Capítulo 4 - Samantha

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O destino realmente gosta de brincar com as pessoas. 

-O Brian não trabalha no MC e nem na máfia mas é amigo de todos. -Emilia fala e sinto vontade de bater a cabeça na parede. 

Como nós duas acabamos nessa situação? 

-E ontem a noite? -Emilia pergunta animada. 

Olho para ela e me pergunto onde está aquela garota que estava praticamente espumando de raiva ontem no bar. 

-Não aconteceu nada demais ontem a noite Emilia o Rage apenas me trouxe e depois foi embora. -Falo e tomo um gole de café. 

-Só isso? Não se beijaram? -Emilia pergunta confusa. 

-EMILIA! -Grito e ela ri. 

-Você gosta dele que eu sei. -Emilia fala e reviro os olhos. 

-Como posso gostar dele se mal nos conhecemos cabeça de vento? -Pergunto e ela joga um guardanapo em mim. 

-Não mandamos no coração Sam. -Emilia fala e suspira. 

-Isso quer dizer que você gosta do Brian? -Pergunto. 

-Não sei. -Responde e sei que está mentindo. 

Eu sempre sei quando ela mente assim como ela sempre sabe quando estou mentindo. 

-Sabe sim só não quer dizer porque quando você falar em voz alta não terá volta. -Falo e ela me olha com um olhar triste. 

Me levanto e ando até o outro lado da mesa e sento ao seu lado. 

-Porque esse olhar triste? -Pergunto e seguro a sua mão. 

-A vida do Brian não é aqui Sam ele tem seu trabalho e não posso me apegar nele entende? Eu sei que uma hora ele vai embora de novo e não quero sair machucada dessa história. -Emilia fala e me abraça. 

Abraço ela com força. 

-Está tudo bem flor do dia e nunca se esqueça que eu sempre estarei aqui seja para comemorar o seu novo amor ou te consolar te arrastando para algum bar. -Falo e ela ri. 

Olho para o relógio e vejo que já está na hora de ir para o meu trabalho de babá. 

-Cuidado com aquele velho com cara de sapo Sam. -Emilia fala quando me levanto. 

-Não se preocupe. -Falo enquanto pego a minha bolsa. 

-Nos vemos mais tarde Sam. -Emilia fala e dou um beijo na sua testa. 

-Não se atrase para a faculdade. -Falo e saio correndo para não me atrasar. 

No inicio quando comecei a trabalhar para a família Walker era tudo tranquilo até o dia que o senhor Walker começou a me olhar diferente, ele um homem de cinquenta e nove anos com idade para ser o meu pai me olhando de forma maliciosa e ainda por cima dentro da sua própria casa, lembro do dia que estava terminando de arrumar o lanche do meu pequeno e ele chegou do escritório e assim que me viu na cozinha fez questão de esbarrar em mim de forma maliciosa. 

-Desculpa Sam. 

Pediu com um sorriso descarado e eu apenas balancei a cabeça e sai rapidamente da cozinha, naquela dia eu fiquei o resto da tarde no quarto do meu pequeno e só sai quando a senhora Walker chegou. 

Desde esse dia ele começou a me tocar de forma quase discreta e muitas vezes ele chegava cedo em casa e me fazia ficar brincando com o pequeno no seu escritório, ele dizia que estava com saudade do filho mas que o trabalho não podia esperar e eu tinha que obedecer afinal eu dependo do salário. 

Amor e ódio (Rage livro 6)Onde histórias criam vida. Descubra agora