Capítulo 41

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(C). Conseguimos... Conseguimos.
Chegamos no convés e o barco já está todo inclinado. Anda devagar e vai se segurando como pode.
(L). Não tem mais botes
(C). O que? Isso não é possível. Nós nem estávamos com a capacidade total de passageiros.
(L). E agora... E agora? Aí meu Deus. O que nós vamos fazer?
A chuva não para e o balanço do mar faz o navio balançar mais ainda me fazendo cair no chão.
(C). Venha, rápido vamos do outro lado eu preciso ir até a sala de controle la deve ter um kit com um bote inflável.
(L). Não. É perigoso, daquele lado o navio está mais instável e com certeza já está tudo submerso.
(C). É perigoso ficarmos aqui também, venha você confia em mim.
(L). Sim.
(C). Então vamos. Rodeamos o navio e a sala de controle já estava submersa mas eu precisava tentar.
Escute bem se eu não voltar em 5 minutos, pule do navio e nade o máximo que conseguir você entendeu?
(L). Não... Não. Então vamos juntos, nós pulamos juntos.Esquece o bote.
(C). Lucas o capitão é sempre o último a abandonar o navio... Me perdoe. Beijo sua testa entre na cabine. Já sabe, espere 5 minutos então  pule
(L). Carlinhos... Carlinhos...
(C). Me benzo e entro na cabine, ela já estava inundada tudo fora do lugar vou andando e a água já está pelo meu pescoço mergulho e vou nadando até chegar no kit.
(L). Carlinhos está demorando e eu não sei o que fazer fico ou vou.
Me abaixo e começo a rezar, choro.
Choro desesperado, o que eu faço me diga o que eu faço...
(C). Digo! Vamos rápido temos poucos minutos.
(L). Carlinhos... Abraço ele, não faça mais isso.
(C). Lucas ande não temos muito tempo, vamos para a parte mais alta.
Escute, nós vamos pular e entrar no bote você ouviu.
Mas uma explosão e o navio começou a afundar.
Não temos mais tempo
Vamos!
Aperto o botão e jogo na água e o bote começa a abrir.
No 3...1,2,3 já...
Mergulhamos,  nadamos subimos e  no bote e ficamos vendo o navio acabar de tombar.
ele formou uma onda muito grande e nos arrastou para mais longe a chuva não dava trégua e as ondas nos afastavam ainda mais.
Mas estávamos vivos e isso era o que importava.

AMOR DEPOIS DAS ONDAS Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora