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Henry não disse nenhuma palavra depois que saímos do supermercado, deixe-me explicar o que aconteceu. Sempre tive um pouco de medo de ter Alzheimer como minha avó, e o estresse do meu trabalho me deu algumas dúvidas sobre minha saúde. então resolvi fazer todos os exames para tirar todas as minhas dúvidas, a questão é que não contei ao Henry que ia fazer essa bateria de exames, porque não queria me preocupar. Não adiantou muito porque o atendente do ambulatório ligou para confirmar as datas dos meus exames, como Henry me viu atender o telefone, acabei contando tudo para ele.
Henry já sabia desse medo antigo, mas pude ver em seus olhos que ele estava chateado de alguma forma, qualquer assunto ou motivação para conversar ali. o que foi uma pena, já que fazer compras é algo que gostávamos juntos como algo banal. Preferi não falar nada no carro também, não sei o que ele está pensando e trazer isso enquanto ele está dirigindo não parece uma boa ideia.
Estamos em casa, ele colocou todas as malas no conde enquanto eu organizo algumas coisas, termino tudo e finalmente coloco as cartas na mesa e eu disse “Você não vai dizer nada?” Ele até olhou diretamente para mim e respondeu “o que eu deveria dizer? Obrigado por me tirar da sua vida?? É isso??" “Eu não tiro você da minha vida” eu me defendi “Ohh Sério?? porque parece que eu até sei o que está acontecendo com você ou talvez você esteja fazendo isso de propósito” ele disse virando-se para olhar para mim “Oh, vamos lá Henry. Você já sabe que eu tenho esses pensamentos” Eu disse “Oh, vamos lá (s/n). Você me diz que é uma coisa que isso aparece do nada e você nem pensa em me dizer?!” ele me respondeu dando um passo à frente “Claro que considerei, mas o que eu ia fazer?! continuar adiando?” Eu respondo “E mesmo assim você não resolveu dizer? E alias me desculpe se estou atrasado... e você quer saber?! Esqueça, faça uma pausa ou qualquer coisa assim, não quero me exaltar com isso, quero um tempo sozinho "Ele disse saindo" Ótimo "Gritei da cozinha" Ótimo ", respondeu ele antes de entrar no escritório dele.
Já é bem tarde da noite, um pouco mais cedo Henry veio aqui e pegou seu travesseiro e um cobertor disse que hoje ia ficar no sofá lá embaixo. E agora estou aqui na nossa cama sozinha, não consigo dormir me sentindo mal, porque briguei por uma treta com meu marido que às vezes não tinha tempo ou para ir para casa e mesmo que ele se sentisse mal porque eu não sabia como explicar, eu não queria que ele se machucasse, eu nem queria que ele se preocupasse comigo.... O QUE ESTOU FAZENDO AQUI AINDA?
Pulei da cama e desci as escadas. Mesmo da escada pude ver aquele homem enorme dormindo no sofá, me aproximei em silêncio, ainda bem que Kal estava dormindo no andar de cima para não assustar Henry, “Henny... está acordado?!” Chamei baixinho ele se virou para mim e com voz rouca disse "Querida?! aconteceu alguma coisa?" "Henry, me desculpe, eu não queria te preocupar com essas coisas, muito menos fazer você se sentir mal" eu estava dizendo, e ele ainda com sono e disse "você não dormiu pensando nisso?" Eu olho para ele e digo “isso é o que você ouviu?” "Sinto muito querida, eu sempre vou me preocupar com você, você não precisa esconder nada de mim, agora venha aqui e deite aqui comigo"
Subi no sofá e deitei entre o sofá e Henry, tão quente... tão confortável... Sempre durmo melhor em seus braços. deitado ali eu podia ouvir o coração de Henry bater. Mesmo que eu queira que ele não se preocupe, sou sempre grata por tê-lo para mim.
Caso você esteja se perguntando, no dia em que fui fazer meus exames, Henry combinou de ir comigo. estava tudo bem com os exames mesmo assim o médico indicou algumas sessões de terapia e prática de esportes
