Boa leitura!
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Acordei e ainda estava de madrugada, o céu tão escuro e limpo, dando espaço suficiente para a lua distribuir seu brilho pela noite.
A cortina aberta do meu quarto me permitia contemplar a visão magnífica e sentir a paz daquele momento, mas tudo se dissipou quando batidas fortes na porta de entrada, no andar de baixo, ressoou pela casa.
Desci os degraus da escada calmamente e parei de frente para a porta, sem abri-la. Encarava sua madeira preta e escutava o choro do outro lado. Sofrido talvez, mas com certeza, arrependido.
Kara batia agora mais fraco, mas eu ainda escutava as súplicas dela me pedindo perdão. Apesar de não querer, aquilo mexia comigo. Ainda. Mesmo fazendo anos, Kara ainda mexe comigo.
Eu encostei minha mão na madeira e por alguns segundos meus pensamentos me levaram para o lado da impulsividade, me controlei para não abrir aquela porta.
Provavelmente o que eu ia encontrar seria pior do que se tivesse ficado quieta. Kara sentada no chão, toda descabelada, a maquiagem borrada e uma garrafa de uísque na mão. Embriagada.
Eu teria que convencer minha mente de que aquela mulher delicada e gentil, a Kara de anos atrás, morreu e deu ligar a uma diferente, com somente uma semelhança: o amor por mim.
Pena que é tarde demais.
- Mamãe? - olhei para trás com a voz sonolenta do meu filho. Em seu braço direito um ursinho e a mão esquerda ganhava vida própria ao coçar o olho.
- Oi, meu amor, volta a dormir. - sussurrei, mas tenho certeza que ela escutou. Peguei meu filho no colo e o levei até o quarto dele, o colocando na cama novamente.
Ao deitar na minha cama, senti os braços de James rodearem minha cintura e ele se aconchegar no meu corpo.
Tentei dormir novamente e esquecer o recente episódio, mas olhar a lua, coisa que sempre me acalmava, não estava funcionando. Olhar para a lua me lembrava dela e do que vivemos sob ela.
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Mais uma vez as músicas da Marília me inspirando.
Até a próxima...
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One-Shots Karlena
FanfictionUma coleção de pequenas histórias do shipp Karlena/Supercorp (AU) Plágio é crime!