Capítulo 41

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Mikael, Freya, Vicky e Alex depois de muito correrem em direção a Yggdrasil que de tão alta se via ao longe, finalmente chegaram a sua base arfando de cansaço por ter percorrido um caminho tão longo. Mesmo sabendo que não podiam se demorar e perder tempo, ele não puderam evitar admirar a beleza da árvore da vida a sua frente.

Imensas copas da árvore que batiam nas nuvens, com seus galhos de uma madeira lisa, polida e brilhante amarronzada, junto com suas folhas largas e douradas que refletiam o brilho das estrelas ao redor, reluzindo com uma bela e grande árvore de natal de ouro.

Voltando a razão, Mikael tomou a liderança do grupo em direção à casa de Loki que estava bem a sua frente, e sendo seguido pelos outros finalmente chegaram a sua porta, e com um feitiço a arrombaram, e entraram. Era uma mansão enorme e muito luxuosa por dentro, em comparação com o lado de fora que devia ter sido feito assim para que não chamasse atenção para ela.

Com o objetivo em mente, Mikael concentrou-se em sentir a magia que era parecida com a de seu avô para poder encontrar a coroa do sol, e saírem logo dali. Depois de alguns minutos, finalmente ele a encontrou na parte subterrânea da casa. Só que a cada vez que descia um andar, um monstro diferente aparecia para matá-los. Quando chegaram finalmente à sala do tesouro, estavam um pouco feridos e cansados por todas aquelas lutas.

Abriram a porta, e ficaram sem fala com tudo que encontraram ali. Milhares e milhares de joias, artefatos, cetros, objetos que irradiavam poder, além de muito ouro com camadas de magia. E no ponto mais longe e mais alto da sala, num pedestal de diamantes repousado em uma belíssima almofada de seda verde, estava a coroa do sol. Era magnifica. Uma coroa grande, pontuda com três mais altos do que os demais sendo que a ponta do meio, era mais larga e mais alta do que as duas que ficavam ao lado. Era feita de uma mistura de preciosidades que a faziam ter várias cores dependendo do ângulo que o sol batesse e de quem a possuísse. No momento, era de uma deslumbrante cor de prata que se destacava naquele mar de ouro dourado. No momento em que Mikael tocou na coroa, houve uma mudança drástica nela. Agora, ela não era mais a coroa prateada de antes, e sim um belíssimo elmo de guerra tão dourado quanto o sol, que possuía um sol bordado na frente do elmo que foi gravado no metal. Todos observaram fascinado o elmo e se preparavam para ir embora, quando Mikael olhou para o lado e viu uma coisa que o surpreendeu ainda mais.

— Diga-me Alex. Você que é o mais velho de nós aqui na casa de Osíris, poderia confirmar se eu estou vendo mesmo o sarcófago que Seth usou para aprisionar meu pai bem ali? — disse Mikael a Alex apontando para a direita, e vendo os olhos do amigo se arregalar.

— Isso não é possível. Como um dos artefatos mais importantes do Egito, acabou nas mãos daquele maldito? — perguntou Alex indignado.

— Se ele roubou a coroa do próprio Rá em sua casa, porque não poderia roubar o caixão de seu pai? — perguntou Vicky fazendo com que Freya olhasse desconfiada para ela.

— Hm, Mikael. Eu não tive tempo de perguntar por que saímos às pressas, e partimos para a batalha, mas poderia me apresentar a sua nova amiga? — perguntou Freya olhando para Vicky que sorria com uma sobrancelha arqueada.

— Hein? Ah sim. Como não fiz isso antes. Freya essa mulher a sua frente, é Victoriya Valaris Volkov, princesa do reino russo Volkov e minha irmã mais velha. — apresentou Mikael meio receoso ao notar que ambas se encaravam e foi para perto de Alex, que assistia a disputa de olhares com um sorriso alegre.

— Hm, irmã hein? Eu não sabia que você tinha uma irmã Mike. — disse Freya olhando diretamente para Vicky que sustentou o olhar sem medo.

— Eu só recentemente soube que ele já tinha nascido, apesar de saber que ele viria, minha cara cunhada. — disse Vicky com um sorriso.

— Entendo. Prazer em conhecê-la então. Meu nome é Freya e sou a namorada do seu irmão. — disse Freya estendendo a mão para ela.

— Igualmente. — respondeu Vicky retribuindo o aperto.

— OW GENTE? Está rolando uma guerra ali fora, e estamos ficando sem tempo. Qual é o plano Mike? — disse Alex tentando conter a explosão acumulada que iria estourar a qualquer minuto.

— Bom, meu plano é achar uma forma de pegar Seth com a mesma moeda, em vingança do que ele fez séculos atrás. — disse Mikael com um sorriso maldoso.

Ao dizer isso, ele atraiu a atenção das duas mulheres que sorriram quando entenderam o que ele planejava fazer. E com um feitiço, elas encolheram o sarcófago para caber dentro do bolso e o guardaram na mochila junto com a coroa e saíram dali.

Depois de um tempo a correr, os quatro chegaram na batalha e viram que os deuses nórdicos estavam levando a pior contra todos aqueles gigantes de gelo, com os monstros do caos em suas sombras dando reforço. O chão tremia, o ar zunia, o céu gritava raivoso com inúmeros raios e trovões provocados pelo martelo de Thor. Hórus ainda estava no combate contra Anúbis ali perto, e parecia que estavam em igualdade em força. Um ruído de dor os leva a olhar para o centro onde estavam Odin e Balder lutando lado a lado. Espada e lança girava, dançavam, cantavam, assobiavam nos inúmeros corpos inimigos, os abatendo um atrás do outro, naquele exército que parecia não ter fim, quando Odin lutando contra três, se distraiu uma fração de segundo, e um gigante o acertou no peito com a enorme clava de gelo, lhe jogando para trás fazendo-o quicar até colidir com as paredes do Valhalla.

Ao verem seu rei ser atingido, todos os deuses que estavam lutando, berraram em fúria e atacaram ainda mais impiedosamente os adversários, mas eles não iriam aguentar muito tempo naquilo, se não derrotassem a fonte daqueles monstros que eram Seth e Loki, que observavam de longe aos risos a batalha.

Naquele momento Mikael sentiu uma sensação familiar no peito, e caiu de joelhos no chão respirando rapidamente.

— O que houve Mikael, o que aconteceu? — perguntaram os três, com Alex o levantando.

— Vocês não estão sentindo? Ele está vindo. — disse Mikael com um sorriso quando começou um grande terremoto na terra, que tinha se acalmado da fúria dos deuses a uns instantes atrás.

O Filho do JuizOnde histórias criam vida. Descubra agora