Amor e ódio (Rage livro 6)

Capítulo 2 - Rage

-Obrigado querida. -Falo ofegante enquanto a cadela se veste.

Ela dá um sorriso ao ouvir minhas palavras e depois sai do meu quarto. 

Fecho os olhos e suspiro. 

-Achei que você estava de olho na garota da cafeteria -Ouço a voz da Kitty e abro os olhos e vejo ela em pé na porta me olhando brava.

Ela entra no meu quarto carregando uma bandeja. 

-Não precisava trazer o meu jantar no quarto Kitty eu já te disse isso várias vezes. -Falo com um sorriso. 

Um mês se passou desde o dia que levei o tiro no ombro e já estou melhor. 

-Você sabe como a Maya é protetora com vocês Rage. -Kitty fala e eu concordo com a cabeça. 

Sim, a Maya é uma mãe, uma irmã, uma leoa e principalmente protetora quando se trata dos setes membros mas isso não significa que ela não cuide também dos prospectos. 

-O que você está fazendo Rage? -Kitty pergunta e olho para ela. 

Suspiro e penso na Samantha, nesse tempo que fiquei sem ver ela eu pensei muito nela e porra isso realmente me assustou. 

-Não estou fazendo nada Kitty. -Respondo.

Kitty ri como se não acreditasse em mim.

-Não seja um filho da puta Rage se você quer apenas sexo com a garota da cafeteria seja honesto e fale isso para ela e deixe que ela decida se quer ou não o mesmo e por favor pare de joguinhos isso pode iludir a garota e ela não tem culpa do seu chifre. -Kitty fala e sai do meu quarto batendo a porta com força. 

Uma vez eu bebi tanto que acabei desabafando com a Kitty e o pior é que eu não me lembrava que tinha feito isso e ela também não me contou até que o Guns abriu a boca sobre a Samantha dias atrás e ela resolveu confessar que sempre soube do meu passado com aquela vadia ambiciosa. 

O que eu posso fazer se ser um filho da puta é uma das minhas especialidades hoje em dia?

Gosto desse meu lado.

Resolvo tomar um banho antes de comer e me levanto. 

As palavras da Kitty não saem da minha cabeça e depois de pensar muito durante a noite eu resolvo me afastar da Samantha, ela parece ser uma garota legal e como eu não quero nada além de sexo isso pode magoar ela e mesmo sendo um filho da puta eu ainda consigo sentir empatia. 

Parece que o velho Eric ainda existe dentro de mim, penso irritado. 

Assim que amanhece eu levanto e vou para a sala de treinamento. 

-O que está fazendo aqui? -Dangler pergunta assim que me vê. 

-Vim treinar. -Respondo. 

Ele me olha preocupado. 

-Estou bem Dangler não se preocupe. -Falo e ele balança a cabeça. 

Fico duas horas lutando com o Sawyer e depois resolvo treinar sobrevivência. 

-Você tem três minutos para se soltar. -Dangler fala enquanto me amarra em uma cadeira. 

-Na verdade ele tem um minuto. -Maya fala entrando na sala de treinamento. 

Olho para ela e o Dangler apenas ri e aperta mais a corda. 

-Um minuto? -Pergunto incrédulo.

-Se um dia você for capturado e amarrado a uma cadeira acha mesmo que terá muito tempo antes de ser torturado ou morto? -Maya pergunta e suspiro.