Just my type • Moon Knight

VII • dois homens mortos

A luz do sol perfura os tecidos da tenda desgastada e aquece meu corpo com um brilho cálido. Assim que sinto os primeiros sinais de meu despertar, não perco tempo para me colocar de levantar imediatamente, dando de cara com Arthur tento seus olhos focados sobre mim. Minhas mãos ainda estariam atadas, presa com a algema colocada por Harrow. Por muitos olhos, eu estaria presa e indefesa mas aquilo só era um truque, eu sairia dali custe o que custar. Eu tinha tudo premeditado com antecedência. Entretanto, uma questão ainda não saia da minha cabeça. A quanto tempo ele estaria ali?

— Dormiu bem? — ainda em silêncio, me remexo um pouco, dormir naquele chão certamente foi a pior coisa que me aconteceu. — Ayla, não pode ficar assim por muito tempo. — a súplica em sua voz era de fazer qualquer um rir. A personalidade inocente e boa que ele transparência não era nada convincente para mim. — Fale comigo.

— O que espera com isso?

As palavras pegam Arthur de surpresa, mas logo ele força ele força a própria expressão de volta para aquele sorriso presunçoso.

— Não entendi...

— Chega de fingir, Arthur. Eu sei que isso é só uma máscara. Diz logo o que quer.

Uma risada seca faz a garganta de Harrow vibrar enquanto ele balança a cabeça em sinal de incredulidade.

— Posso? — ignorando completamente o que eu digo, o mesmo se a próxima em minha direção. Com certa dificuldade para me levantar, um de seus seguidores puxa meu braço com força, me forçando a ficar de pé na frente daquele que observava toda minha residência com relutância, obrigando ainda eu estender ambos os braços em sua direção, mesmo contragosto da ideia. Arthur pegará ambas as minhas mãos e em seguida, posiciona sua bengala diante de meus pulsos, no qual ao perceber, vejo como a sua tatuagem de balança passa a ser mover freneticamente. — Será só uma pequena sensação de como irá funcionar a justiça de Ammit. Uma pequena fração dos poderes dela...

Em seguida, Arthur pega pegará em minha mão, virando-a para cima, enquanto ele saca um canivete. Ele passa o dedo pelas linhas da palma, completamente focado nessa ação.

Harrow faz um corte fino na palma de minha mão.

O sangue começa a pingar lentamente do corte. Ainda segurando forte minha palma, como se eu pudesse escapar, Arthur retira um lenço do bolso e o molha com o sangue. Murmurando algumas palavras, ele faz um gesto afetado e o larga bem no meio do artefato.

Estaria com um mal pressentimento sobre isso...

Por alguns minutos, nós dois ficamos em silêncio, olhando um para o outro. Desta distância, consigo perceber a íris dos olhos dele se movendo de um lado para o outro. Era perceptível que ele estaria procurando algo no fundo dos meus olhos, como se existisse algo ali.

A sensação que eu esperava sentir demora a percorrer, mas, assim que sinto algo invadir meu corpo, meu olhar recaí sobre o homem, que age com naturalidade ao me ver se sentir sufocada, passando a deixar minha respiração ficar errática enquanto tento processar o que estou sentindo. Tentando apaziguar o tremor em meu coração, rapidamente levo uma mão ao peito.

Um sentimento de choque e ansiedade percorre minha espinha imediatamente. Chego a pensar que sou incapaz de me mexer. Mas teria sido só isso, uma pequena fração.

Depois de garantir que eu estaria bem, Harrow decide se retirar. Seu seguidor varre o local com os olhos enquanto eu presto atenção em seu comportamento, se mantendo em segurança com a arma firme contra o seu peito. Estaria incerta sobre o que realmente fazer com ele.

Lentamente ele se abaixa e senta sobre a superfície rígida com a pernas cruzadas, ficando de frente para mim. A atmosfera está estranhamente quieta, e não consigo deixar de ficar em alerta total, sentindo os pelos de minha nuca eriçando.