Capítulo 61

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(L). Corremos e a cada passo a chuva apertava mais. Chegamos na praia e Carlinhos foi até a enseada e de longe vejo ele passar as mãos na cabeça, e percebo que perdemos tudo.
Quando Carlinhos ia voltar uma onda grande o atingiu levando ele para dentro da água, sem me dar tempo de avisá-lo.
Carlinhos... Carlinhos.
Corro até o início da água e me tranquilizo quando vejo ele surgi no meio das ondas.
Corro até ele que renega o meu abraço.
-. Não fique assim, amanhã a gente tenta de novo. Venha vamos sair da chuva.
(C). A gente tenta... A gente quem Lucas? Eu tento. Falo passando por ele Puto da vida.
(L). Carlinhos rapaz.
(C). Carlinhos nada Lucas, se a gente tivesse voltado quando eu queria eu tinha conseguido salvar alguma coisa.
(L). Você está dizendo que a culpa é minha?
(C). E de quem mais seria. Você e seu senso de aventureiro, agora nos resta passar a noite comendo jenipapo e banana.
E ainda por cima sem fogueira para nos aquecer já que até isso molhou com a chuva.
Lucas vai em direção contrária à minha.
-. Lucas deixe de invenção e venha logo para cá.
(L). Me deixe. Não quero ouvir sua voz, seu Grosso.
(C). Eu não vou te procurar se você se perder, viu.
(L). E por acaso estou mandando você vir atrás de mim, estou Comandante?
(C). Lucas é o cara mais teimoso que conheço. Eu detesto quando ele me chama de comandante com ar de deboche.
Eu digo as coisas na hora da raiva mas depois de meia hora tudo já foi esquecido. E Lucas não ele guarda mágoa.
Agora estou aqui preocupado com esse cabeça dura,já começou a escurecer e nada dele voltar e essa chuva chata que não passa.

AMOR DEPOIS DAS ONDAS Parte 1Onde histórias criam vida. Descubra agora