebi seu lanche. - Lena contou sorrindo.

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Espero que tenham gostado