Quando um coração é eterno... pode ser restaurado depois de estar quebrado?
Tessa Cullen perdera duas vezes o amor da sua vida. Um para a morte, o outro para outra mulher. Dona de uma alma intensa, quebrara o seu coração ambas as vezes e numa delas...
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Tessa cruzou os braços em frente ao peito, observando com angústia o raio-x de Bella. Olhou para o pai, cujo rosto tentava permanecer sério e sem emoções, mas não passava despercebido para a vampira que o conhecia há mais tempo: ele estava preocupado. O sobrolho ligeiramente franzido e a forma como os dedos ajeitavam a bata branca que vestia demonstravam-no. Quando os olhos de ambos se cruzaram, Carlisle fez um trejeito com os lábios, o qual Tessa respondeu com um breve aceno, ambos virando-se para trás.
Deitada na maca, na sala que fora improvisada para ser o quarto de hospital privado da casa, Bella encarava-os com ansiedade. As mãos seguravam a barriga com firmeza, a preocupação na sua expressão mais pelo bebé que crescia dentro de si do que por si mesma. Ao seu lado, a alguns metros de distância, Edward fitava o pai com expectativa. O olhar vazio era familiar para Tessa, reconhecendo nele o mesmo olhar que ele tiver por anos. Parecia que Edward ganhara vida quando conhecera Bella e agora perdera novamente a sua luz, como se ela estivesse condenada à morte e mais nada valesse a pena. Tessa queria sacudi-lo, chamá-lo à razão, dar-lhe esperança de que Bella era forte o suficiente para sobreviver... mas sabia que era inútil. Ele não iria acreditar em nenhuma palavra do que ela lhe dissesse.
- O feto não é compatível com o teu corpo. - disse Carlisle - É demasiado forte. Não permitirá que sejas devidamente nutrida.
Tessa viu a dor nos olhos de Bella, marejados de lágrimas. Viu a dor na expressão de Edward, os olhos dourados destruídos desviando-se da sua mulher para a sua ex companheira. A imortal mordeu o lábio inferior, tentando manter-se firme, segura, apenas uma presença ali.
- Esta a fazer-te passar fome. Não consigo pará-lo ou fazê-lo abrandar. - continuou o médico, a voz carregada de preocupação - A este ritmo, o teu coração cederá antes de poderes dar à luz.
- Então aguentarei enquanto poder e...
- Bella. Há certos males que nem o veneno pode resolver. Percebes? - fez uma pausa antes de dizer - Sinto muito.
Bella assentiu, consciente do que ele lhe queria dizer. Carlisle apertou-lhe suavemente a mão e afastou-se, querendo dar alguma privacidade a Edward e a Bella. Parou junto à ombreira da porta, esperando que a filha a seguisse mas Tessa permaneceu onde estava, recusando-se a deixar Edward sozinho com a humana. Ele iria magoá-la, deixá-la de rastos e ela não estava me condições para isso. Provavelmente estava a ser invasive mas ela não queria saber.
Não a tinham forçado a ver Bella como família? Então ela iria protegê-la como tal.
Carlisle prensou os lábios, incomodado, mas nada disse. Quando ele desapareceu, Tessa observou em silêncio e imóvel enquanto Edward se aproximava da maca, notando o ar perdido de Bella. Ela queria que ele a confortasse mas Tessa duvidava que ele fosse capaz de o fazer. Ele estava destruído com uma perda que ainda não sofrera. Edward era assim.