Capitulo 36

494 62 1
                                    

 Alex despertou lentamente, e sentiu um corpo quente e suave ao seu lado na cama, e abriu os olhos, e lembrou-se da ótima noite que teve com a mulher ao seu lado que estava coberta apenas pelo lençol. Seus cabelos de caramelo se espalhavam pelo seu rosto de um jeito que ele achava muito sexy enquanto dormia. Ele também não vestia nada por baixo, tendo sua cueca jogada para algum canto e seu corpo estava encostado ao dela. Todos os seus músculos imploravam para que ela se aproximasse cada vez mais, incluindo aqueles belos seios grandes, e sua intimidade que fazia com que seu membro estivesse bastante excitado ao encostar-se a seu corpo quente. Lentamente, ele sentiu uma mão segurar forte seu membro excitado e fazer suaves movimentos em volta da glande que o fez dar um gemido de satisfação. Ao olhar para ela, viu que estava acordada e o olhava pervertidamente com um sorriso malicioso. Sem ao menos pensar, ela enfiou-se embaixo dos lençóis impedindo que ele o puxasse, e completamente coberta sentiu uma suavidade abocanhar seu membro e começar a suga-lo lentamente fazendo com que ele frequentemente gemesse de prazer a cada caricia. Já perdendo a paciência, com um urro ao sentir que jorrava dentro daquela boca quente e deliciosa que era como um veludo, tirou os lençóis de cima e a puxou para continuar o que tinham feito na noite em que Mikael tinha deixado eles a sós.

Ao despertar verdadeiramente com a luz do sol iluminando o quarto, e sabendo que era o dia de partir, ele levantou-se totalmente nu da cama, e foi para o chuveiro. Ela já tinha saído do quarto quando ele acordou. Tomou um banho, vestiu suas roupas, pegou sua mochila e saiu do quarto em direção à sala do portal, por onde os quatro sairiam.

Ao chegar lá, encontrou os dois a sua espera e percebeu um sorrisinho provocador de seu irmãozinho que era muito malicioso.

— Finalmente saiu da cama hein, irmãozinho? A noite foi boa? —perguntou Mikael com uma risada ao ver que ele e Vicky estavam corados ao lembrar-se da noite que tiveram.

— Bem, vamos indo logo irmãozinho malicioso. — disse Alex despenteando o cabelo de Mikael, que revidou dando um golpe em seu ombro, fazendo com que Alex bagunçasse ainda mais seu cabelo. Isso fez com que Mikael saltasse em cima dele para derrubá-lo ainda sorrindo, enquanto Vicky olhava aquela cena girando os olhos, mas secretamente contente ao perceber que agora ela tinha uma família.

— Meninos, meninos, não vamos começar uma demonstração de carinho de vocês aqui não é? — disse Vicky observando o estilo de luta de ambos que era muito refinada, e aguardando o desfecho que se seguiu, quando Mikael o derrubou num golpe de contra ataque.

— Há, ganhei garanhão. — disse Mikael com uma risada puxando Alex pelo braço para levantá-lo.

— É, mas não se gabe muito por isso moleque. — respondeu Alex sorrindo.

Mikael continuou brincando com seus irmãos, até que o pai chegou observando curioso aquele desenrolar. Osíris chegou lentamente porque estava pegando suas coisas para a viagem que ele faria para fazê-los atravessar a ponte para Asgard, e quando estava para anunciar, ele ouviu risadas e com um sorriso, observou suas crianças se divertirem como não fazia há tempos. Enquanto Mikael tentava ganhar de Alex numa luta amigável, Victoriya só observava sorrindo os dois garotos para ver o vencedor que foi Mikael que ajudou o outro se levantar, e percebeu que ele estivera olhando.

— Bom crianças, se já terminaram vamos indo. Venham para cá. — disse Osíris não mais sorrindo.

— Pai como fará para passar-nos pela ponte? Não são somente os deuses de lá que podem pisar nela? — perguntou Mikael.

— Não tem problema, pois vocês dois são semideuses. Será mais difícil para você Victoriya, que terá que suportar a pressão do tempo e espaço comprimindo o seu corpo tentando rejeitá-la. Mas eu ensinei a você, minha magia oculta, portanto se você conseguir suportar usá-la por todo o tempo que levar para passarem pela ponte até chegarem a Asgard, você conseguirá. Você vai? Admito que os riscos sejam bem altos, e você pode não chegar lá com vida. Ainda assim, quer ir? — perguntou Osíris seriamente a sua pupila que o olhava sem pestanejar.

— Claro que sim. Serei forte o bastante para atravessar. — respondeu Vicky sem ter nenhum medo da morte. Ela era a discípula do próprio Osíris que a tinha considerado digna para aprender suas artes secretas para que ela protegesse Mikael durante a viagem, e ela seria forte para ajuda-lo.

— Muito bem então meus jovens, irei abrir o portal para a Sibéria. — disse Osíris batendo seu cajado listrado no chão, fazendo com que uma poderosa aura azul de magia emanasse de seu corpo, fazendo com que sua aparência divina aparecesse. Normalmente, ele utilizava o aspecto humano de um homem alto e forte negro. Mas ao assumir seu aspecto divino, toda a ilusão desaparecia e sua verdadeira aparência surgia.

Se tornou tão alto como os outros deuses que chegavam a ter uns três metros, sua pele ganhou uma cor de azul safira que brilhava como uma joia de um colar, suas roupas normais sumiram, dando lugar a suas vestes de faraó com sua coroa dourada em seus cabelos negros. Com sua espada gigante em suas costas, ele ergueu o cajado para cima, e começou a cantar um feitiço com o dialeto egípcio, e em seguida um buraco negro começou a surgir diante deles, e alargou até o ponto que poderiam entrar.

— Vão depressa e entrem. Não vou manter aberto por muito tempo. — disse Osíris fazendo com que os três garotos dessem as mãos e pulassem na negritude do espaço e do tempo do portal, sendo seguido pelo deus que o mantinha aberto, onde o portal fechou com sua passagem.

Muito longe dali, Seth estava de mau humor pela demora de Adam que ainda não tinha dado sinais de aparecer por ali, para que ele o levasse para se infiltrarem no reino de Asgard.

— Aquele estorvo imprestável. Quanto tempo acha que aquele imbecil vai me fazer esperar? — disse Seth. Se ele não fosse uma valiosa ferramenta para seus planos, já teria descartado aquele inútil há muito tempo por sua arrogância e insubordinação. Ele soube da viagem de Osíris para Asgard, através de Anúbis seu fiel espião, que dois dias antes tinha aparecido em sua porta, relatando a viagem e a descoberta de Osíris de sua traição. E desde esse tempo, aquele seu peão de tantos séculos, tem estado o aborrecendo ao reclamar dos aprendizes do caos que eram muito inferiores se comparados aos da mansão do julgamento. Se ele não estivesse tão ocupado em conquistar o poder supremo, ele já teria aprisionado aquele inútil que já não era mais de nenhuma utilidade para ele.

Ele rapidamente percebeu uma sombra se aproximar dele, correndo pelo chão até parar a seus pés. De dentro da sombra, um homem de intensos cabelos ruivos e olhos verdes cansados apareceram em sua frente. Seth o olhou atentamente, e percebeu que muita daquela fúria que ele incitava há muito tempo, tinha perdido suas forças com a tortura mortal e imortal dada pela deusa gata. Estava mais magro, olhos com olheiras como se estivesse tendo muitos pesadelos para dormir bem, não tinha mais aquele sorriso sarcástico de sempre, dando lugar a uma expressão fechada e indiferente que o olhava e falou sem nenhuma emoção na voz.

— Bem já estou aqui, o que ainda está esperando? — disse Adam sem expressar nada que sentia. Depois da tortura de Bastet, assim como ela prometera, ele mudou para se adaptar ao trauma que tinha passado. Ele tinha decidido que jamais voltaria a implorar novamente, ou deixar suas emoções o guiarem. Apenas mataria e capturaria quem quer fosse imediatamente e sem demoras com abusos, ou perversões. Era como se seu lado bestial que adorava sentir prazer com o sofrimento dos outros, tivesse morrido com a tortura imortal, e só ficasse o vazio por dentro. A frieza da falta de sentimentos, exceto o ódio por seu inimigo mortal que demonstrara ser tão forte quanto ele no final.

— Vamos indo? Não era você que estava com pressa? — disse Adam com uma voz indiferente que irritou Seth fazendo com que ele soltasse um grunhido de raiva.

— Não me dê ordens seu inútil patético. — disse Seth raivoso enquanto fazia com que seu tridente vermelho de rubi com a empunhadura negra de obsidiana, tocasse o chão e com isso mudasse seu aspecto para a forma divina. Sua aparência humana se foi, dando lugar a divina. Ele cresceu no amplo espaço do salão ganhando uma altura de três metros, pele agora de um branco pálido de giz, com seus cabelos e olhos tão vermelhos quanto as chamas do inferno. Em seu corpo surgiu uma armadura intensamente vermelha e negra com um símbolo de tempestades, destruições, mortes, tudo isso junto de um círculo gravado no peitoral de sua armadura que representava o caos. Empunhando o tridente para frente, seu corpo foi coberto por uma imensa aura vermelha que se expandiu pela arma, e lançou no espaço, forçando um portal a se abrir. Adam sem mais delongas, pulou no portal que era escuro como o espaço e desapareceu. Seth o seguiu, fechando o portal e sumindo também na amplitude do tempo e espaço.


O Filho do JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora