Quando um coração é eterno... pode ser restaurado depois de estar quebrado?
Tessa Cullen perdera duas vezes o amor da sua vida. Um para a morte, o outro para outra mulher. Dona de uma alma intensa, quebrara o seu coração ambas as vezes e numa delas...
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Tessa despiu a bata branca lentamente, sem pressa. O seu turno no hospital acabara mas ela não sentia a mesma necessidade de correr para casa que os seus colegas sentiam. Também não era humana como eles, não tinha o tempo contado. A eternidade era sua para se mover da forma mais lenta que quisesse. Soltou os cabelos cor de bronze, ajeitou a camisa azul que usava e endireitou-se, pronta para sair do hospital e regressar a casa.
O toque do seu telemóvel chamou-a à atenção. Retirou-o do bolso das calças, torcendo o nariz ao ver o nome no ecrã de quem lhe ligava. Com um suspiro, pressionou a tecla verde e levou o aparelho ao ouvido, pigarreando antes de falar:
- Oi mana.
- Tess. Olá. - saudou a voz doce de Alice Cullen do outro lado da chamada - O teu turno já acabou?
- Agora mesmo. Mas tu já sabias disso antes de me ligares. - Tessa suspirou, colocando a mão na anca enquanto a questionava - O que se passa?
Por instantes, Alice não respondeu e Tessa soube que era algo grave. Pelo silêncio prolongado da sua irmã adotiva, era algo relacionado com ele e com ela.
- Precisamos da tua ajuda. - disse a outra, com suavidade.
- Para?
Outro silêncio. Um suspiro longo e Tessa quase conseguia ver Alice saltitar de um pé para o outro, desconfortável.
- Lutar. - respondeu, sucinta.
Tessa soltou uma risada. Pressionou o telemóvel contra o ombro, de forma a conseguir ter as duas mãos livres e ajeitar a sua mala, fechando o fecho e colocando-a a tiracolo. Com um aceno breve às suas colegas e ao segurança do hospital, encaminhou-se para a rua, deixando Alice na expectativa.
- Eu não luto, mana. - respondeu por fim, com um sorriso na cara - Sabes disso.
- Eu vi-te.
- Provavelmente porque na tua visão do futuro eu vou ceder ao discurso que tens preparado para mim. Qualquer coisa sobre proteger a família, certo? - com a ausência de resposta imediata, Tessa riu-se - Eu não luto. O meu trabalho é salvar vidas, não matá-las.
- O Carlisle vai lutar.
Isso fez Tessa hesitar, pensativa. Carlisle era médico e uma das pessoas com mais compaixão que ela já conhecera. Por isso era uma das suas pessoas preferidas no mundo. Ele recusava-se a matar a menos que fosse inevitável. Ainda assim, Tessa abanou a cabeça, retorquindo:
- Não sou o Carlisle. Lamento Alice mas sabes que não está na minha Natureza. Nem animais eu mato, quanto mais pessoas.
- Eu sei e admiro-te por isso... Eu não estaria a falar contigo se não fosse uma urgência...
- Alice. Não.
Com a mão disponível, Tessa arrancou o cadeado que prendia a sua bicicleta, fazendo uma nota mental de comprar um novo. Puxou-a para si, acariciando as flores frescas que apanhara no campo de madrugada e que embelezavam o cesto da sua bicicleta. Do outro lado da linha, a irmã suspirou, a voz feminina mais doce e carinhosa ao dizer: