13 - Vago laço

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Após a demonstração de poder dos sentimentos, o pessoal voltou para dentro da base para aproveitarem seu precioso tempo, juntos. As horas pareciam passar bem rápido, mas cada segundo era muito bem aproveitado. Depois de muita conversa e um bom lanche da tarde, eles decidiram se reunir na sala e apenas aproveitar a companhia um do outro. Todos eles ficaram jogando jogos, ou fazendo brincadeiras, ou apenas batendo papo.

Lucy e Hiro estão sentados em uma mesinha para tabuleiros no meio da sala, jogando damas. Ambos estão bem concentrados, com a intenção de vencer o outro sem dar a mínima chance de contra-ataque. Lucy está com as peças pretas e Hiro está com as peças brancas. Hiro tem quatro peças e Lucy tem três. Lucy tem duas damas e Hiro só tem uma.

É a vez de Hiro. Ele se prepara para mover sua peça para capturar uma das damas de Lucy que está na posição D3, mas ele olha para Lucy e vê que ela está o olhando com muita atenção, com um olhar penetrador, como se estivesse tentando entrar na mente dele. Ele fica visivelmente nervoso.

— Tá muito intenso? — perguntou Lucy, debochada. — São duas damas contra uma, cada movimento é importante...

Não tendo muita escolha, Hiro finalmente captura a dama de Lucy, indo de E2 para C4.

Lucy abre um grande sorriso e anuncia sua jogada: — Seu império caiu por terra! — disse agressivamente.

Lucy atraiu Hiro para sua armadilha que ela planejou desde o início da partida. Hiro posicionou sua peça na posição C4 de forma que esteja numa configuração favorável para um salto quádruplo. Lucy tinha uma dama posicionada em D5 e as peças de Hiro estão na posição C4, C2, E2 e G2 e, assim, Lucy realiza o salto gloriosamente, batendo com força no tabuleiro a cada salto, parando na posição H1.

— E a molecada vai a loucura! — disse Lucy se levantando bruscamente da mesa. — A rainha vence mais uma contra o plebeu! — disse antes de sentar-se de volta à mesa.

Hiro aceita sua derrota, cabisbaixo. Mas ele decide desafiá-la mais uma vez. — Ah, mas no xadrez cê não me ganha não! — disse.

— Bora ver então! — respondeu, deixando aflorar sua personalidade competitiva.

Ambos se levantam bruscamente da mesa e vão buscar o tabuleiro de xadrez para mais uma partida gloriosa.

No sofá, um pouco distante da mesinha, estão Karen e Ethan, sentados bem à vontade, Karen repousando a cabeça cansada no ombro de Ethan. Eles estão jogando Jankenpon, sem nenhum objetivo claro, com o intuito apenas de matar o tédio um do outro. Sempre que alguém ganha, este acerta um peteleco na testa do perdedor.

— Não sei o que quebra primeiro: — diz Karen com sua testa levemente avermelhada. — sua testa ou minha unha.

— Sai fora que sou eu que tô ganhando! — respondeu Ethan com sua testa ainda mais levemente avermelhada.

Karen está com 14 vitórias contra 23 vitórias de Ethan. Mesmo não tendo nenhum objetivo eles parecem estar competitivos. Ou então querem evitar o ataque em suas testas, mesmo eles sendo os que definiram tais critérios.

— Vamos reiniciar, então? — sugeriu Karen. — Olha só: valendo 20 pontos...

— Ha! — verbalizou Ethan. — Já sei o que tu tá pensando! Mas eu não tenho nada de valor pra apostar!

— Relaxa, me escuta primeiro! — respondeu Karen. — Valendo 20 pontos... o primeiro que ganhar 20 pontos vai tomar uma massagem nos pés pelo perdedor!

Ethan começa a rir. — Ai, ai! E eu achando aqui que você não podia fazer melhor!

— Eu sei que tu se amarrou! — respondeu Karen. — Tem gente ai que eu acho que mataria pra ver a gente fazendo massagem no pé um do outro.

Guerra BiológicaOnde histórias criam vida. Descubra agora