❥Prólogo

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Se histórias fossem para sempre...

Em um sábado de 24.11.2012 fez-se o dia mais feliz do que todos os dias mais felizes poderiam superar. Aquela era a última manhã de mais uma semana que se abria na casa dos Wagners - uma família composta por um casal de jovens adultos e um filho que acabara de completar 7 anos - e o Sol parecia querer se mostrar mais do que nos vários outros dias antes daquele ali.

As nuvens brilhavam ao branco no céu e se armavam apenas com uma fina e breve camada de água, como se estivessem provocando o resto da selva e rindo juntamente com um certo garotinho loiro, que corria pela casa em busca de um esconderijo.

Ele arfava cansado enquanto exibia um sorriso com a mais pura felicidade, fugindo e gritando dos braços de sua mãe: Outra era outra alta, loira e esguia mulher tão parecida com a palavra linda quanto ele. Os cabelos da mulher eram loiros e vívidos, caindo nas costas e mostrando o seu grande e majestoso tamanho. Seus olhos brilhavam, enquanto pintados de azul. Seus lábios eram finos e sorriam a qualquer custo, assim como a sua alegria que aparecia e aparentava ser infinita, principalmente naquele domingo, onde podia desfrutar com o menino.

As horas se passaram rapidamente, enquanto destruíam a garoa que pela manhã começou. A tarde logo apareceu ligeiramente e voou assim como a linda imaginação fértil do menino. E, assim como a lua, o início da noite logo apareceu junto com mais uma de suas descobertas.

A pequena casa dos Wagners era localizada em uma grande e bela colina ao norte do país. Ficava em uma floresta ao lado de uma cidade chamada Tauros, e era afastada do resto apenas o suficiente para possibilitar a família ir e voltar com facilidade e quando bem entendessem. Naquele início de noite de novembro, o jovem Ben - também conhecido como uma versão passada e já morta de quem eu um dia já fui - caminhava na floresta mais uma vez com a sua mãe. Nós gostávamos de nos aventurar em trechos de mata pela floresta e sempre encontrávamos mais um lugar para vir e brincar.

No caminho de volta, escorreguei de repente em uma pedra grande e dura com a aparência confiável, mas descobri da pior forma que estava na verdade solta. Eu gritei alto, caí e escorreguei repentinamente em um outro esconderijo da floresta.

Minha mãe ainda chamava o meu nome ao fundo, mas como a criança que era, não escutei. Havia uma cachoeira enorme diante de mim, tão linda e esnobe que caía como uma heroína sobre o rio. Ela parecia confiante, como se causasse uma certa inveja às nuvens que nos observavam com interesse no céu.

No final da aventura, depois de chegar em casa, aleguei para a minha mãe que aquele era o lugar e a história mais lindos de todos os tempos.

Ela se virou, me encarou com seriedade e me disse que eu não poderia jamais ter certeza disso, pois eu nunca havia visto antes todos os lugares já existentes do mundo e nunca ouvido todas as histórias também. Eu decidi abaixar a cabeça e ficar quieto, uma vez que, quando crianças, nossos pais sempre parecem ter razão.

Depois de ler para mim e me deixar na cama, ela estava indo embora quando eu chamei seu nome pela última vez.

"O que houve, meu pequeno príncipe?", perguntou pacientemente.

O Pequeno Príncipe era o meu livro preferido. Desde que nós lemos no ano passado, eu pedia todos os dias antes de dormir para ela reler para mim. Aquela se tornou a nossa tradição preciosa, que também parecia indestrutível. Com o tempo que passava, pequeno príncipe passou também a ser o meu mais novo apelido.

Eu olhava para o teto e pensava um pouco. Eu ainda estava revivendo o que ela me disse alguns momentos antes de começar a reler o capítulo do homem que fingia ser rei em um pequeno planetinha.

Se Histórias Fossem Para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora