capítulo 2

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—Em minha defesa, ela tentou me matar primeiro.

—Puta que pariu Don, o que foi que aconteceu aqui?

—Pra resumir, essa maluca tentou me matar enquanto a gente transava, no começo eu achei que era tipo um fetiche ela me enforcar e dizer que queria me matar, achei que era de prazer e..

—Pula os detalhes íntimos.

—Aí de repente ela começou a me enforcar de verdade, eu não conseguia respirar, e então me dei conta que não era brincadeira, aí peguei a adaga e enfiei na jugular dela.

—E agora eu sou sua cúmplice.

—O que nós fazemos?

—Nós, agora é nós né, precisa saber quem são suas parceiras sexuais pra isso não acontecer, ah merda, sou cúmplice de assassinato.

—Foi legítima defesa.

—Então é o que vamos dizer a polícia.

—Você enlouqueceu, não podemos chamar a polícia.

—Você vai dizer que ela tentou te matar.

—Primeiro, nossos pais nos matariam se chamássemos a polícia, eles odeiam nossa família, e isso seria um ótimo motivo pra me foder...

—Você é advogado, pensa em alguma coisa.

—Me formar em direito não significa que sou advogado, vamos enterrar ela.

—Ela deve ter família, poderíamos colocar o corpo dela em algum lugar para acharem ela.

—Qual a parte do: ela tentou me matar que não entendeu?

—Se ela tentou te matar ela deve ter um motivo...

—Ah, tá começando a processar, tem uma coisa que eu não te contei.

—Ih vem, ela é filha de alguém importante?

—Pior que isso, ela é filha de um mafioso americano.

—Ah meu Deus, Don, não brinca com isso!

—Eu queria muito que isso fosse apenas um pesadelo, mas não é.

—Dios Mio, no que tu foi me meter, porra!

—Qual é eu já te salvei de muitas enrascadas.

—Coisa boba de adolescente, agora assassinato, isso é muito diferente.

—Não foi assassinato Bea, foi legítima defesa, você não acredita em mim, não é mesmo?

—Eu acredito... mas só porque é meu irmão, e não vou te deixar na mão agora, mas precisamos ligar para a mamãe e o papai.

Donatello apesar de ser o mais velho não se comportava como tal, ele não liga muito pra nada, só sabia ostentar e gastar dinheiro com mulheres, e o que ele puder fazer para contrariar nosso pai, ele faz, mas se tem algo que Don é, é superprotetor, ele é um irmão incrível, mata e morre por nós, e isso que mais admiro nele, por isso estou aqui, no meio da madrugada ajudando ele a se livrar de um corpo.

—Não!

—Sim, eles tem que saber, você foi vítima de uma tentativa de assassinato e com certeza isso tem a ver com o que o papai e a mamãe fazem, eles tem que saber, vou ligar pra eles.

—Nem adianta, eu já tentei, o celular deles só cai na caixa postal, acha que chamei você por ser a única pessoa que eu poderia confiar, não, já tentei ligar para a mamãe, o papai, e meu padrinho, ninguém atende.

—Mas não achou isso estranho, tipo nenhum deles atender?

—Sim, mas o que podemos fazer?

—E se estiverem em perigo?

Beatrice - Herdeiros do Império Bianco-SalvattoreOnde histórias criam vida. Descubra agora