Relatório: 0424203803

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Android: "Connor" MK800

Numero de serie: #313.248.317


Connor e Hank estava na frente do prédio da prefeitura, o robô no caminho já tinha lido tudo da nova prefeita, sobre sua campanha pró Android, e como ela lutava por varias causas, Connor não entendia como os humanos podiam ser tão egoístas ao excluir alguém só por não ser igual a eles, afinal se não podiam aceitar os próprios humanos como iam aceitar os androids? eles entram no prédio e uma mulher os esperava na porta, ela usava um terno vermelho que a dava uma aparecia, elegante, andando sempre com sua cabeça levantada, o que devia ser difícil, afinal além de ser a única mulher no prédio, sua cor de pele negra e seu cabelo volumoso faziam as pessoas a encararem, ora por bem, ora por mal.


— Olá rapazes sou Judy Willians, a prefeita e obrigado por virem. — ela estende a mão e Connor a cumprimenta, Hank prefere apenas acenar rapidamente, a prefeita acena também deixando os dois desconfortáveis — Eu estava receosa de vocês terem muito trabalho na polícia e não pudesse me ajudar.


— Na verdade faz semanas que não temos um caso, esse só nos deram como forma de punição — Hank da uma cotovelada em Connor que não entende o motivo do comportamento do tenente — Eu fiz varias reclamações escritas ao delegado sobre como a delegacia não usa todos os seus homens de uma forma inteligente, mas nunca recebi uma resposta.


— O que o cabeça de lata quis dizer é que estamos aqui para ajudar a senhorita a impedir que a cidade entre em colapso. — a mulher enquanto conversavam os guiava até o seu escritório — Ele ainda está se adaptando como viver com os humanos, tipo não dizer tudo o que pensa.


— Não tudo bem, é isso que precisamos, os androids são transparentes, diferentes de nós, eles pediram liberdade e nós não demos, isso causou a rebelião, não foi um ataque inesperado. — Eles chegam no escritório da prefeita, era um lugar arrumado, e com certo luxo comparado a delegacia, porém menor do que imaginavam, para abrigar a prefeita — As pessoas temem que o ataque se repita, mas não percebem que eles não fariam isso por nenhum motivo, eles já disseram suas intenções, eles querem viver como nós e se mostramos que isso está acontecendo talvez entendam.


— Muito bom seu discurso motivacional, Connor só não chorou porquê não consegue, mas vamos voltar um pouco para realidade prefeita. — A mulher olha confusa para o tenente, aquele homem queria a ensinar como fazer seu trabalho? — O povo tá se fudendo para que os androids querem ou não, eles só querem manter os escravos de metal deles e jogar todo o seu ódio em alguém, se não forem eles, será você, o que eu tô querendo dizer é como caralhos você vai impedir isso?


A prefeita fica em silêncio sem saber o que dizer, poucos sabiam lidar com o jeito direto ao ponto de Hank, o que o fazia um bom tenente, mas uma péssima pessoa para se conviver, a prefeita não sabia o que responder porquê era a mais pura verdade, alguém ia ser odiado no fim dessa história e ao apoiar os androids ela colocou um alvo em sua cabeça, a sala continuaria em silêncio se Connor não sentisse a necessidade de falar

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— Tecnicamente não sou feito de metal em si, é uma liga de vários metais — Hank revira os olhos, Connor sabia o que significava ele tinha falado em um mal momento, era muito fácil ler as emoções de Hank, tão fácil como descobrir que sua senhas era tenente123 — Bem, acho que as pessoas nunca vão se acostumar com nós se não nos virem, poucos androids continuam em seus empregos.


— O cabeça de lata está certo, você diz apoiar eles, mas não tem nenhum Android trabalhando aqui, de forma paga dessa vez. — a prefeita concorda, havia algumas vagas para serem preenchidas na prefeitura, talvez se ela deixasse explicito que aceitava tanto humanos como androids já ajudaria — Mas ainda não sabemos o porquê estamos aqui, o que você pretende prefeita?


— oh sim, bem teremos alguns eventos e eu queria que vocês fossem, algumas propagandas para a delegacia, estou tentando contratar um publicitário para nos ajudar. — A prefeita voltou a manter a cabeça erguida, e a postura ereta, como se uma nova carga de energia tivesse atingido seu corpo — nós três precisamos cair no gosto do povo, a primeira coisa na minha agenda é um programa de tv.


Hank passa as mãos em seus cabelos, e respira frustrado, se Connor o conhecia bem Hank precisava de pelo menos dois copos da sua bebida favorita, o que era um numero baixo até, na escala de irritabilidade de Hank ia de um copo a oito, antes que ele vomitasse ou desmaiasse.


— Você quer que um policial de meia idade, um robô que não sabe nada de relações humanos, e você, a prefeita que todos esperam que falhe, vão até um programa? — Connor nunca tinha ido a um programa de tv, na verdade ele não assistia muito, os únicos programas que assistia era de culinária e tecnologia — Porra, o capitão vai me pagar, certo nós vamos, mas antes eu preciso de uma garrafa.


— Está tudo bem tenente Anderson, o programa não será ao vivo o que diminui muito as chances de dar errado. — Pelo jeito que ela falava era óbvio que ela achava que tinha uma grande chance de dar errado — nós só vamos dizer sobre o futuro de Detroit e como a delegacia e a prefeitura estão trabalhando juntos pelo bem da cidade.


Hank achava uma péssima ideia com certeza, ele não sabia se Connor estava pronto para algo assim, afinal ele tinha se divergido a tão pouco tempo, ainda estava tentando descobrir como lidar com essa nova situação, mas lá no fundo Hank sabia que não era isso que o assustava, ele tinha medo de decepcionar Connor como fez com sua esposa ou com Cole, se ele fizesse alguma burrada iria condenar o futuro do Android e de muitos outros, e Hank sabia muito bem que ele era o rei em fazer bobagens.


Fim da transmissão.

Detroit: Depois da divergênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora