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Era uma tarde de sábado e você não conseguia se lembrar de ligar para o papai, mas aparentemente sim.
A campainha tocou, você abriu a porta e a primeira e mais provável coisa certa que ele fez foi pegar aquele copo de single malt de suas mãos.
"Nós não precisamos disso agora, não é?" ele bufou, colocando o copo longe de seu alcance.
Devido ao fato de você ter bebido durante o dia desde que acordou, você apenas encolhe os ombros. Muito cansado, exausto e esgotado para formar uma resposta adequada.
Tem sido um daqueles fins de semana. Seu cérebro entrou em curto-circuito em algum momento que você mal conseguia se lembrar. O trauma... seu trauma... estava vindo atrás de você novamente. Seu corpo cobiçou os efeitos entorpecentes do álcool, mas mais uma vez você perdeu o controle. Ontem à noite você adormeceu, embriagado por dias. Você acordou... aquele copo meio vazio de vinho em sua mesa de cabeceira e você apenas pensou: "Apenas foda-se... por que não?" E foi aí que você perdeu o controle. Você não estava orgulhoso de seu comportamento de forma alguma e tinha certeza de que estava sóbrio - você o odiaria assim que caísse em si, mas esse era o ponto principal agora, não era? Não voltando a seus sentidos e simplesmente não dando a mínima.
Com as mãos vazias, você bufou para sua cama, automaticamente se envolvendo em seu cobertor. Sem dúvida, você se sentiu muito cansado depois de beber uma garrafa de rosé e muitos copos de uísque.
Logo depois disso, você sentiu August se aconchegar ao seu lado, abraçando-o com força.
"Está tudo bem, hun.", ele murmurou, desligando sua playlist, que estava cheia de música completamente deprimente "Um passo de cada vez... estou aqui para você agora."
Você estremeceu, sua mente bêbada chateada por sua música ser interrompida. Ouvir isso parecia bom e certo. Você queria a dor, provavelmente até precisava dela.
"Sinto muito...", você se ouviu dizer em seu peito "Você merece mais do que isso!"
"Não, não...", ele te sussurra, pressionando seus lábios em sua testa "Eu te amo. Vai ficar tudo bem."
Mas sua mente não iria simplesmente deixá-lo ir assim.
"Você tem coisas melhores para fazer do que tomar conta de mim!" Você deixou escapar, abraçando completamente o ódio por si mesmo com o qual sua mente o torturou.
"Ah, pare com isso, menina.", August jogou de volta, puxando você o mais forte que podia "Não há nada mais importante do que minha princesa!"
"Eu vou me odiar amanhã por ter feito tanta bagunça!"
"Mas tudo bem. Sua mente está pregando peças muito sujas em você, querida."
"Mas...-"
August respirou fundo.
"Mas papai ainda está aqui e eu não vou te odiar!"
