Capítulo 01

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Rosália Hwang

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Rosália Hwang

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— "Você pode fugir de um estranho, mas não pode fugir dele".

— Serio papai? — suspiro olhando seu rosto através da câmera. — A frase do seu livro favorito não significa nada.

— É claro que significa! Como posso confiar em uma pessoa que não quer conhecer o pai da sua namorada?

— Ele me trata bem.

— Não faz mais que obrigação dele, isso é o mínimo vindo dele. Tenho até uma frase que sua avó vivia falando, como é mesmo?

— Rostinho que mamãe beijou ninguém trisca. — sorrio ao lembrar.

— Isso mesmo! Mas no seu caso foi o papai que beijou então para triscar um dedo na minha filha tem que ser muito homem e bater em mim primeiro.

— Eu entendo o senhor, mas ele nunca me faz nada, nem sequer levantou a voz para mim.

— Como disse antes: não faz mais que obrigação dele. — vejo ele da um gole em seu café. — Aliás, ele continua estranho?

— Sim. Sempre viajando e tudo mais, ele diz ser coisa do trabalho, mas o senhor acha mesmo que vou acreditar? — bufo cruzando os braços. — Será que ele está com alguma amante?

— Ou você é a amante!

— Papai! — exclamo para o senhor na tela em minha frente.

— Ora filha vamos ser realistas, quem viaja tanto, todos os meses e nem sequer te apresentou para a família? Só digo uma coisa: eu não digo é nada.

— Nossa obrigada, você deixou sua filha com uma pulga atrás da orelha.

— Não fiz mais que a minha obrigação — ele sorri e eu reviro os olhos. — Agora papai tem que trabalhar. — coloca o chapéu na cabeça. — faça o que eu disse, siga ele e veja até onde vai. — diz isso e desliga.

Olho ao redor da minha casa parando o olhar em um porta retrato meu e do Carlos meu namorado, o conheci em um restaurante onde eu trabalhava até pedir demissão devido a um assédio. Carlos me defendeu dando um soco no homem e depois me ofereceu uma carona até em casa, eu não aceitei e preferi pegar um ônibus.

Ficamos uns dias sem nós vermos, mas como o destino é um filha da puta nos encontramos na empresa em que ele trabalha, ele me chamou para um almoço e eu fui. Trocamos os números e ficamos conversando, marcamos um encontro, e outro e com isso foi fluindo.

Com o tempo me vi apaixonada por ele, claro que não sentia aquele amo avassalador, mas ainda sim, eu gosto dele.

Mas como nada são flores depois de um ano ele começou a viajar frequentemente e isso estava me colocando em uma paranoia danada e então fui pedir um socorro a papai e ele me coloca essa ideia maluca.

Mas idaí? Eu não tenho nada a perder mesmo, ou eu sou a amante, ou ele tem uma. Eu vou descobrir por que não nasci para compartilhar nada do que é meu.
Papai diz que eu era muito ciumenta com os objetos que eu gostava. O que é meu, é meu e ponto final.

— Para esse endereço senhor. — entrego o papel com o endereço da empresa em que ele trabalha para o motorista.  Me informo se o mesmo já havia saído e os seguranças dizem que não, então entro no táxi e espero. Alguns minutos ele sai mexendo no celular e entra no carro — Segue aquele carro! — sempre quis dizer isso.

Enfrentamos um engarrafamento do caralho, mas não o  pedir de vista. Quase duas horas depois o vi entrando em um condomínio de luxo, mas infelizmente a droga da segurança me para.

— Eu vim visitar um amigo, ele me chamou para um jantar, mas não sei o endereço é a primeira vez aqui. — ele me olha com desconfiança.

— Nome do residente por favor?

— Carlos, Carlos César.

— Pode passar — me entrega o papel — Aqui está o endereço.

É hoje que a cobra vai fumar!

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Eu Amei Um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora