Amor e ódio (Rage livro 6)

Prólogo - Rage

-Porra. - Sussurro e me jogo na cama. 

Meu corpo treme de prazer e suspiro. 

Transar é um dos maiores prazeres da vida. 

-Podemos dormir aqui Rage? Você sempre nos expulsam até parece que não gosta da gente -Uma das cadelas fala e reviro os olhos. 

Transar é ótimo mas as lamentações depois do ato acabam com todo o prazer. 

-Eu não durmo com ninguém querida e você sabe muito bem disso afinal sempre está implorando eu continuo negando. -Falo e me levanto. 

Olho para as três cadelas e dou um sorriso. 

-Quando eu sair do banheiro quero o meu quarto vazio entenderam? -Pergunto e elas me olham putas. 

Elas se levantam e saem peladas mesmo.

-OBRIGADO PELO SEXO! -Grito rindo.

Eu sei muito bem que as cadelas estão de olho em mim e no Fire afinal somos os últimos membros oficiais solteiros mas infelizmente elas vão morrer esperando qualquer sinal da minha parte, meu coração não está aberto para ninguém e ele ficará assim até a minha morte. 

Entro embaixo do chuveiro e deixo a água gelada fazer a sua magia, meu corpo relaxa e suspiro. 

Fechos os olhos e de repente a vadia vem na minha mente. 

Samara. 

A única mulher que amei. 

Conheci a Samara no colégio e porra foi amor á primeira vista, levei semanas para conquistar ela e quando ela aceitou ser minha namorada eu fui ao céu, logo transamos e fui o cara mais feliz do mundo, porra quem nunca sonhou em perder a virgindade com quem a gente ama? Sim, eu era um patético, um romântico que buscava em casa para irmos ao colégio juntos, dava flores, comprava tudo o que ela me pedia, bom tudo o que eu podia comprar afinal eu era apenas um estudante que trabalhava em uma oficina meio expediente. 

Tudo estava indo bem até aquele filho da puta começar a estudar no nosso colégio. De cara eu percebi o seu interesse pela Samara mas como eu acreditava que ela me amava eu não liguei e confiei nela e no seu amor. 

Pior erro. 

Samara era ambiciosa e viu no filho da puta a chance de mudar de vida e eu fui abandonado. 

Simples assim. 

-Eu gosto de você Eric mas odeio a vida que você leva. 

-Sua mão está suja Eric que nojo. 

-Eu quero aquela bolsa se não pode me dar pedirei para o Chris. 

-Você só sabe estudar e trabalhar naquela oficina imunda. 

-Vamos matar aula? Quero fazer compras. 

Eu recebi todos os sinais e ignorei todos eles. 

Cada frase dela era como um tiro no meu peito, sua rejeição estava bem explícita mas eu estava cego demais, eu estava amando demais para ver que a garota na minha frente era uma vadia ambiciosa.

Abro os olhos e soco a parede do banheiro quando sinto meu coração apertar dentro do peito. 

Sim eu definitivamente era patético porque depois de dez anos eu ainda amava a mulher que me humilhou diante do colégio todo. 

-Eu mereço o melhor e você Eric está longe de ser o melhor na verdade eu duvido que um dia você saia daquela oficina imunda. 

Essas foram as últimas palavras da Samara antes de sair de férias com o filho da puta.