Um passado assombroso Pt4

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Sem pensar duas vezes Sukuna agarra a filha e a puxa com tudo, a salvando e com uma das mãos segura a lâmina da espada, derramando sangue em todo o chão

- Saika eu seguro eles, fuja daqui! - Gritou acertando Yuri com energia amaldiçoada

Ela estava paralisada em estado de choque, sem acreditar na realidade que seus olhos insistiam em mostrar. Não devia ser assim, seu pai devia ter encontrado seu amado, o levado para ela, e eles três e o bebê viveriam felizes. Ou minimamente bem. Mas não foi o que ocorreu, o seu grande amor assassinou o próprio filho, e iria matá-la sem questionar. Toda aquela dor e tristeza foi se tornando raiva, a raiva tornou-se ira, e naquele instante todos ao redor podiam sentir a imensidão de poder que a garota possuía. Aquele era ápice de sua magia, um poder que nem ela mesma sabia que tinha.

Os olhos escarlate voltaram-se para o corpo de seu pequeno filho, aos prantos ela ergueu a cabeça, os presentes no local estavam visivelmente arrependidos de terem feito aquilo, sabiam que agora era o fim de toda nação talvez.

Em um treino qualquer, Sukuna apenas pediria para que ela controlasse suas emoções negativas, mas agora ele sabia que era impossível, só podia torcer para sair vivo dali.

A força de seu poder era tanta que os cabelos esvoaçavam levemente ao redor de seu corpo. Num piscar de olhos, ela matou um por um dos que haviam ali, até chegar nos últimos alvos, Yuri e o atual líder do clã, seu avô materno. Segundo eles, eram os mais fortes da família Gojo, que como a maioria deles, eram extremamente arrogantes e inferiorizavam quem fosse. Sukuna estaba ferido, mas ainda assim podia lutar, sua filha foi muito bem treinada, mas nunca passou pela experiência de baralha com dois oponentes. E é claro que ele queria ter um bom acerto de contas com o ex-sogro, os dois começaram a lutar, aquele palácio inteiro foi ao chão em pouco tempo, todo o terreno cheio de escombros era agora a arena de luta deles.

Yuri não era o mais habilidoso em lutas, mas ele tinha algo: Mugen o que lhe dava uma grande vantagem já que ainda não existiam meios de quebrar tal barreira, Saika era tão rápida que ficava invisível aos seus olhos, mesmo com suas habilidades óticas do clã.

Já a luta entre Sukuna e o ex-sogro estava acirrada, ambos desapareciam nos céus, mas Sukuna sempre estava de olho na filha preocupado com sua segurança, o que muito o distraía.

- Saika! Por favor, me escute...

- A única coisa que quero escutar de você são os gritos por misericórdia! - o acertou em cheio

Em determinado momento, o oponente de Sukuna notou que Yuri acabaria morrendo, então precisou mudar de estratégia

- Você nunca soube o que aconteceu com Azulla naquela noite, não é, Ryomen?

- Você pode me culpar do que for, mas não tenho responsabilidade pela morte dela

- Eu sei que não, fui eu quem contratei um assassino para matar aquela vadia

A confissão teve exatamente o efeito que ele queria, a surpresa de Sukuna, o que abriu uma brecha para que ele atacasse, a magia teria o divido ao meio, por muito pouco ele escapou e revidou dando um golpe fatal no velho. Porém estava muito ferido. Olhou para a filha, gritou por ela para que fidasse logo a batalha fosse ganhando ou fugindo.

- Saika... - Yuri murmurou baixo com sangue escorrendo pelo canto dos lábios, a garota o olhava com desprezo preparada para desferir o golpe final - Saika, olhe para mim, s-sou eu... O homem que te amou mais do que tudo você... não sente mesmo nenhum amor por mim?

Nesse momento ela sentiu as lágrimas descerem por seu rosto, claro que o amava. Suas mãos tremiam, ela não iria conseguir tirar a vida dele por mais podre que ele fosse. Ali ela se viu impotente, e em um segundo em que abaixou a guarda, Yuri a atacou. E a única coisa que ela viu, foi seu pai entrando na frente

- PAI! - Gritou a jovem aparando o corpo do pai para que não caísse

Ele já estava ferido gravemente da batalha anterior, tinha plena ciência de que não sobreviveria se fosse atacado novamente, mass falhou em proteger a esposa, não falharia em proteger a filha.

- Você deve fugir filha, e seu pai não vai conseguir te acompanhar dessa vez - Iria tocar o rosto da garota, mas partiu o mundo dos vivos antes que o fizesse

- Papai, eu não quero ficar sozinha... por favor, não me deixe sozinha - Tentou reanimá-lo, mas era tarde

Sem ter a chance de se despedir foi arrancada de perto do pai por pessoas que usaram de muita violência e energia amaldiçoada para segurá-la.

Satoru observou tudo aquilo sentindo dor pela garota, suspirou um pouco alto para que S/n ouvisse, já que o cenário não havia mudado, apenas as pessoaa haviam desaparecido.

Satoru: Se você não quiser seguir eu vou te entender - Disse baixo

S/n: Agora que está pra ficar divertido? - sorriu - Depois disso eles penduraram o corpo do meu pai como se fosse um troféu, espalharam várias mentiras sobre nós. E eu seria executada diante de uma multidão. Mas no dia em que isso iria acontecer... - O cenário da lembrança muda

Saika estava presa em uma cela velha e suja, sabia que aquele seria o dia de sua execução, por um lado não queria morrer, mas pelo quê continuaria viva? Não havia lhe restado nada. Seu pai foi morto, seu filho assassinando, todos a abominavam, aquele não era o seu lugar. Nunca seria

Satoru: Você aceitou a morte?

S/n: Pode se dizer que sim...

A jovem ouviu um barulho, a porta foi aberta, sem erguer a cabeça ela se levanta, quando de repente o corpo do guarda é jogado do seu lado completamente dilacerado. Assustada com aquilo ergue o olhar em direção à saída da cela, ela viu uma criatura aterrorizante. Parecia um homem, mas tinha quatro braços, quatro olhos, marcas pretas estranhas pelo corpo e feições macabras. Mas ela não estava com medo, aquela criatura tinha uma energia amaldiçoada familiar. Então ela notou que a maldição diante dos seus olhos era seu paii

- Papai? - disse com a voz fraca

- Eu não teria alguém tão inútil como minha filha - Virou-se para sair

- Por que está aqui? - ele para

- Assuntos inacabados

- Também tenho assuntos inacabados que gostaria de resolver

- E fraquejar de novo? Não quero você no meu caminho. Fuja ou morra aqui mesmo - desapareceu diante dos olhos dela

Ela buscou por Yuri, estava decidida a matá-lo, só que mais uma vez, ele usou sua fraqueza: os sentimentos que ela tinha por ele. Ali ela recebeu um golpe de espada que a mataria lentamente. Mas em seu último vestígio de consciência, sentiu passos por perto, era seu pai.

- Eu posso te salvar com uma condição...

Para não sentir pena de matar ou se arrepender depois, ela usou a energia demoníaca de Sukuna para suprimir seus sentimentos humanos, e depois que conseguisse sua vitória deixaria que seu pai a matasse.

No instante em que as magias foram fundidas ela sentiu como se uma corrente elétrica passasse por suas veias, a sensação de ter todo o poder do mundo era indescritível. Sua ferida cicatrizou em questão de segundos, observou marcas semelhantes as de Sukuna em seu corpo.





Continua...

A filha do demônio - Gojo Satoru Onde histórias criam vida. Descubra agora