Detroit: Depois da divergência

Relatório: 0424203801

Android: "Connor" MK800

Numero de serie: #313.248.317

Connor se liga cedo antes mesmo do lembrete surgir na sua visão, ele queria fazer algo especial para Hank que havia lhe deixado repousar na sua casa, tudo estava diferente depois da grande libertação, todos os androids tinham sido considerados cidadãos e Michigan se tornou o primeiro estado a apoiar essa causa, com isso Connor finalmente recebeu uma mesa e um titulo de assistente policial, Connor vai até a cozinha e pega alguns ovos para preparar o café da manhã, Connor sentia desde que se tornou um divergentes que havia sensações que não conseguia compreender como se alguém tivesse mexido no seu sistema e ele não soubesse como arrumar, ele termina de fritar os ovos e pega fatias de bacon fazendo do jeito que Hank gosta o que era um perigo para sua saúde, mas Connor não iria mencionar, Sumô o cachorro de Hank se aproxima cheirando a perna de Connor que joga um pedaço pequeno de bacon para o cachorro que o pega no ar e sai alegre para a sua cama, Connor tinha feito uma lista das semelhança de sumô e Hank, os pelos acinzentados, a indisposição, a probabilidade de ter pedras no rim e a persuasão para conseguir comidas gordurosas.

— Por favor me diga que isso é bacon. — Connor se vira e vê Hank saindo do seu quarto, ele vestia uma camiseta regata que já devia estar para lavada e uma samba canção, seu uniforme oficial para ficar em casa — Qual é a ocasião para você estar me dando comida de verdade e não gororoba sem gosto como daquela vez.

— Aquilo era uma salada tenente e fiz esse café para agradecer pela estadia, é bom dormir no sofá ao invés da rua. — Connor só teve uma casa se contar a Cyberlife, porém ela havia fechado suas portas depois da libertação, o deixando sem uma casa — Vou tentar encontrar um lugar para ficar, mas só comecei a receber salario agora então por enquanto não tenho dinheiro.

Connor poderia morar em Jericho II, o governo como uma forma de parar a guerra decidiu prover uma pequena área de terra nos limites de Detroit onde os androids poderiam viver pacificamente, longe do centro urbano, mas Connor não gostava da ideia de deixar a cidade, diferente de Markus que tinha aceitado a proposta, kara tinha se mudado permanentemente para o Canadá onde as Leis eram menos rígidas para androids, ela havia mandado algumas mensagens dizendo como era ser apenas uma cidadã normal, como ela adorava sair aos domingos com Alice e Luther, Connor gostava de ler, mas uma parte dele sentia uma vontade de ter uma família feliz como Kara.

— ... Cabeça de lata, acho que as coisas não serão tão fáceis quanto você pensa. — Connor abaixa o rosto refletindo naquelas palavras, nada fora fácil para ele e nunca pensou que seria diferente apenas queria ser otimista, era tudo que o restava — Jericho II está lotada, eles dão o mínimo para eles sobreviverem e pela cidade cobram demais qualquer coisa se verem essa maldita rodinha de luz na sua cabeça.

Connor passa a mão na sua têmpora direita, uma das exigência do governo foi a retomada do Led nos androids divergentes, como uma forma de identificar a população Android na cidade e mostrar a diversidade de Detroit, porém para Connor aquilo era um lembrete eterno do seu fardo, com novas cores o Led podia identificar todas as novas complexas emoções dos Android os transformando em livros abertos para todos verem, o Led ficava antigamente azul a maioria do tempo, mas agora era uma mistura de cores que pulsavam se misturando e mudando, a mais predominante para Connor era o laranja, frustração.

— Eu terei que arrumar algum lugar, não quero mais incomodar. — Hank olha para Connor que tentava sem sucesso voltar a se focar no café da manhã, ele coloca o prato na frente de Hank que se senta na mesa antiga da cozinha — Eu sei que você gosta do seu próprio espaço, não sei ainda se tentarei arrumar outro emprego com um salário, mais elevado.

— ... uhh, vamos fazer o seguinte, você fica pode ficar aqui o quanto precisar, você cozinha e quando ganhar seu salário me paga aluguel até achar um lugar melhor. — o Led fica verde e intensifica sua luz, Connor estava muito feliz, ele poderia continuar trabalhando na polícia e tendo um teto — E você leva o sumô para passear de vez em quando, Ele parece muito mais amigável com você, traidor.

Hank fala para o cachorro que coloca a língua para fora e se deita no chão, ele esperava um carinho que Hank prontamente proporcionou, parecia que sumô não era contra a ideia, pelo menos se recebesse o dobro de carinho e petiscos.

— Coma logo tenente ou chegaremos atrasados na delegacia. — Hank apenas resmunga, Connor ouve um som de um pequeno sino, era o toque para mensagens ele a visualiza — Kara e Markus me mandaram uma mensagem.

A mensagem de Kara era um anexo, nele estava uma foto dela e Alice juntas em um parque de diversão, a foto dizia: esperamos revê-lo em breve, a mensagem de Markus era dizendo que estava tudo bem em Jericho II ele e North estavam conseguindo colocar ordem lá, recendente tinham aberto um pronto socorro para prover sangue azul e substituição de peças, porém estava sendo difícil achar peças mais antigas, mas eles continuariam tentando, Connor não conversará muito com North, mas parecia uma boa android, pelo menos parecia fazer Markus mais feliz como Alice fazia a Kara.

— O que significa quando essa porrinha fica rosa? Nunca tinha visto isso. — Hank aponta para o Led que piscava magenta, Connor passa mais uma vez a mão nele — depois que você virou um divergentes isso começou a piscar mais que uma arvore de natal.

Connor sabia exatamente o que aquela cor significava, inveja, ele tinha inveja da família e relacionamento dos seus companheiros, as vezes ele sentia que sua mente ainda estava presa pela Cyberlife, que mesmo que tentasse voltava para o mesmo ponto, que mesmo que lutasse contra, ele era o mesmo Android de antes da libertação, seguindo cegamente um protocolo

Fim da transmissão