capítulo 61

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As lágrimas começam a escorrer, sem que eu pudesse controlá-las, eu nem me lembrava mais a última vez que eu havia chorado, eu sempre me fiz de durona, não deixava nada me abalar, mas foi só Gael voltar pra minha vida que eu ficava sensível a cada palavra dele pra mim.

—Eu sei que não é como os pedidos convencionais, que todos fazem, se ajoelhando, com um buquê de rosas, um letreiro gigante e fogos de artifício, mas você nunca gostou disso, sempre me dizia que quando eu fosse te pedir em casamento queria que fosse algo simples, durante um almoço, ou pela manhã depois de acordarmos, eu espero que não tenha mudado de ideia, estava muito ansioso por isso, tudo bem que deveria ter feito algo mais...

—Tá perfeito, meu amor, do jeitinho que eu sempre sonhei, você ainda se lembra.

Falo colocando a mão no rosto dele.

—Sim, você disse que se no dia que eu fosse te pedir em casamento, eu o fizesse no meio de um monte de gente e com aquelas coisas bregas de se ajoelhar com um buquê, você ia falar um não bem alto e me fazer passar vergonha, não quis correr o risco.

Rimos.

—Confesso que não sou nada adepta desses modos convencionais.

—Isso é um sim?

—Você ainda pergunta, claro meu amor, sim, sim, mil vezes sim, eu sempre ansiei por esse momento e confesso que pensei que não aconteceria, também quero aproveitar cada momento com você, nada me fará mais feliz do que dormir e acordar ao seu lado, depois de 7 anos separados, não vamos mais perder tempo, eu quero muito me casar com você, ser a senhora Fontana, eu diria sim pra você mil vezes, eu te amo.

Falo dando um beijo nele, ele sorri e limpa minhas lágrimas.

—Eu te amo mais, confesso que fiquei com medo de recusar.

—Por que eu faria isso?

—Tem pouco tempo que nos reencontramos, eu quis me arriscar, mas já estava preparado caso pedisse para esperarmos mais um pouco e vai que você havia mudado de ideia quanto a se casar comigo.

—Nunca, você jurou que se casaria comigo, tudo bem que aconteceram muitas coisas nesse tempo, mas quando é pra ser, não adianta, tudo que é pra ser nosso, sempre volta para nossas mãos e você voltou pra mim, jamais que deixaria a oportunidade de você escapar, a concorrência é muito grande.

—Não existe concorrência, você é e sempre será minha única escolha.

—Eu não diria isso, já que você tem uma ex maluca que provavelmente não superou o término.

—Vamos relevar meu amor, eu não estava no meu momento mais lúcido quando eu a conheci.

Rimos.

Ele coloca o anel no meu dedo, havia uma pedra de diamante linda encrustada nele, e deve ter custado uma fortuna.

—É lindo amor.

Falo olhando para o anel no meu dedo.

—Estou ansiosa para contar para as nossas famílias que vamos nos casar.

—Eu também, podemos anunciar no domingo, já que sua mãe já organizou um almoço com a família toda.

—É uma ótima ideia.

Enquanto comemos vamos conversando, logo terminamos e ele vai ao banheiro.

—E então vamos embora, não quero que atrase seu trabalho por minha causa.

Fala ele voltando do banheiro

—Vou pagar e nós já vamos.

—Eu já paguei, não se preocupe.

Beatrice - Herdeiros do Império Bianco-SalvattoreOnde histórias criam vida. Descubra agora