Relatório: 0424203813

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[Reiniciando.......]

[30%....]

[70%....]

[99%...]

[Sistema reiniciado]

[0 Anomalias encontradas]

[Peças danificadas]

[A147/E254/J002/T953]

[Cyberlife as mandará rapidamente]


Android: "Connor" Mk800

Numero de série: #313.248.317


Connor se levanta com a campainha tocando, seu sistema tinha enviado um pedido de reposição de peças, o governo tinha fechado a Cyberlife, mas permitiram que uma parte da empresa ficasse funcionando provendo peças de reposição para os androids, para alguns antigos era bem difícil, mas para Connor era bem fácil, ele foi o único da sua linha que saiu em campo, já que estava na fase inicial de produção muitas peças foram feitas, mas não foram usadas, Connor anda com dificuldade até a porta, havia sido uma grande falha, nunca tinha perdido tantas peças de uma vez.


— Muito obrigado — Connor diz quando abre a porta, o entregador olha para ele fitando seu rosto e ao ver o Led em sua têmpora levanta levemente as sobrancelhas — Eu posso fazer a transferência agora.


O entregador pega o celular e ao invés de Connor encostar um cartão ou qualquer coisa ele toca na tela transferindo as informações, nos últimos dias tinha gastado bastante do seu salário, ele pega a caixa contendo as peças e se vira para entrar, sua perna trava quando chega perto do sofá então ele se inclina se jogando nele, com a caixa em mãos ele abre tirando o que precisava, agora era só Substituir peça por peça uma tarefa um pouco desconfortável.


Connor começa os reparos, o que ele menos gostava era que seu sistema de aparência tinha que ser desligado para fazer os reparos, ele vê sua pele rapidamente se transformando em metal branco era uma sensação estranha se ver assim, como se olhasse seu reflexo no espelho e fosse outra pessoa, Connor estica a perna no sofá abrindo um dos inúmeros compartimentos e tirando uma das peças que estava um pouco derretida substituindo com a nova que tinha chegado.


Depois de alguns minutos Connor estava no fim, ele tinha tirado a camiseta para trocar uma peça na parte inferior da sua barriga e quando fecha o compartimento ouve a porta do quarto de Hank abrir, o tenente chega na sala e Connor fica corado com Hank vendo sua forma robótica, ele liga o sistema de aparecia rapidamente se encolhendo em si enquanto o processo se inicia, seu corpo é coberto pelo liquido de tecido sintético que endurece rapidamente criando assim pele e cabelos, Connor mantinha o olhar baixo não queria olhar para Hank enquanto não fosse totalmente ele novamente.


— O quê são todas essas peças? — Hank não parecia irritado pelo que aconteceu ontem, Connor analisou seu timbre de voz não vendo nenhuma elevação, ele pega uma das peças quebradas — Você está quebrado? Precisa de alguma coisa?


— Eu estou bem, todas as peças estão funcionando perfeitamente agora. — Connor se levanta indo até a cozinha, uma desculpa para não olhar para Hank, ou explicar o que aconteceu no dia anterior — Meu sistema já está cem por cento online.


— E o defeitos que você estava tendo? — Connor pega uma frigideira se mantendo em silêncio, ele vai até a geladeira pegar alguns ovos — O jeito estranho que você agiu ontem?


— Tudo está resolvido tenente, se quiser eu envio os diagnósticos do meu sistema para o seu e-mail. — Connor continua a tentar cozinhar quando seu processador só tentava saber o que o tenente estaria pensando — Prometo não causar mais problemas.


— Porra cabeça de lata! Vai agir como se não tivesse acontecido Nada? Olha para mim pelo menos. — Connor mantem a cabeça baixa, era estranha a sensação de quebrar uma regra, como Se Connor batesse em uma parede inúmeras vezes até ela finalmente quebrar e ele poder decidir não fazer — Connor, olha para mim! E vamos conversar.


Connor não tem forçar para se rebelar novamente a voz de Hank mexe profundamente com ele que acaba se virando e olhando para Hank, seu Led se transforma em inúmeras cores Mudando a todo instante, Connor observa cada movimento de Hank, quando ele se aproxima se encostando na mesa no centro, enquanto Connor estava apoiado no balcão onde tinha começado a cozinhar.


— Connor você está agindo muito estranho, ninguém quer me contar o quê está acontecendo, eu sou seu parceiro, pode me contar. — Connor fica corado mesmo que saiba que Hank estava falando de parceiros policiais, ele continua em silêncio apenas observando — Você tem que me explicar o quê foi aquilo ontem.... você realmente?


— Tenente eu... — Connor não tinha mais escapatória, teria que dizer a verdade ao tenente, Dizer tudo o que estava sentindo sobre ele — Estou sentido algo por você, eu estou... apaixonada por você.


—... — é a vez de Hank não saber o quê dizer ele põe a mão nos longos cabelos grisalhos e suspira, seu olhar se desviando para a foto do seu filho que ficava na sala — Isso é um pouco chocante de se ouvir, ainda mais na idade que eu tô.


— Eu estou me tornando um problema para o senhor, acho que o melhor seria... achar outro lugar. — Connor agora Vê uma nova cor no seu Led anil escuro e bem profundo, Connor sentia uma desaceleração em todas as suas funções — Se quiser pode me desligar da policia também, eu não sei como meu sistema ia reagir se continuasse vendo você.


— Não, eu nunca faria isso, você não é Minha propriedade Connor para simplesmente te desligar da corporação. — Connor cruza os braços, recebendo uma notificação sobre sua lista de relacionamentos, Hank estava encriptado, seus sistema não sabia mais o quê tinha entre eles — Você tem o direito se sentir o que quiser sentir, foda-se o que os outros pensam ou eu penso.


— Mas para mim importa o que o tenente pensa... — Connor vê sumô se levantando e se esfregando em suas pernas, com um sorriso bobo para o Android — É a primeira vez que eu sinto isso... é bom, mas também ruim... e confuso, não sei o que deveria fazer.


Connor havia descoberto inúmeras emoções que vinha com o sentimento que sentia pelo tenente, excitação, felicidade, ciúmes, mas agora a que encobria todo o seu Led era a pura tristeza, era assim que os humanos se sentiam? E se era, Connor realmente queria sentir como eles?


Fim da transmissão.

Detroit: Depois da divergênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora