" Don't call me bitch again"

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- Don't call me bitch again.

Virei-lhe as costas, apressando-me para sair do beco.

Voltei a sentir a sua mão no meu braço, apertando-o e puxando-me para trás. Uma descarga de adrenalina deu-se dentro de mim, fazendo com que me virasse bruscamente, soltando o meu braço da sua mão, embora tendo-me magoado, acabando por empurrá-lo com força a mais.

Ele franziu as sobrancelhas, incrédulo com o que havia feito. Após isso, a adrenalina evaporou-se, dando lugar ao meu lado frágil.

Não, não agora. Ele não pode voltar a ver-me vulnerável. Não pode. Não quero que veja.

- Qual é o teu problema?

- Neste momento, és tu. Quero voltar lá para dentro, importas-te?

- Claro que me importo! — Ele gritou, demonstrando o quão furioso estava.

- Quando andavas a roçar-te naquelas raparigas há duas noites, não te importavas. Ainda há minutos, estavas a gostar. Só te importa, quando estou presente, é?

- Não sejas ridícula, Saphyra.

- Já devias saber que jamais corresponderia ao que querias.

Dei de ombros, voltando-lhe as costas, mais uma vez. Ouvi-o a suspirar frustrado, furioso. Ele estava perto de perder a paciência comigo.

Sentia-me tão, mas tão magoada com ele. O que havia dito há minutos atrás... Como é que tivera coragem para insinuar uma coisa daquelas, a meu respeito? Sabendo... O que sinto por ele. Sabendo, que jamais me dexaria ser tocada por alguém, para além dele.

Realmente, sou demasiado ingénua. Burra. Estúpida. Cega.

- É disso que se trata? Não corresponderes ao que estou habituado?

Ele estava... a rir?

Virei-me para ele, descodificando a sua expressão. Divertimento, ironia e furia. Uma combinação nada agradável. Zayn, parecia mesmo irritado comigo e para além disso... Talvez desiludido. 

- Qual é a piada?

- És tu, Saphyra. E quão ridícula és. Estás a ser. És uma criança ou algo do género? Pareces.

- Sim. E uma oferecida, desesperada e puta. Tens algo mais a acrescentar?

E lá estava eu... Com os olhos marejados, embora sabendo que não iria chorar. Não durante a conversa, ou discussão com ele. Jamais me voltaria a ver vulnerável, perante o seu julgamente. Perante o seu mau feitio. E as suas palavras rudes.

Ele silenciou, passando as mãos pelos cabelos. Repetia... Uma e outra vez.

- Penso que já acabaste de me insultar. Adeus, Zayn.

- Olha que à terceira, é de vez. — Ele murmurou.

- Fodasse, mas o que é que queres? — Acabei por falar alto e rude. — Estou cansada destes jogos, Zayn.

Ele permaneceu em silêncio, sem desviar os olhos de mim.

Olhava-me de alto a baixo. Fixou-se nos meus lábios, descendo pelos seios, barriga e ancas. Depois, para as pernas, voltando a encarar-me. Ele que nem sonhe em beijar-me. Em tocar-me. Que deixe as falinhas mansas para outra altura.

Estava tão chateada com ele. Irritada, magoada. Desiludida.

- Desculpa. — Ele murmurou.

- Porque é que não me surpreendi? Estou tão habituada ás tuas desculpas. — Acabei por gargalhar, da forma mais falsa e irónica que consegui.

BROOKLYN  ➛  ZAYN MALIK  Onde histórias criam vida. Descubra agora