Capitulo 8

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Rosália Hwang°•°•°•°•°

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Rosália Hwang
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Sentir seus braços em volta de mim, foi estranhamente gostoso, minha pele se arrepiava a cada toque seu e eu gostava.

— Gostou? — ele questionou quando entramos na caminhoneta.

— Sim, gostei. — sorri deitando minha cabeça no seu ombro. — Para aonde vamos agora?

— Ainda bem que você perguntou. — levanto a cabeça para olha-lo e o vejo sorrindo. — Vamos para a cachoeira.

Durante o caminho ate a cachoeira nós conversava sobre a festa e ria quando eu falava mal das pessoas, mas às vezes ficava tensa quando me dava conta que sua mão esta apoiada na minha perna.

— Bom, daqui vamos a pé. — não falei nada, somente sai de dentro do carro e entramos na trilha. — Não sabia que gostava de cachoeira

— Gosto de tudo que envolva natureza. — sorri. — E você?

— Por mais que seja estranho, prefiro a tranquilidade da minha casa.

— Não é estranho, eu também gosto. — de mãos dadas terminamos a trilha em silêncio.

Quando nos estávamos na pequena festa eu percebi os olhares de algumas pessoas em nós. Quer dizer, nele, na verdade, penso que devido à sua cicatriz, acredito que ele também percebeu, mas fingiu não se importa.

— Chegamos. — sorrio empolgada quando vejo uma cesta de piquenique sobre um pano na grama. — Gostou.

— Eu amei. Vamos, vamos! — ele riu da minha empolgação enquanto o puxava. Nós sentamos em cima do pano e ele abriu a cesta pegando algumas coisas e dividindo entre nos dois.

— Então... — ele me olhou. — Me fale sobre você. — ficou calado alguns minutos.

— Gosto de cavalos e de correr com eles, minha fazenda é o meu lar. Gosto de tocar violão também.

— Serio? Eu gostaria de ver você tocando.

— Talvez eu te mostre um dia.

— Quantos anos você tem? — me aproximo sentando ao seu lado e deitando minha cabeça no seu ombro. — Eu tenho vinte e três

— Trinta e um. — o olho surpresa. — Quando sofri o acidente eu passei uns anos na casa dos meus avós, acredito que e depois quando voltei você não estava mais aqui, foi estudar em Denver.

— Mas eu voltei depois.

— Sim, mas eu estava viajando procurando por um médico e voltei ontem após dois anos.

— Ainda doí? — toco sua cicatriz

— Às vezes. Porquê? Tem medo?

— Não, você fica mais bonito com ela. — sorri.

Ele me puxa para encostar na árvore e logo deita depois sobre mim, fiquei surpresa com isso e um pouco sem reação, mas depois eu começo a alisar os cabelos dele, enquanto o mesmo acaricia minha cintura.

— Me conte o que você tinha com o seu ex?

— Bom... Nós se conheceu lanchonete em que eu trabalhava, ele me ajudou, e com o tempo nós fomos nos conhecemos, ele trabalhava em uma empresa e sempre estava viajando. Bom, era o que ele me falava, até descobrir que ele não ia para viagem nenhum e sim ver a esposa gravida dele.

— O que você fez? — me olhou serio.

— Eu bati nele com a bolsa cheia de pedra e falei para esposa dele. — dei de ombros.

— Fez pouco, devia ter dado um tiro nele. — rio apertando contra mim, fazendo ele suspirar e me abraçar _ Você é cheira bem. — sinto a ponta do seu nariz deslizar por minha pele me fazendo arrepiar. — E muito.

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Fecho a porta atrás de mim e suspiro feliz com o dia que tive, algo dentro de mim se revira como borboletas no estômago igual as protagonistas dos meus livros.

— Ta suspirando porquê? — dou um pulo de susto vendo meu pai escorado na parede com uma caneca fumegante.

— As vezes acho que não vou sobreviver ate os trinta com o senhor me dando sustos sempre. — coloco minha bolsa no sofá me jogando nele em seguida.

— Para de drama. — e senta na poltrona — Como foi o encontro?

— Não era um encontro pai. — tiro os sapatos colocando em um canto. — Mas foi legal, a gente dançou e depois ele me levou ate a cachoeira onde fizemos um piquenique, a gente conversou e só.

— Uhum. — bebe o líquido da caneca. — Cuidado filha. — o olho. — Não é porque é meu afilhado que vou passar a mão na cabeça dele.

— Do que o senhor ta falando? — o encaro com mais atenção.

— Ele é um bom homem e de carácter também, mas ele já ficou com bastante mulher dessas redondeza e varias delas são por uma noite e todas elas correm atrás dele.

— Pai... — suspiro.

— Você é minha filha e meu dever é proteger você, talvez ele quer mesmo algo sério com você, talvez só queira te levar para cama, talvez só queira sua amizade.

— O que o senhor quer dizer com isso? Digo de uma vez.

— Seja direta com ele. Conheço ele, se você direta ele vai falar o que quer de verdade com você.

— Entendi, pai... — suspiro. Ele beija minha cabeça e sobe as escadas me desejando boa noite e desejo também.

Dormi como um anjo a noite mesmo que os avisos do meu pai ficassem rodeando minha cabeça, ele tinha razão devo ser direta e perguntar, mas não irei fazer isso agora, nós se conheceu ontem e não temos nada juntos.

Quando amanheceu eu preferi dormi um pouco mais tarde e quando acordei fiz tudo o que precisava em casa, a tarde vi algumas carretas passarem me deixando empolgada para ver do que se tratava, tomei banho colocando um short solto e uma camisa de botoes. Quando cheguei perto vi os gados saírem do caminho e alguns homens ajudando a descarregar, olhei em volta e parei vendo Joseph conversando com uma mulher.

Ela é bonita, extremamente bonita e algo dentro de mim, incomodou, ela passava as mãos nos braços dele e não ligava, era óbvio que ela queria algo a mais, ele não percebia?

Mas porque eu estou tão preocupada? Nos não temos nada e isso não é da minha conta. Tentei ignorar aquilo mesmo que fosse difícil e continuei a olhar o gado sendo descarregado.

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Eu Amei Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora