O retorno para casa teria sido tranquilo. Apesar de Fury mencionar que estivesse sendo perseguida, Ayla não notará nenhuma presença diante de seus passos, pelo menos ela não tinha percebido, se sentindo incrivelmente confortável ao retornar para casa. Se bem que a viagem repentina para o Cairo lhe atormentará, consumindo seus pensamentos, pós tanto as suas emoções como razões lhe perturbavam com a ideia. Como se houvesse um diabinho caótico lhe dizendo para esquecer todos os acontecimentos que se encontrará lá, implorando para a mesma seguir outro rumo em sua vida e seu subconciente dizia ao contrário, de fato as malditas emoções e sentimentos lhe imploravam para correr o risco, independentemente se fosse perigoso ou não.
Mas tinha e havia algo maior nisso, sem explicação que atormentaria sua mente, assim, lhe ocasionando a uma dor de cabeça.
Ao por os pés na porta de casa, pressentiu algo estranho, mas não deixou de abrir a entrada para acabar com a curiosidade.
E assim que fez, acabará dando de cara com o justiceiro, brincando com algo em suas mãos parecendo inquieto, ao que se assemelhava a um aparelho telefônico no qual ele jogará e pegará em seguida, tendo o olhar bem distante da porta de madeira e de sua presença. Frank já sabia que era ela, afinal ninguém entraria em seu apartamento com ele ali, era isso que ele pensava.
— Agradeço por não ter arrombado a porta do meu apartamento dessa vez. — disse, atraindo uma risada dele que sairá mais como um sopro anasalado, contornando o olhar para ela após o comentário. Frank estaria se recordando da última vez que aparecerá no lugar, sendo bruto como de costume. — O que faz aqui? Pelo que eu me lembre, você só apareceria quando eu pedisse. Não pedi para que viesse.
— Queria checar.
— Checar o que exatamente?
— Fury me disse que foi seguida.
— Então, percebeu se alguém realmente seguiu meus passos até aqui?
— Seja quem for, está sabendo se esconder. — dizia, indo até a janela coberta pelo tecido escuro. Analisando por trás das cortinas mas não encontrando sequer uma alma suspeita do lado de fora. A pessoa ou se sequer mesmo fosse uma pessoa, estaria sendo bem sorrateira ao ficar fora da visão do justiceiro. — Tem certeza que não se lembra de nada do Cairo?
— Certeza absoluta, Frank. — ela é persistente em dizer, mas o sorriso ladino que ele dará, só mostra o quanto ele não estaria acreditando nisso. Afinal, Castle lidou com assassinos por anos e não com seres que pareciam ter saído de um conto de terror. — Não acredita em mim, não é?
— Não é como se eu não quisesse. — o justiceiro trava o maxilar antes de continuar, desviando agora sua atenção da janela para poder olha-lá, não querendo prolongar o assunto que sem dúvida sucederia a uma discussão. Ayla no momento não tinha a feição das melhores, possuindo seriedade pela resposta de Castle. Ela não podia acreditar mesmo que no ele estaria dizendo. — É que, isso é tudo estranho. Super heróis, depois deuses, parece até mentira... — desabafou e então, Ayla solta um suspiro, dando concordância para o seu comentário, ela não queria discutir ainda mais com o justiceiro. — Eu pensei que esses assassinos por aí poderiam ser piores.
— Bom, desaparecemos por cinco anos. — o lembrou e Frank bufa irritado. Se estivesse presente durante todos esses anos, poderia ter lidado com os assassinos que sobraram por aí. — Pensei que tinha sido o suficiente para você acreditar.
— Isso está além da minha imaginação.
— Tenho certeza de que vai se acostumar.
Fora isso, o díalogo se encerra e assim, Ayla passa a puxar sua mala que se encontra de baixo da cama, seria apenas três dias no Cairo e nada de passeios. Resgatar as memórias que lhe resta estaria no topo da lista, depois ir atrás das pessoas que também estariam presentes no mesmo lugar consigo, pelas fotos ela se recorda perfeitamente da mulher com o traje e o homem que não tinha seu rosto ainda descoberto.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Just my type • Moon Knight
Romance"É como se eu te conhecesse, bem antes de te conhecer".