12 - Sobriedade

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Alguns minutos se passaram desde que os membros das Resistências do Sul e do Norte saíram da enfermaria após analisar o Bio Soldier que Hiro encontrou. Eles foram para a sala de estar para aproveitar suas companhias após anos sem se verem. Após muita conversa, Axel vai até a enfermaria e vê que Lucy está lá limpando a maca. Ele nem percebeu que ela tinha saído momentos antes.

Axel abre a porta lentamente e se aproxima de Lucy. — Ei, você não tava lá com o pessoal? — perguntou.

Lucy olha para Axel — Ah, oi Axel! — olha de volta para a maca e torna a mexer o paninho prosseguindo com a limpeza. — Estava, mas eu lembrei que tive que vir aqui limpar o sangue da coisa que tava na maca. Eu tinha esquecido de limpar naquela hora.

— Ah sim. — respondeu Axel que fica em silêncio em seguida.

— E você? O que veio fazer aqui?

— Ah eu... Na verdade, nada.

— Bom, então... — Lucy termina de fazer a assepsia da maca. Ela joga fora as luvas, os guardanapos e guarda o álcool. — vamos voltar pra sala!

Axel continua olhando para Lucy.

Lucy se vira para Axel. — Vamos lá?

Axel se aproxima e dá um abraço espontâneo em Lucy que pega a garota de surpresa. Ela naturalmente se assusta.

— Opa! Que isso, Axel? Do nada? — disse dando risadinhas nervosas.

— Só queria te dizer obrigado por ter me ajudado até aqui, a encontrar o pai e a mãe... Eu tô muito feliz!

Lucy então se acalma e abraça o garoto de volta. — Awn... tá tudo bem, Axel! Você merece, ok? — diz e em seguida o abraça mais forte.

Axel começa a rir.

— Qual a graça?

— É estranho quando eu te abraço e você é menor que eu, parece que você é a criança e eu sou o adulto! — disse Axel com a cabeça acima do ombro de Lucy.

Lucy, com a cabeça olhando para cima, sobre o peito de Axel ri também. — Para de palhaçada, viu? — disse com um tom bem suave e carinhoso.

Eles se soltam do abraço longo e caloroso. Lucy então diz:

— Vamos agora?

Axel acena que sim com a cabeça. Eles saem da sala, deixando-a escura mais uma vez.

Algumas horas se passaram. Os amigos passaram um ótimo tempo. Almoçaram juntos, conversaram, brincaram, contaram histórias, se divertiram como bons amigos matando a saudade. Axel, obviamente, ficou o dia todo junto de seus pais, aproveitando ao máximo sua presença.

Os amigos agora estão na sala de estar, contando mais histórias.

Sabe a máquina de refri do quartel? — diz Karen. — Lembro até hoje do dia que eu fui querer comprar naquela máquina e ela só comeu meu dinheiro e não me deu nenhum refri!

— Nossa! Verdade! — disse Ethan. — Você até ficou reclamando o dia todo falando "uma libra jogada fora!" e não sei o quê.

— Aí, uma libra é uma libra, né? Hahaha — comentou Adel.

— Exatamente! — respondeu Karen. — Mas o mais interessante dessa história foi que eu reclamei sobre isso pro King, né? E ele praticamente mandou eu me foder! Só que no outro dia, eu soube, digo, me contaram que o King foi atrás de resolver o problema da máquina, e, de quebra, deixou uma Coquinha pra mim no frigobar!

— Pois é! O sargento King, no fim das contas, era o nosso instrutor mais legal. Ele realmente fazia as coisas pelos alunos. — disse Maki.

— Cara novo também, né? — disse Lucy. — Ele era o mais modernos dos instrutores, já foi aluno e sabia muito bem como era sofrido!

Guerra BiológicaOnde histórias criam vida. Descubra agora