Magnólia é uma mulher que soube aproveitar todas as oportunidades que a vida lhe deu. Estudou, se dedicou, tornou-se uma mulher forte e independente que tem sua mentalidade bem diferente da maioria das mulheres de sua idade. Sendo uma grande referên...
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A vontade que eu tenho é de ir lá e acabar com a putaria que meus olhos tiveram o desprazer de contemplar, colocar aquela cadelinha safada no lugar dela. Se eu pudesse, eu as expulsava do Brasil, ela e a vaca inútil da mãe dela. Porém, até minha altivez reconhece que não devo fazer isso. Caso eu vá até lá, estaria fazendo o que combinamos, mesmo ainda não termos feito sexo, que não cobraríamos um ao outro. É foda ter que morder a própria língua!
- Mag? Você não vai fazer nada? - Tiffany me questiona enquanto meus olhos estão perdidos na pista de dança, tentando esquecer o que viram.
- Claro que eu vou! - Dou uma última golada na minha bebida e ponho o copo sobre a mesa. - Vamos dançar? - Minha amiga ergue uma sobrancelha para mim.
- Você quer dançar?
- Pista de dança é pra isso, não é?! - Falo piscando e decido ir mesmo sem esperar por sua resposta.
Volto-me na direção onde o traste e a galinhazinha estavam se pegando e então vejo que não se beijam mais. Theo parece um tanto confuso com seus olhos presos no rosto sonso da menina que o fita com certa culpa. Ou o beijo dela deve ter sido muito bom ao ponto de deixá-lo impressionado ou ele a beijou de surpresa e acabou se decepcionando. Para ambas as possibilidades, foda-se!
Passo por ele que só então me vê depois que os olhos da sonsa me encontram. Sua testa franze rapidamente e sei que se pergunta como vim parar aqui depois de dizer que ficaria em casa trabalhando. Não estou nem aí, não devo satisfação a ele e nem a ninguém.
Desço os poucos degraus que me levam para o bar onde eu peço um drink e, em seguida, desço mais um lance de escada até chegar ao local onde o motorista do táxi havia comentado que existia e posso dizer que o clima é muito bom. Há homens e mulheres dançando nos postes que se espalham pelo salão, pessoas se esfregando uma na outra num clima muito envolvente. É disso que eu gosto!
Ao chegar no bar, pedi mais um drink já que o que eu havia acabado de pegar acabou numa única golada. Raiva? Recalque? Ansiedade? Ci... ciúme? Puta que pariu!
- É claro que não, Magnólia!
Digo para mim mesma. Que porra eu estou pensando? Com tantos homens tão bonitos quanto o Theo é eu iria ficar com ciúme dele por quê? Por que caralhos ele beijar aquela branquela sem sal me causaria tanto incômodo assim? Porque você queria estar no lugar dela?
Minha consciência grita e penso que até mesmo ela está equivocada sobre o que está acontecendo. E desde quando eu falo com minha consciência? Desde que viu o Theo adulto, gostoso pra caralho! Diz mais uma vez.
- Já chega, porra!
Falo ganhando a atenção de algumas pessoas próximas. No mínimo acham que estou falando com alguma entidade sobrenatural. Só pode. Agora, falar sozinha é o fundo do poço. Mais uma vez o arrependimento por ter vindo me toma. Me encosto numa parte mais afastada do balcão apenas observando o que está acontecendo. Manjei que na outra ponta tem um homem moreno, que usa uma blusa social de cor escura, me encarando descaradamente. É o máximo que consigo saber a essa distância. Ele levanta seu copo em minha direção e sorrio. Isso certamente o fez compreender que queria sua companhia.