Relatório: 0424203815

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Android: "Connor" MK800

Número de serie: # 313.248.317


Connor estava a exatamente sete minutos e meio na porta da casa de Hank sem saber o que fazer, sumô tinha deitado no chão cansado de esperar Connor decidir o que fazer, ele analisa mais uma vez seus membros para ver se não havia nenhuma falha, mas mesmo com seu sistema funcionando perfeitamente ainda lutava para dar o último passo, Connor levanta o braço tentando tomar coragem para abrir a porta, mas antes que pudesse agir a porta é aberta por dentro e Hank da um salto assustado.


— Puta merda! Connor! Você quase me mata! — Connor abaixa a cabeça envergonhado, sem antes dar um check-up rápido no coração de Hank — Mas não temos tempo para isso, deixa o sumô ainda dentro e vamos, temos trabalho para fazer.


— Mas eu queria... — Hank fita Connor um olhar claro de "nós podíamos ter conversado, você que não quis" fez Connor esconder todas as suas emoções tentando ser profissional — Qual a missão?


— Um Android mais um caso de servidão ilegal. — Depois que os androids divergiram algumas pessoas se recusaram a libertar seus androids, o que tornava esses robôs bombas relógios de sentimentos ruins — Houve feridos e querem que nós voltemos a ativa, quando tem um Android maluco sempre sobra para gente!


— Vamos rápido, não podemos perder tempo. — Connor tinha seus próprios conflitos, mas precisava focar, havia alguém precisando de sua ajuda e não ia deixar seus sentimentos atrapalharem — Nos resolvemos depois.


Connor entra na casa apenas para pegar sua arma e vai em direção ao carro enquanto Hank lutava para ligar ele, os dois entram e o clima fica intenso enquanto vão para o que parecia ser um clube clandestino, diferente do éden que acabou deixando seus androids decidirem se ainda queriam ou não trabalhar muitos nem quiseram saber da nova lei, se mudando para lugares mais discretos e forçando androids a trabalharem para eles, Connor vê pelo reflexo do vidro seu Led ficar vermelhos vivo, ele se sentia horrível em lugares como aquele, se lembrava da Cyberlife, como não tinha liberdade para decidir o que era certo ou errado, o que ele gostava ou não.


— Você está irritado. — Hank comenta e Connor o fita ele não parecia ter olhado para o Led do Android, mas mesmo assim podia dizer exatamente o que ele sentia — Isso é pelo caso, ou por minha causa?


— Minha prioridade é o caso no momento, problemas pessoais podem ser resolvidos mais tarde. — Mas não era a verdade, Connor não podia parar de pensar em Hank e no que ele disse isso estava sobrecarregando sua memoria — Se forem resolvidos....


— Connor eu....


mas eles não tem tempo, eles chegam no endereço correto um galpão abandonado algumas viaturas já cercavam o local, ele e Hank vão até a porta dos fundos um cobrindo as costas do outro, procurando de quarto em quarto até encontrarem o divergente, havia alguns androids esperando clientes que nunca viriam, eles o libertariam depois de encontrarem o Android que foi acordado, em um dos quartos eles o encontram encolhido em um canto um Android, HR400, um típico Android sexual, suas feições se assemelhavam a um homem asiático ele estava apenas com roupas intimas e suas mãos cobertas de sangue, Connor olha para a cama onde um homem estava ensanguentado, os seus sinais eram estáveis, ele ia sobreviver.

Detroit: Depois da divergênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora