Android: "Connor" MK800
Número de serie: # 313.248.317
No caminho de volta Connor fica nervoso sentado ao lado de Hank os dois não haviam falado muita coisa depois do beijo, Connor secretamente passava aquela memória inúmeras vezes em sua rede, mas ainda havia dúvidas que o cercava e ele não sabia como dizer para Hank que parecia tão aéreo quanto o Android.
Eles finalmente voltam para casa, Connor entra primeiro enquanto Hank fechava o carro, ele sentia deu sistema eletrizante com a espera, o que Hank iria dizer? Será que tinha apenas sido uma estratégia para acalmar Connor? Sumô late para o Android como se visse o processo mental imparável que ele estava fazendo e quisesse acalma-lo ou o cachorro só queria um pedaço de bacon, uma lógica que em outro contesto serviria para o tenente também.
— Connor... — o Android se vira rapidamente olhando para Hank que ainda desviava o olhar não o encarando — A prefeita soube do caso de hoje, ela quer que você visite o Android que você salvou já que ele vai ficar detido na delegacia por um tempo.
— Ah... sim eu vou, melhor não deixar Galvin fazer isso. — Connor fica desconcertado, provavelmente o tenente só tinha feito aquele ato para o acalmar e não tinha significado nada — ... Você deve estar faminto... quer que eu faça algo? O sumô parece estar querendo bacon.
— Connor, seu Led... dá para ver daqui. — Connor vê em suas notificações, seu Led foi de verde para anil em minutos, Hank deve ter visto sua decepção — Além disso, você é fácil de ler é óbvio que você não está bem.
— É que... o que significou aquele... beijo? — Hank olha para um dos cantos da sal, Connor segue seu olhar para o porta retrato da sua família, antes de tudo que aconteceu — Eu sei que é um assunto delicado.
— Ela sempre disse que era péssimo nisso, mas antes dela ir me deu um conselho "agarre a felicidade não importa onde encontrar" — Connor nunca tinha ouvido muito falar da mulher de Hank, nem sabia o que tinha acontecido com ela — Eu nunca mais flertei depois daquela época, estou enferrujado para essas coisas do amor e... eu não quero te decepcionar por não ser o que você esperava, eu não sei como ter algo assim de novo.
— Eu não espero que o tenente seja perfeito, eu gosto dele pelas suas falhas, você é um ser humano, já é extraordinário para mim. — Hank sorri de leve, Connor podia não saber, mas era muito bom ouvir isso dele — mesmo com o conhecimento de anos, minhas emoções tem semanas por isso eu também não sei como lidar com isso, só quero que tudo esteja bem.
— Está, e aquele beijo... foi... bom. — Connor sorri sentindo a alegria invadir todo seu sistema, para Hank o Android parecia uma criança que acabou de receber um presente — E agora somos o quê? Eu não tenho mais idade para namorar e essas coisas.
— Namorar...? — Connor pesquisa rapidamente o que precisa ser feito em um namoro, o primeiro passo parecia ser propor então o Android se ajoelha colocando uma das pernas em um perfeito ângulo de 90° graus— Tenente Hank Anderson você aceitaria meu pedido formal de namoro?
— Cabeça de lata você é inexplicável... — Connor ainda não era bom com sarcasmo por isso estava sendo difícil computar a resposta do tenente — Levanta daí, não precisa de nada disso, nós dois somos adultos podemos simplesmente começar um relacionamento de um jeito maduro.
— Tecnicamente eu fui criado a exatamente seis meses atrás... claro sem contar as versões de testes, não considero que estava particularmente vivo. — As memórias das versões testes eram confusas, alguns sons e imagens aleatórias, o que deveria ser o equivalente aos humanos criando seus corpos quando são apenas um punhado de células — Mas esse modelo começou a ser estudado a 28 anos, então sim possivelmente eu seja um adulto.
— Isso só faz as coisas ficarem ainda mais estranhas. — Hank vai até a cozinha e pega uma garrafa de cerveja para beber, ele via até o sofá se sentando e então fazendo um sinal para Connor se sentar também — Melhor ficar com o pedido exagerado... bem se eu preciso dizer foda-se, Connor eu quero ter algo com você... Você me ajudou a sair de um poço que eu fiquei por anos e é gentil mesmo com todas as minhas falhas, é divertido, prestativo e muita areia pro meu caminhãozinho.
— ... Tenente... obrigado por aceitar meus sentimentos, para mim o senhor é muito especial, e eu vou te ajudar com seu problema com o caminhão, mesmo que eu não tivesse conhecimento que você tinha um. — Hank ri e revira os olhos, Connor analisa a conversa assentindo devagar — ...Modo de falar, entendi.
— Então que tal fazer como todos os casais modernos e assistir um pouco de tv em um fim de semana? — Connor assente feliz agora que tinha contando de seus sentimentos eles eram bem mais controlados, sua CPU não ficando mais sobrecarregada era um alívio — Podemos assistir um daqueles programas de culinária que você tanto gosta, toda aquela comida chique que não temos dinheiro para comprar.
— Seria muito bom... — Hank vai trocando os canais em busca do que procurava e Connor o fitava, ele havia pesquisado muitas coisas sobre relacionamento naquele rápida pesquisa lendo centenas de informações que pareciam confusas demais para o seu sistema binário, mas de alguma forma suas emoções entendiam o que significava. — ... Tenente eu poderia me encostar no senhor?
— Claro, eh... não precisa pedir minha permissão. — Hank cora um pouco enquanto Connor se aproxima encostando sua cabeça em seu peito, o garoto agia de modo tão ingênuo, fazia Hank sentir vontade de protegê-lo— assim consegue ver melhor? Espero que não esteja lendo meus níveis de álcool.
— Na verdade eu queria ouvir seu coração... dizem que quando se está com a pessoa que gosta seu coração dispara... eu não tenho um para verificar por isso queria ver o seu. — Connor podia ouvir o coração de Hank batendo na caixa torácica, ele analisa os dados, abrindo um sorriso no rosto — 127 batidas por minuto, uma taquicardia, provenientes de emoções fortes... isso significa que o tenente gosta mesmo de mim.
— Claro que sim, cabeça de lata.
Connor fita o tenente movendo seus olhar do seu rosto para sua boca assim se aproximando e dando um beijo simples e rápido, voltando a atenção para a tela da tv, Hank agora podia sentir seu coração disparado, se sentia como na época da academia de polícia flertando com Evelyn, ele sorri pensando que sentia falta daquela felicidade que tinha e pela primeira vez via uma chance de ter de novo.
Fim da transmissão
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Detroit: Depois da divergência
FanficDepois dos incidentes do que foi chamado dia da libertação, Humanos tiveram que aprender a conviver com Androids, Connor agora foi condecorado como primeiro policial registrado Android e trabalha com o seu parceiro Hank que cedeu sua casa para o And...