Relatório: 0424203819

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Android: Connor mk800

Número de serie: # 313.248.317


Connor havia terminado o interrogatório padrão, perguntar dos acontecimentos, sobre se há total conhecimento dos seus direitos, provas das alegação e identificação, ele se levanta pronto para deixar a sala, precisava de alguma forma ajudar aquele Android, seu sistema processando um plano, mas antes que saísse do lugar o HR400 se levanta seus braços presos por um tipo complexo de imã, incrivelmente acharam uma rápida solução para o processamento rápido de androids problemáticos, mas ainda não sabiam lidar com os que queriam ajudar.


— Porquê você trabalha para eles? — Connor se volta novamente para o outro o fitando, o que ele queria dizer com trabalhando para eles? — O humano mal... você trabalha para ele e para os outros humanos.


— Eu não trabalho para eles, eu trabalho com eles. — Connor diz então é a vez do outro Android olhar confuso como se aquela informação estivesse incorreta o que Connor tinha certeza que não estava, já que a revisou a informação — Não preciso seguir minha programação, eles me deram a opção de sair, mas eu preferi ficar.


— Mas como você sabe que não está seguindo sua programação se ainda faz o que foi programado para fazer? — Connor nota o Led do Android ficar vermelho, ele estava tendo um curto por não conseguir processar as novas informações — Como sabe que não está mais servindo os humanos.


— ... Eu estou te ajudando mesmo que muitos aqui e minha programação discordem, é prova suficiente para mim. — O Android parece se estabilizar, Connor sorri tentando trazer algum tipo de conforto sem saber ao certo se foi eficaz, mas ele parecia mais calmo — Eu tenho que reportar o que descobri em um relatório... eu não gostaria de preencher a lacuna de nome com HR400, você não é mais um número de produção é um de nós.


— Eu... nunca pensei nisso — Connor sente-se triste, alguns donos decidiam colocar nomes em seus androids para maior apego emocional, mas quanto mais comuns menos individuais eles eram considerados, Connor teve sorte de ser um investigador da elite e assim sair de fabrica com seu nome, mas aqueles Androids menos favorecidos poderiam viver sua vida inteira sem ter nome algum — Alguma ideia.


— Trevor talvez, acredito que seja uma referência do passado para um novo futuro. — O Android assenti, gostou do nome, como soava na boca, Connor antes de ir fala o que pensava sobre nomes — Os humanos são fantásticos, nomes sempre foram uma forma de diferenciá-los, isso nós ajuda também a paramos de ver nós mesmos como maquinas, mas como nós mesmos.


— ... Obrigado...


— Me agradeça quando você sair daqui.


Connor sai da sala de interrogatório, seu tempo com Trevor já tinha acabado, enquanto andava pelos corredores escrevia seu relatório colocando no sistema de delegacia antigamente ele era obrigado a enviar uma gravação ocular dos acontecimentos, mas com as novas políticas perceberam o quanto ofensivo e invasivo aquilo era, além disso as câmeras da sala de interrogatório já forneciam imagens suficientes para a comprovação de tudo o que Connor escrevia, o Android se divide enquanto fazia o relatório pensava em um plano fazia uma ligação.


— Cabeça de lata, como foi com a testemunha. — Connor conta os detalhes para o tenente, as pistas que tinha encontrado — Oruboros... deve ser algum grupo anti-andorids é melhor eu contar para a prefeita.


— O que me deixou curioso é eles não parecerem hostis com o Trevor, eles não querem o fim dos androids, parecem querem apenas que voltem para a programação. — Connor já tinha lidado com muito anti-androids, O tenente já foi um deles, mas nunca foram um grupo organizado — Vamos nos manter alertas para esse grupo.


— Você terminou o que tinha para fazer na delegacia? A prefeita queria falar sobre o Android com você, saber o que podemos fazer. — Connor já tinha feito tudo que podia na delegacia, então ele sai do prédio procurando um meio de transporte para a prefeitura — Aquele filho da puta do Galvin tentou algo para te impedir? Se ele fez algo eu...


— Obrigado pela preocupação, mas eu consegui lidar com o Galvin... imobilizar um policial não seria considerado agressão, seria? — Hank não consegue segurar a risada , queria ter visto Connor lidando com o maldito com os seus próprios olhos — Cada dia eu me sinto mais como um policial de verdade, não só um Android para os outros.


— E você é, um dos melhores nesses meus anos de carreira, um policial exemplar — Connor sente seu corpo esquentar, era bom ouvir Hank falando isso, o conhecia bem o suficiente para saber que não falava nada apenas para agradar os outros, só dizia o que realmente acreditava — Talvez beijar seu tenente não seja exemplar, mas...


— Beijar meu namorado seria? — Hank fica em silêncio do outro lado da ligação envergonhado e Connor aproveita aquela palavra, sabia que seu Led estava mudando constantemente naquele momento — Acho que os humanos não costumam no primeiro dia de relacionamento tentar prender uma organização obscura.


— ...Desde o começo nós não somos convencionais, o que esperava? — Connor para na frente da delegacia olhando, havia algo que o chamava atenção, mas não sabia explicar — Mas talvez a gente possa fazer algo, talvez pedir algo ao invés de você cozinhar.


— É uma ótima ideia... tenente?— Connor estava ficando agitado, ele olha ao redor minuciosamente até perceber algo primeiramente parecia um pixel com mal funcionamento, ele foca nele e começa a percebe outros, ele sempre esteve ali? Ou só notará agora. — Houve alguma reclamação de pichação no prédio da frente?


— Não, por que? — Agora Connor podia ver claramente, ele anda alguns passos para a esquerda, a lateral do prédio inteira estava pichada com um losango com duas faixas, o símbolo do ourosboros — É um prédio comercial, se tivesse algo teria uma reclamação ainda mais na frente da delegacia.


— ... Só androids podem ver?


Porque uma Organização anti-androids fariam seus símbolos de um modo que só os mesmo pudessem ver? Connor tenta entender, seria uma forma de mostrar que eles existem, para causar medo? O que importava era que eles estavam ali mais perto do que imaginava, Connor tira uma foto e caminha para longe, agora com a sensação angustiante de se sentir observado.


Fim da transmissão.

Detroit: Depois da divergênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora